ENSINAR E APRENDER GEOGRAFIA NAS ESCOLAS DE BOM JESUS DA LAPA E SÍTIO DO MATO


Edilea Saldanha Meira
Elieuza Celestina Lima
Ester Queli Negrão
Jaqueline Paiva Santos
Luciana Emanuela Negrão
Mayara Araújo M. da Silva
Nadja Rosa N. Balisa
Quézia Almeida Antunes
Valdirene Lopes da Silva

RESUMO
O presente artigo procura realizar uma breve análise sobre o ensino de geografia com base em uma pesquisa realizada em duas escolas municipais de Bom Jesus da Lapa e uma escola municipal de Sítio do Mato, na perspectiva de verificar de que forma os docentes estão trabalhando com a geografia em sala de aula e se os mesmos planejam suas aulas com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino de Geografia relacionada à prática pedagógica, no intuito de proporcionar aos professores e alunos instruções para a construção de conhecimentos de forma crítica e reflexiva. Com a perspectiva de que o Ensino da Geografia seja significativo na formação cidadã. Assim, a educação será um instrumento que possibilite a emancipação social do ser humano, capacitando sua vida para a vivência coletiva e a conquista da dignidade.

Palavras-chave: PCNs. Ensino da Geografia. Educação. Escola. Professor x aluno.



INTRODUÇÃO

O Ensino de Geografia tem sido bastante discutido nos últimos tempos, principalmente pelo fato de que não cabe mais a esta disciplina a simples função de se preocupar com o ensino de mapas e gráficos. Hoje, cabe a geografia a tarefa de ensinar conceitos e elementos capazes de instrumentalizar o aluno para que este possa compreender melhor a realidade em sua volta.
Mas nem sempre foi assim. Por muito tempo a geografia seguiu uma linha de pensamento que não era voltada para as relações sociais. A princípio a geografia não se preocupava com o estudo sobre as relações sociais. Por isso era chamada de Geografia Tradicional.

Não se discutiam as relações intrínsecas à sociedade, abstraindo, assim, o homem de seu caráter social. Era baseada, de forma significativa, em estudos empíricos, articulado de forma fragmentada e com forte viés naturalizante. (PCN 2001, p. 103)

Com isso descobrimos que os Parâmetros Curriculares Nacionais não se configuram numa proposta curricular fechada a ser seguida por todos. Eles são referenciais para a renovação e reelaboração da proposta curricular, reforçam a importância de que cada escola formule seus projetos educacionais, compartilhado por toda a equipe para que a melhoria da qualidade da educação resulte da corresponsabilidade entre todos os educadores.
Na área de Geografia os PCN?s propõem um trabalho pedagógico que visa à ampliação das capacidades dos alunos do ensino fundamental, de observar, conhecer, explicar, comparar, e representar as características do lugar em que vivem e de diferentes paisagens e espaços geográficos. Dessa forma, o ensino da Geografia na escola requer eficácia e clareza nos seus pressupostos, com atenção à ciência, ao conteúdo, e à sua dimensão pedagógica para contribuir na construção de uma identidade da educação geográfica.
A Geografia, por sua própria epistemologia, caracterizada pela relação entre fenômenos físicos e humanos, ou entre a sociedade e natureza, também contribui na escola para a construção da interdisciplinaridade, consolidando sua especificidade, ou seja, que ela própria se constitui a partir de grande diversidade temática interna, tendo sempre o espaço geográfico como eixo central. Além do professor trabalhar os conteúdos que historicamente fazem parte da ciência geográfica, a Geografia escolar deve estar aberta e sintonizada com as transformações do mundo, acrescentando sempre que pertinente, temas emergentes ou que em função da rapidez das comunicações inserem-se na vida do aluno, uma vez que a mesma pode contribuir com explicações significativas para o entendimento de tais transformações.