Daniel David Alves da Silva1
Flávio Henrique S. Nascimento 1
Max Augusto Franco Pereira 1
Vinícius Sampaio Silva 1

Profª. M. Sc. Maria Amália Façanha Berger 2
Profª. Esp. Marilene Batista da C. Nascimento2

RESUMO

O trabalho apresentado a seguir tem como propósito analisar as metodologias de ensino de Língua Inglesa, evidenciando a importância de uma Abordagem Comunicativa (Communicative Approach) dentro de um contexto sócio-educacional globalizado e abrangente, fundamentando-se sob uma ótica pedagógico-funcional, de modo que se propõe a identificar suas origens e definições, bem como as diferenciações desta com método tradicional de ensino-aprendizagem, ao passo que sugere modificações entendidas como substanciais e indispensáveis à adequação da aprendizagem da Língua Inglesa na contemporaneidade.

Palavras-chave: Abordagem Comunicativa. Aprendizagem. Ensino. Globalização.
Língua Inglesa.


INTRODUÇÃO


Desde o ano de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), em seu artigo 26º, § 5º, orienta os estabelecimentos de ensino a terem em seu núcleo o estudo de uma Língua Estrangeira Moderna a partir da quinta série, e no artigo 36º, faculta, no Ensino Médio, a inserção de mais um idioma. O interesse pela Língua Inglesa (LI) nas matrizes curriculares destas instituições é efetivamente maior do que qualquer outra opção de idioma, dentre muitos fatores, devido à influência cultural maciça de países falantes da Língua Inglesa e da universalidade garantida a ela com os fenômenos derivados do processo de globalização.
Entretanto, o que se observa nas muitas escolas de Ensino Fundamental e Médio no país é a prática de um ensino convencional, voltado apenas para a repetição e análise gramatical como única maneira de incorporação vocabular, tolhendo o aluno da possibilidade de utilizar os conhecimentos adquiridos através da escola, e "esse tipo de ensino não desenvolve no aprendiz todas as habilidades lingüísticas necessárias para a prática comunicativa, hoje tão importante para a formação do cidadão" (BERGER, 2001, p.13-14).
O educador, por vezes, se vê diante de dificuldades que impossibilitam a utilização de métodos adequados de ensino, no intuito de desenvolver no aluno as quatro habilidades linguísticas (reading, writing, listening e speaking ou leitura, escrita, compreensão e oralidade), como a superlotação das turmas ou a falta de boa formação pedagógica. Essas habilidades são entendidas como essenciais na interação do educando com o seu meio social, promotoras do desenvolvimento de links culturais de interligação com o mundo, já que
com os processos de globalização da economia e os avanços na área das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação, [...] intensifica-se o foco na informação, o que leva à necessidade cada vez maior de comunicação global, valorizando, assim, o ensino de línguas estrangeiras. Como conseqüência natural desse quadro, faz-se necessário o uso de metodologias adequadas que promovam o desenvolvimento da competência comunicativa. (BERGER, 2005, p.11)

Diante do exposto, questiona-se como seria possível superar as dificuldades existentes no aprendizado de LI e a este questionamento é levantada a sugestão da aplicação da Abordagem Comunicativa (AC) como facilitadora da prática deste aprendizado, apoiando um processo de difusão da LI no país e inserindo os alunos no contexto social atual, integrando-os para que possam ter acesso às diversas ferramentas advindas do processo de Globalização (como a Internet, o computador, equipamentos áudio-visuais e demais formas de tecnologia) e, por fim, garantindo-lhes mais aptidões ao lidarem com a competitividade e os percalços enfrentados no processo de crescimento profissional e também de comunicação.
Estigmatizou-se que os alunos não demonstram estar interessados na aprendizagem de uma língua que não seja a sua língua materna e, a partir desta concepção, é criado um campo repulsivo à inserção de uma Língua Estrangeira (LE) acabando, na realidade, por se configurar, muitas vezes, na inabilitação do docente a uma prática pedagógica coerente, direcionada a uma priorização do emprego dos conteúdos assimilados no ambiente escolar para aplicação no ambiente externo e de maneira prática, experimental. Utilizar as técnicas sugeridas pela AC neste momento poderá garantir eficiência nos estágios de compreensão e aplicabilidade, ao passo que tais componentes são facilitadores e instigam os estudantes à aquisição prazerosa do conhecimento.