Artigo: A resposta da presidente Dilma à espionagem dos EUA a seu governo

Jornalista Roberto Ramalho

Em nota oficial na tarde dessa terça-feira, a presidente Dilma Rousseff resolveu adiar a visita oficial a Washington até que a Casa Branca esclareça as denúncias de espionagem praticadas pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) contra a presidente e a Petrobras.

A viagem estava marcada para 23 de outubro. O governo deixou claro que o cancelamento é em razão da insatisfação do governo brasileiro diante do que classificou de "ausência de tempestiva apuração do ocorrido, com as correspondentes explicações e o compromisso de cessar as atividades de interceptação".

Diante da atitude da presidente Dilma, a Casa Branca emitiu comunicado também nessa terça-feira em que ressalta a parceria fundamentada em valores democráticos entre os dois países e prometeu atuar com o governo brasileiro para desfazer o impasse.

O texto afirma que o presidente Barack Obama já exigiu uma ampla análise da postura de todo o sistema de inteligência do país, mas a conclusão desse processo pode levar meses.

A presidente Dilma Rousseff havia conversado nessa segunda-feira com o presidente americano Barack Obama, e hoje decidiu adiar sua viagem aos EUA, resposta ao rastreamento de comunicações pela inteligência americana.

Dilma afirmou que a viagem está suspensa até que se criem as "condições políticas" nas relações bilaterais, estremecidas pela revelação de que a inteligência norte-americana espionou comunicações eletrônicas da própria presidente e de empresas como a Petrobras.

A presidente Dilma recebeu no início da noite de ontem um telefonema do presidente Barack Obama, com quem conversou por 20 minutos, e em seguida reuniu-se com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, que esteve em Washington na semana passada para obter explicações sobre as denúncias.

Os relatos obtidos nas reuniões com a assessora de Segurança Nacional da Casa Branca, Susan Rice, não foram considerados satisfatórios.

O adiamento da visita da presidente Dilma a Washington, a primeira de um presidente brasileiro desde o governo de Fernando Henrique Cardoso depende, deixando entreaberta a possibilidade de negociar uma nova data, é vista no Planalto e no Itamaraty como uma resposta no tom adequado à gravidade das denúncias e à ausência respostas consideradas satisfatórias por parte do governo americano.

No campo diplomático, a visita de Estado é a categoria mais alta nos encontros entre chefes de Estado, reservada aos parceiros de maior importância estratégica.

Os assessores mais diretos da presidente Dilma afirmaram que a hipótese de que possam surgir novas informações sobre o rastreamento de comunicações do governo na reta final para uma viagem com esse grau de importância, foi vista como um risco alto demais a ser corrido pela presidente.

Assim sendo, a presidente Dilma foi aconselhada a suspender a visita, ao menos temporariamente, em reunião com ministros e assessores na noite de sexta-feira, na Granja do Torto.

A decisão foi apoiada, entre outros, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presente ao encontro.

Não sou petista, psdebista pmdebista, e não sou filiado a partido político nenhum.

Todavia, a presidente Dilma tomou a atitude mais correta e sensata que poderia fazer.

Espionagem de um país que se diz democrático (EUA) a outro (Brasil), como o nosso, é algo de muito grave.

Embora os militares brasileiros mantenham um bom relacionamento com os militares americanos, creio que eles também ficaram insatisfeitos com essa arapongagem a nosso país.

É importante salientar que não foi somente o governo da presidente Dilma Rousseff que foi espionado, foi o nosso país, e isso é vergonhoso e um acinte.

Os militares brasileiros devem saber muito bem que os nossos “irmãos” americanos não são tão confiáveis assim.

A prova disso é que ultimamente o Brasil vem adquirindo armamento e tecnologia de países como a França (Submarinos e helicópteros), da Rússia (Helicópteros e dispositivos de defesa antiaérea, principalmente mísseis terra-ar e baterias), e está para adquirir os 36 caças referentes ao Projeto FX-2.

Aqueles que dizem que nossas Forças Armadas estão sucateadas não estão sabendo de nada.

Recentemente, caças AMX que eram de ataque ao solo foram transformados em aviões de ataque no ar, ou seja, de combate aéreo com outras aeronaves.

E brevemente o Brasil estará adquirindo novos fuzis, mais modernos e mais práticos.