A Regionalização avançada será um primeiro passo para a implementação do plano de autonomia, inscrito pelo reino de Marrocos no âmbito da nova constituição de 2011.

 Para M'Barka Bouaida, Ministra delegada junto ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, a declaração de Mohamed Abdelaziz sobre a Frente de Polisario recorrer as armas, se não for encontrado uma solução á questão do Saara, constitui uma arma que envolve ainda mais  Marrocos no processo da ONU e de forma ativa.

 Entrevistada pela televisão regional, Mohamed Abdelaziz  tem dito que abril 2015 será decisivo. A Ministra interrogada sobre o que Marrocos preparou para este compromisso.

 M'Barka Bouaida rebateu a questão, a declaração não compromete que a Frente de polisário e seus líderes. O processo de reformas que conheceu o reino nos últimos anos começam a surtir efeito, enfatizado no último discurso da Sua Majestade o Rei em 2014 que reafirmou este engajamento.

 A constituição de 2011 desenvolve-se um conjunto de fundamentos para negociar com as partes, conforme um plano de autonomia reconhecido como credível e sério pela comunidade internacional, como um projeto de regionalização avançado e das eleições de 2015.

 Tal projeto de regionalização avançado para as províncias do sul implementa  o plano de autonomia que consolida os setores internos e externos de forma sustentável,  criando emprego e respostas ás necessidades da população local.

 Marrocos fez escolhas que não são contextuais mas quecomprometem  e responsabilizam as partes,  essas escolhas são irreversíveis do ponto dos direitos humanos, da democracia, da melhor distribuição da riqueza e da boa governação.

 Marrocos ganhou muitas batalhas que subscrevem os desafios de  2015 objeto de ajustes e orientação dos órgãos que dependem da maturidade e da confiança.

 Para quando é a autonomia?

 O plano de autonomia é uma proposta marroquina, reconhecida como credível e séria por parte da comunidade internacional.

 Ele requer uma série de prerrogativas a nível nacional e internacional. Mas a nova Constituição marroquina aprovada em 2011 almeja essa solução do ponto de vista do  plano de autonomia como plataforma que ancorará as experiências de regionalização.

 O Ministro de Negócios Estrangeiros e da Cooperaçãp tem dito que  2015 seria uma data de confrontos com Argélia.  

 Que confronto é esse?

 O ministro declarou no Parlamento na sessão de perguntas após sua nomeação que ´não há Polisário, mas sim Argélia´. Um fato evidente sem prova aos olhos da comunidade internacional e da região.

 ´Uma forma para frustrar Marrocos´, explicou ele, de fato, a linguagem de Marrocos é cada vez mais franco e os problemas da integração socio-económica surgem no contexto da estabilidade e das relações de confiança.

 Mas, quem pode estar por trás dos vazamentos e do pseudo Chris Coleman, através da Internet?

 A provocação contra a diplomacia marroquina é uma mais uma vez a razão para avançar nos processos de cooperação e de parcerias, diante das manobras dos adversários e manipuladores.

 A opinião pública deu-se conta. Há muita verdade mas também um monte de documentos falsos e formas de manipulação. ´Ter a posição de inimigo não significa definitivamente ser fato existente´. Marrocos condena ação tresloucada de Polisário que ameaça voltar a levantar as armas, interpretado como um anão diplomático.

 As relações com a Mauritânia constituem um laço forte apesar de momentos instáveis. Marrocos tem concedido o asilo a um adversário, ´para não dizer que é o inimigo pessoal do presidente Aziz´.

 Tal posição não complica o precesso da integridade territorial?

 A Mauritânia e Marrocos são parceiros estratégicos que compartilham experiências  e obrigatoriedade da história e da cultura africana. Além disso, Marrocos e Mauritânia defendem uma série de pontos, tensões e relações arrefecidas entre os dois países em estado de conciliação.

 Mauritáncia enfrenta às crises, as quais emerge o problema da estabilidade enonómica, política e social que arranha a sua imagem.

 Em vez disso, consagra uma relação de cooperação e de laços históricos entre os levantamentos sociais contra os colonos franceses.

Marrocos é uma terra de boas-vindas e sem nenhum cálculo político para acolher as pessoas, salvo o problema do saara ocidental que é um obstáculo á integração dos países do Magrebe Marrocos, Argélia,Tunisia e Mauritania.

 O drama de Guelmim provocado pelas enchentes e inondações suscitou tensões diante da fragilidades das infraestruturas do sul do reino de Marrocos.

 Quem é responsável?

 A crítica a política de infraestrutura do governo de Guelmim decorre de muitas queixas e reclamações, apesar da mobilização das forças reais para atender os desabrigados e vitimas da cheia dos rios.

 A deficiente infraestrutura marroquina apresenta seus reflexos em todas as áreas, como má qualidade das estradas e má gestão dos riscos que levaram ás tragedias.

 Guelmim como exemplo é o ponto crítico das pancadas de água e tempestades de vento.

 Investir nesta região é urgente como nos pontos mais pobres e marginalizados  do sul do país, reforçando uma boa governação sem os cálculos políticos origem das tragédias.

 A responsabilidade passa pela concientização do povo da região e dos atores da sociedade cível, bem como  do governo perante os  seus erros de gestão e de transparência.

 Quatro partidos de oposição no parlamento marroquino pretendem no início deste mês realizar um turnê no sul de Marrocos para inspecionar os estragos das inondações e determinar o que ocorreu. A Iniciativa Nacional de autonomia, principal preocupação e a defesa do direitos humanos nas províncias saranianas envolve os partidos da União Socialista e das Forças Populares, do Istiqlal, da Autenticidade e Modernidade  e da União Constitucional que pretendem defender os projetos junto aos líderes das tribos sarauís e ás eleições para o ano 2015.

 As Ações concretas a nível nacional e internacional mobilizam a defesa dos partidos da oposição, os organismos e as instancias da ONU, tal como o Parlamento Europeu e a União Europeia.

 Os Círculos políticos internacionais, incluindo o Internacional Socialista e o Liberal, engajados no sentido de mobilizar a política latino-americana, para defender a causa nacional junto aos partidos da USFP, do Istiqlal, do PAM e da UC.

 Tal ação é inscrita no âmbito da iniciativa da oposição da conferência nacional sobre a questão do Saara e  da implementação da autonomia. Um documento político esperado no âmbito da regionalização avançada.

 O governo marroquino proporciona por fim encontros programados para este fim em forma "be to be", com os líderes dos quatro partidos e embaixadores acreditados em Rabat, além das associações da sociedade civíl.

 Biografia

 M'Barka Bouaida, ministra delegada junto ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, desde 10 de outubro de 2013, nasceu em 1975, em Lakssabi perto de Guelmim.

Titular de um MBA da Universidade de Hull (Inglaterra), um mestrado em Comunicação da Universidade de Toulouse e de um diploma de Escola Superior de gestão de Casablanca.

Sra. Bouaida foi eleita em 2007, pela primeira vez na Câmara dos representantes. Ela é co-presidemte da Comissão Parlamentar Mista Marrocos-União Europeia, desde a sua criação, em maio de 2010, antes de presidir, em 2010, a Comissão dos Assuntos Externos, da Defesa Nacional e dos Assuntos Islâmicos na Câmara dos Representantes.

Durante o período 2008-2009, ela ocupou os cargos de vice-presidente da Comissão de Finanças e de assuntos económicos e foi relatora da mesma Comissão sobre o projecto de Lei das Finanças de 2009.

Em junho de 2009, foi eleita membro do Conselho da Cidade de Grande Casablanca. Internacionalmente, Sra. Bouaida foi nomeada "Young Global Leader" do World Economic Forum 2012. Ela é, desde setembro de 2011, vice-presidente do Fórum Parlamentar Internacional para a Democracia. Bem como membro do Centro Norte-Sul do Conselho da Europa, da Aliança das Civilizações das Nações Unidas e do  "Munich Young Leaders".

Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador Universitário

[email protected]

Tel. 06-11-32-92-30