Aqui Jaz...

 Coração acelerado

Sudorese em gotículas

Que se espalham pelo corpo

Que arde e queima, feito chama acesa

Pedindo por um abraço

de um amor de infância

De um acordo firmado

De um pirulito trocado

De uma flor despetalada

De uma lágrima malcriada

De um beijo roubado

De um sorriso invertido

Com a emoção rebuscada de inocência.

Ainda naquele monte

Há na árvore cravada as iniciais de enamorados

Hoje os lábios maduros

Vem com o riso de uma era mágica

Que as palavras acesas vagavam nos corações

Encontrando um arco íris colorido

Carregados e desengonçados sentimentos

Que batem e pulsam

Num coração jovem, romanceado pelas palavras

Que laçam a essência da menina

Que busca compreender cada emoção.

Não há explicação para o sentir

Só que ele viaja no passado, perambula no futuro

E sente hoje neste agora

Que sempre há tempo e modos de amar.

Poucos sabem que o dar se aprofunda,

Que o sorrir conquista,

Que o hábito cativa,

Que o ato aproxima,

Que a esperança pulsa

E isso e um tanto mais,

ou mais nada e jaz

apenas o sentir... amar.



Globalizado

Sofisticadamente remexendo

Se busca, mas quem se importa?

Que tenta auscultar uma brisa

Carregada de risos quistos

Vistos, enxeridos, mexidos,

Emaranhados de mistérios ocultos

Emoções incontidas, subnutridas

Inconscientes, fosforescentes,

Atraídas, destemidas, entorpecidas

Que vislumbram o amado.

Quem se importa?

Que atrás da porta há uma exclamação

Uma interrupção do ciclo

Inversão do processo

Retrocesso, lento, gasto, vasto,

Que cutuca, inflama, arde e corrói

O tesouro que achavas que tinha

Que virou pó, do quadro que se furou,

Se quebrou, amarelou

Restou apenas os traços de uma imagem

Que um dia significou

Para alguém que pousou suas vistas

Em seu grande amor.