" Então porque estais querendo saber?"

" Porque a ciência não consiste só em saber aquilo que se deve ou se pode fazer, mas também em saber aquilo que se poderia fazer e que talvez não se deva fazer ".(Eco, 1983)  

Aprendizagens em(na) rede

É importante saber aquilo que precisamos e também aquilo que podemos vir a precisar, diante disto, fica uma questão, o que não precisamos aprender? Será que há um elenco eficaz que faça esta distinção?

Aprendizagens em rede

Para referenciar este texto, fui buscar artigos sobre aprendizagem em rede, e encontrei contrapontos que trazem idéias que refletem : Ensino na redex

Aprendizagem em rede.

Alguns artigos mencionam o uso de AVAs (AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM) que permitem o estudo do aluno em tempos assíncronos, neste momento lembrei-me dos cursos que já fiz, usando este suporte (neste caso caracterizaria meu momento como ensino em rede, pautado em apostilas disponibilizadas no formato AVA). Penso que usar o AVA envolve pesquisa por parte de quem o elabora, uma vez que depende de toda a riqueza oferecida a capacidade de despertar no aluno, curiosidades que propiciem um aprender maior, a atualização do material precisa ser um item considerado, afinal, o aluno terá neste suporte o conhecimento sobre determinado assunto e de pouco adianta ler, sobre algo que já foi, quando precisamos aprender sobre algo, hoje , que ainda é!

Mas se o AVA é uma ferramenta da EAD que permite aprendizagens além de grandes contextos geográficos, terminando assim com as impossibilidade dos limites territoriais, ele ainda pode trazer a tona uma melhor qualidade pedagógica, no que se referem a interações mediadas para a aprendizagem. Conforme Barajas (2003), AVA pode ser definido como "um espaço ou uma comunidade organizada com o propósito de aprender"1

Agora, que falamos brevemente em ferramentas que possibilitam a prática da EAD, vamos comentar de que forma ocorre a Aprendizagem em rede. Talvez fique um tanto mais fácil falar de como podemos processar o conhecimento hoje, sem que ele esteja mediado pela rede, sem que existam trocas e acréscimos, reflexões, pois tal comportamento está fora do ambiente atual, onde a mediação tecnológica está em toda a parte. Como estamos num momento em que acessar tudo é possível, temos sim a idéia clara de que é impossível visualizar o todo. Tal a grande quantidade de informações e tal a instantaneidade de tudo isto.Momentos síncronos não são a marca de nossa época, a dependência, não é mais estimulada, como acontecia na aprendizagem presencial, somos sim uma geração que não depende do outro para seguir em frente, mas valorizamos o outro entendendo que é diferente e que temos a aprender com ele, mas que podemos seguir buscando conhecimento que outros "outro" poderão oferecer.

Assim estamos em rede, quando vamos em frente, estamos em rede, quando vamos observando os saberes que outros demonstram, estamos em rede o tempo todo, mesmo quando não nos damos por conta, as redes estão gerenciando nossa vida, pois estamos na Era digital , e somos pequenos demais para fazer oposição a maneira como a vida se coloca neste mundo atual. Resta então fazer parte e oferecer qualidade, pois na época do virtual a exclusão ocorre a todo o momento em que você não está apto a oferecer saberes que interessem a sua comunidade. Porém, se olhar mais um pouco verá que seu saber é parte de outro grupo, que esta num nível diferente, então a rede inclui ao mesmo tempo que exclui, logo você está a todo momento parte do processo, apenas cedendo e absorvendo posições próprias da interatividade que todo este processo tecnológico gera. Antes num saber enciclopédico existiam conhecimentos que eram considerados forae dentro ao mesmo tempo, agora fora e dentro são tão instantâneos que nem percebemos suas posições.

Para finalizar, coloco a idéia inicial, gerenciando a questão: "Onde está algo que possamos considerar que "não está em rede"?

 1BARAJAS, M. Entornos Virtuales de Aprendizaje em la enseñanza superior: fuentes para uma revisión del campo". In: Barajas, M. (Coord.): La tecnologia educativa em la enseñanza superior. Madrid, McGraw-Hill, 2003, pp. 3-29.

Disponível em http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2005/nfa/tetxt2.htm