SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CURSO DE Especialização em Educação Especial Inclusiva

terezinha schnekemberg sidor

EDUCAÇÃO ESPECIAL:

APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO HUMANO.

MANOEL RIBAS

2008

Terezinha schnekemberg sidor

EDUCAÇÃO ESPECIAL:

APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO HUMANO.

Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-Graduação apresentado ao Curso de Especialização em Educação Especial Inclusiva da UNOPAR – Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista.

Orientadora: Profº. Ms. Fernando Barroso Zanluchi.

MANOEL RIBAS

2008

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente aos meus pais que por não terem tido oportunidade de estudar me apoiaram sempre, ao meu marido pela sua companhia e compreensão nos muitos dias em que fiquei até tarde para realizar meus trabalhos e aos meus filhos, riqueza da minha vida, que muitas vezes deixei de lado para poder me dedicar a esse curso. A vocês dedico essa vitória, realização do meu grande sonho.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por nos ter dado o Dom da vida e nos proporcionar forças para lutar esses anos todos em busca de nosso sonho.

AoProfessor Orientador Ms Fernando Barroso Zanluchi, por suas valiosas e enriquecedoras contribuições e orientações que me permitiram enfrentar este desafio.

Aos nossos familiares por nos apoiar, confiar e entender nossa ausência, incentivando-nos em todas as horas.

Aos amigos e colegas, por torcerem por cada um de nós nesse momento tão importante de nossas vidas.

Aos professores e colegas de curso, pois juntos vivemos momentos inesquecíveis de nossas vidas, momentos preciosos que jamais sairão de nossas lembranças.

E a todos aqueles que colaboraram para conclusão deste trabalho.

SIDOR, Terezinhaschnekemberg. Educação Especial: Aprendizagem e Desenvolvimento Humano. Manoel Ribas, 2008. Projeto de Monografia. Universidade Norte do Paraná.

1. RESUMO

Este Projeto de Pesquisa buscainformações em uma escola sobre a freqüência dos casos de TDAH, como é feita a avaliação psicoeducacional, e se já houve casos em que a criança apresentava sintomas de TDAH mas o diagnostico final indicou outro resultado? Busca informar as escolas quanto ao diagnostico errado de casos de TDAH. Já que existe um modismo em se diagnosticar esses casos, e leva informações sobre o Transtorno de Déficit de Atenção. Trás uma pesquisa acerca dos professores e coordenadores pedagógicos, pais ealunos para evidenciar na pratica pedagógica como eles lidam com crianças hiperativas. Enfatizando que a busca pela inclusão desses alunos na sociedade é um desafio algo realmente gratificante, pois, normalmente os paisé até mesmo algum professor desses alunos já os tem tratados como crianças burras, ou seja, são alvos de preconceito diante de uma sociedade competitiva. O objetivo desse trabalho vem ao encontro dessa problemática buscando trazer informações para as pessoas envolvidas com a escola, profissionais atuantes e pais. A presente pesquisa é de natureza qualitativa e a pesquisa de campo busca integrar teoria e pratica. Esperando esclarecer que o TDAH é um distúrbio neurológico com uma incidência percentual baixa na população, e como explicar tantos casos a mais de TDAHs. Isso não tira a seriedade do problema que é para vida de um aluno que realmente seja portador de TDAH, más é preciso fazer um bom diagnóstico diferencial para também não cometer erros como o de tratar uma criança que não tem TDAH como se ela tivesse. É preciso esclarecer bem os problemas que atrapalham o processo de ensino aprendizagem e que o TDAH é um deles. Mas é preciso também dizer que, muitas dificuldades de aprendizagem, que apresentam sintoma como falta de atenção, agitação e mau comportamento são enquadrados como TDAH, e muitos deles não o são.Existe um modismo em se diagnosticar,e o que é pior, medicar crianças como portadoras de TDAH. Muitas crianças diagnosticadas como TDAH, muitas vezes não a são. São apenas crianças ansiosas, pouco estimuladas, mal-educadas, mesmo com relação a limites e comportamento ou com alguma outra dificuldade de aprendizagem. É comum tentar explicar a desatenção, hiperatividade, agitação, impulsividade como traços de personalidade, irresponsabilidade ou falta de interesse, desatenção, problemas com memória, falta de organização, dificuldades em levar tarefas e projetos até o final... Estas são queixas comuns, na área profissional ou acadêmica. Mas é preciso um diagnostico diferenciado que não rotule um aluno como um portador de TDAH se não o for.

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Palavra-chave: projeto participativo; trabalho coletivo; transtorno do déficit de atenção.

2. INTRODUÇÃO

EDUCAÇÃO ESPECIAL: APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO HUMANO;

O presente trabalho de pesquisa vem ao encontro de um novo paradigma que é possibilitar a inclusão de alunos com déficit de atenção, e traz uma reflexão acerca do TDAH nas escolas possibilitando assim informações claras e objetivas sobre o assunto. Para que não haja casos de diagnósticos erroneamente. O TDAH é um transtorno que começa na infância e se caracteriza por crianças que são, impulsivas, bagunceiras, inquietas e distraídas, sonhadoras que vivem no "mundo da lua". Geralmente esse quadro persiste na idade adulta, onde a hiperatividade, agitação e impulsividade diminuem de intensidade e a distração fica mais evidente. O déficit de atenção trata-se de uma alteração do comportamento que impossibilita o indivíduo de permanecer quieto por um período de tempo necessário para executar determinadas atividades comuns diárias. Por conta do seu comportamento essas crianças e adolescentes são evitados e considerados inconvenientes. Ele é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns países, como nos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei quanto a receberem tratamento diferenciado na escola. O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD. Não existe controvérsia sobre o assunto. Existe inclusive um Consenso Internacional publicados pelos mais renomados médicos e psicólogos de todo o mundo a este respeito. Consenso é uma publicação científica realizada após extensos debates entre pesquisadores de todo o mundo, incluindo aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou instituição e não compartilham necessariamente as mesmas idéias sobre todos os aspectos de um transtorno.

3. JUSTIFICATIVA

Tendo vivenciado a área da educação em salas de aulas, nos estágios em várias escolas públicas como em escolas particulares, surpreendia-me, ora entusiasmada pela realização de meus ideais de educadora junto alguns alunos, ora angustiada por não encontrar caminhos que solucionasse ou, até mesmo, amenizasse as dificuldades de aprendizagem apresentadas por outros tipos de alunos. Alunos esses que, com certeza, tinham suas potencialidades e habilidades manifestadas, mas nos, inexperientes e mal informados não o enxergávamos. Era um tempo em que a busca de entendimento sobre as causas dos problemas de aprendizagem escolar concentrava-se na criança, por ser ela a portadora de atraso no desenvolvimento psicomotor, perceptivo, lingüístico, cognitivo ou emocional. Essas deficiências a levariam a não ter a prontidão necessária a alfabetização no momento de ingresso na escola. Levariam também, a sair mal nos testes de inteligência que acusavam, via de regra, um QI muito baixo. Alguma dessas crianças eram avaliadas, de certo modo a maioria dos casos chegava-se ao resultado do TDAH.

Os sintomas apresentados podem ter outra causa, mas por falta de uma avaliação diferenciada essas crianças podem ter sido vitimas de um diagnostico errado. E apesar de estarem todos os dias na sala com crianças ditas normais não eram inclusas quase não se relacionavam, e não tinha um bom desempenho, e o que é pior muitas vezes eram consideradas incapazes até mesmo por algum professor, pois se distraia facilmente, e muitos desses casos são medicados até mesmo na escola, e essas crianças são rotuladas por varias pessoas até mesmo funcionário que trabalham na escola. Então quando comecei a pós em Educação Especial já tinha em mente que tema eu ia pesquisar. Pelas mais variadas razões, desde inocência e falta de formação científica até mesmo má-fé, muitos profissionais fazem diagnósticos errados. No primeiro caso se incluem todos aqueles profissionais que nunca publicaram qualquer pesquisa demonstrando o que eles afirmam categoricamente e não fazem parte de nenhum grupo científico. Quando questionados, falam em "experiência pessoal" ou então relatam casos que somente eles conhecem porque nunca foram publicados em revistas especializadas. Muitos escrevem livros ou têm sit na Internet, mas nunca apresentaram seus "resultados" em congressos ou publicaram em revistas científicas, para que os demais possam julgar a veracidade do problema. Os segundos são aqueles que pretendem "vender" alguma forma de tratamento diferente daquilo que é atualmente preconizado, alegando que somente eles podem tratar de modo correto.
Tanto os primeiros quanto os segundos afirmam que o tratamento do TDAH com medicamentos causa conseqüências terríveis. Quando a literatura científica é pesquisada, nada daquilo que eles afirmam é encontrado em qualquer pesquisa em qualquer país do mundo. Esta é a principal característica destes indivíduos: apesar de terem uma "aparência" de cientistas ou pesquisadores, jamais publicaram nada que comprovasse o que dizem.

4. OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

-Esclarecer as pessoas envolvidas com crianças dos principais sintomas de um portador de TDAH, seus efeitos no aluno.

4.2 OBJETIVO ESPECIFICO

-Verificar como é feito as avaliações psicoeducacionais.

-Informar com descrição claras dos sintomas diferenciais de outros problemas.

5. REFERENCIAL TEÓRICO

Para as crianças, os prejuízos maiores do TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção - estão na área escolar e no controle da agitação motora (hiperatividade) e na impulsividade excessiva. Em adultos, as áreas mais comprometidas têm relação com a vida profissional.

Até bem pouco tempo atrás acreditava-se que o TDAH passava com o tempo. Hoje sabe-se que cerca de 50% daqueles que tiveram TDAH na infância manterão os sintomas na Idade adulta. O TDAH pode acontecer sem a hiperatividade. São dois tipos básicos de TDAH: o tipo Desatento, que apresenta apenas déficit de atenção / distração, sem a hiperatividade e o Tipo Hiperativo-Impulsivo. Há também o tipo combinado, com as três características (déficit de atenção, hiperatividade e impulsividade). Todos os tipos estão relacionados a padrões de funcionamento cerebral próprios do TDAH e da hiperatividade, caracterizados por hiperfunção das áreas pré-frontais do córtex.

existem inúmeros estudos em todo o mundo - inclusive no Brasil - demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (as práticas de determinada sociedade.), o modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos.Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento. O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicos chamados neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina),
que passam informações entre as células nervosas (neurônios). Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões. Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. A participação de genes foi suspeitada, inicialmente, a partir de observações de que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes também afetados com TDAH era mais freqüente do que nas famílias que não tinham crianças com TDAH. A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral (isto é chamado de recorrência familial). Porém, como em qualquer transtorno do comportamento, a maior ocorrência dentro da família pode ser devido a influências ambientais, como se a criança aprendesse a se comportar de um modo "desatento" ou "imperativo" simplesmente por ver seus pais se comportando desta maneira, o que excluiria o papel de genes. Foi preciso, então, comprovar que a recorrência familial era de fato devida a uma predisposição genética, e não somente ao ambiente. Outros tipos de estudos genéticos foram fundamentais para se ter certeza da participação de genes: os estudos com gêmeos e com adotados. Nos estudos com adotados comparam-se pais biológicos e pais adotivos de crianças afetadas, verificando se há diferença na presença do TDAH entre os dois grupos de pais. Eles mostraram que os pais biológicos têm 3 vezes mais TDAH que os pais adotivos.

Os estudos com gêmeos comparam gêmeos univitelinos e gêmeos fraternos (bivitelinos), quanto a diferentes aspectos do TDAH (presença ou não, tipo, gravidade etc...). Sabendo-se que os gêmeos univitelinos têm 100% de semelhança genética, ao contrário dos fraternos (50% de semelhança genética), se os univitelinos se parecem mais nos sintomas de TDAH do que os fraternos, a única explicação é a participação de componentes genéticos (os pais são iguais, o ambiente é o mesmo, a dieta, etc.). Quanto mais parecidos, ou seja, quanto mais concordam em relação àquelas características, maior é a influência genética para a doença. Realmente, os estudos de gêmeos com TDAH mostraram que os univitelinos são muito mais parecidos (também se diz "concordantes") do que os fraternos, chegando a ter 70% de concordância, o que evidencia uma importante participação de genes na origem do TDAH. Apartir dos dados destes estudos, o próximo passo na pesquisa genética do TDAH foi começar a procurar que genes poderiam ser estes. É importante salientar que no TDAH, como na maioria dos transtornos do comportamento, em geral multifatoriais, nunca devemos falar em determinação genética, mas sim em predisposição ou influência genética. O que acontece nestes transtornos é que a predisposição genética envolve vários genes, e não um único gene (como é a regra para várias de nossas características físicas, também). Provavelmente não existe, ou não se acredita que exista, um único "gene do TDAH". Além disto, genes podem ter diferentes níveis de atividade, alguns podem estar agindo em alguns pacientes de um modo diferente que em outros; eles interagem entre si, somando-se ainda as influências ambientais. Também existe maior incidência de depressão, transtorno bipolar (antigamente denominado Psicose Maníaco-Depressiva) e abuso de álcool e drogas nos familiares de portadores de TDAH. Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos. O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas: 1 Desatenção, 2 Hiperatividade-impulsividade. O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou "ligados por um motor" (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites. Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos ("colocam os carros na frente dos bois"). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São freqüentemente considerados "egoístas". Eles têm uma grande freqüência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.Segundo Russel A. Barkley "as crianças com TDAH tem grandes dificuldades de ajustamento diante das demandas da escola". Um terço ou mais de todas as crianças portadoras de TDAH ficarão para trás na escola, no mínimo uma série, durante sua carreira escolar,e até 35% nunca completará o ensino médio. As notas e pontos acadêmicos conseguidos estão significativamente abaixo das notas e pontos de seus colegas de classe. Entre 40% a 50% dessas crianças acabarão por receber algum grau de serviços formais através de programas de educação especial, como salas com recursos, e até 10% poderá passar todo o seu dia escolar nesses programas. Complicando esse quadro, existe o fato de que mais da metade de todas as crianças com TDAH também apresentam sérios problemas de comportamento opositivo. Isto ajuda a explicar porque entre 15 a 25% dessas crianças serão suspensas ou até expulsas da escola devido a problemas de condutas.Aí vem a grande dificuldade, professores, diretores, e toda uma equipe de apoio, sem o devido conhecimento sobre o TDAH, com os professores sem saber o que fazer nem como lidar com elas, desmotivados, mal pagos, salas de aula super lotadas, vamos encontrar turmas e mais turmas de "alunos especiais", que não conseguem nem ao menos serem alfabetizados, que inevitavelmente ao faltar estrutura familiar que possa funcionar como seus "freios inibitórios", vão evoluir para evasão escolar. Precisamos estar atento para que as escolas selecionem (pelo menos de 1ª a 4ª série) professores que tenham perfil para lidarem com crianças portadoras de TDAH, que sejam democráticos, solícitos, amigos, compreensivos e empáticos e não desorganizados, hiperativos e impulsivos como ela. Crianças com TDAH não tem que estar em turmas separadas, elas não tem problemas cognitivos, aprendem muito bem quando tratados adequadamente por uma equipe interdisciplinar. Em casa não é muito diferente, pais desesperados que já visitaram muitos médicos, psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos etc. a procura de um tratamento adequado, um caminho muitas vezes tortuoso e conflituoso, num processo que pode levar meses e até anos. O que parece acontecer na vida adulta, entretanto, é uma diminuição dos sintomas da hiperatividade, permanecendo os sintomas de desatenção e impulsividade. É uma grande dificuldade para a criança hiperativa quando ela entra no jardim de infância, e precisa agora aprender a lidar com as regras, a estrutura e os limites, e o seu temperamento simplesmente não se ajusta muito bem com as expectivas da escola. Para ir bem às provas, uma criança precisa não apenas exibir as aptidões que estão sendo avaliadas, mas também possuir a capacidade de ouvir e seguir instruções, prestar atenção e persistir até que a prova seja completa. A criança deve também ser capaz de parar para pensar qual seria entre as várias opções a melhor resposta possível. Entretanto, as crianças hiperativas são fracos nessas áreas de aptidões e, portanto, as notas obtidas nas provas de inteligência muitas vezes refletem mais a sua hiperatividade que seu potencial intelectual. Algumas crianças hiperativas são muito brilhantes. A maioria está dentro dos limites médios e algumas, infelizmente, ficam abaixo da média em suas aptidões intelectuais. Crianças hiperativas muito brilhantes freqüentemente conseguem ter uma boa atuação durante o curso elementar (1ª séries do 1º grau) e é possível que não sejam consideradas crianças com problemas. As maiores aptidões intelectuais da criança permitem que ela compense sua incapacidade de continuar numa tarefa. Ela pode não se dedicar durante muito tempo, mas o tempo gasto nas tarefas muitas vezes resulta num trabalho completo e freqüentemente correto. Pode parecer que esta criança não preste atenção, mas quando solicitada geralmente sabe a resposta. Lembre-se: Ser desatento não equivale ser incapaz de aprender. As crianças hiperativas, quando sua atenção é focalizada, são capazes de aprender tão bem quanto as outras. Esteja seu filho recebendo ou não serviços de educação especial, acreditamos que você tem o direito de participar ativamente da seleção dos professores do seu filho Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é uma condição que afeta um segmento importante da população infantil, (CONDEMARIN at all, 2006). Crianças com este transtorno encontram dificuldades significativas no desempenho de atividades, segundo

O TDAH tem sua origem no que se chama trio de base alterada é a partir desse trio de sintomas, formado por alterações da atenção, impulsividade e da velocidade da atividade física e mental, que podem originar alterações para a criança, desde dificuldades de aprendizagem até problemas afetivos e sociais. (DUPAUL e STONER 2007, PARA BARKLEY 2002, p27).

Além da interferência dos agentes ambientais ou fatores puramente sociais, estudos mencionados por Barkley (2002) indicam que existe uma contribuição genética muito forte para as causas do TDAH.

O estudo de Lou, Henriksen e Peter Brunh 1984, apud Barkley (2002), citado por DUPAUL e STONER (2007), que comparou o fluxo sangüíneo no cérebro de crianças portadoras e não portadoras do TDAH. Verificou que as crianças com o transtorno apresentavam menor fluxo sangüíneo na área frontal, particularmente no núcleo caudado, estrutura importante na conexão das regiões frontais e estruturas medianas conhecidas como sistema límbico, que é responsável por diversas atividades, dentre elas o controle das emoções, a motivação e a memória. Isso pode ser uma das causas dos comportamentos hiperativos, sendo necessários, contudo mais estudos e pesquisas para que se possa afirmar com certeza, as possíveis origens desse transtorno.

Com o intuito de ajudar crianças a minimizarem seus comportamentos hiperativos e organizarem-se psicomotoramente, alguns estudos têm sido desenvolvidos usando a psicomotricidade como ferramenta básica de trabalho, pois sabe-se que ela atua diretamente na organização das emoções, percepções e nas cognições, visando a utilização em respostas adaptativas previamente planejadas e programadas, Fonseca( 1995) apud Krug et al ( 2004).

O desenvolvimento psicomotor é estudado, analisado e mensurado através de diferentes elementos ou fatores. Segundo Fonseca (1995), são eles: noção do corpo, estruturação espaço-temporal, lateralização, equilibração, tonicidade, praxia global e praxia fina. Para Lima e Barbosa (2007) a psicomotricidade está associada à afetividade e à personalidade e é fundamental no desenvolvimento dos padrões motores básicos de locomoção, manipulação e tônus corporal. De acordo com Molinari (2003, p37),"o desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcionalidade, da lateralidade e do ritmo."

Segundo o Poeta e Rosa Neto (2005, p92) "comprovaram em seu estudo, que 25 sessões de estimulação psicomotora aplicadas a uma criança com TDAH contribuíram para uma melhora significativa no seu perfil psicomotor".
Na população geral, a prevalência do transtorno é de 3% a 6% entre crianças em fase escolar. Estima-se que cerca de 50% desses indivíduos chegarão à idade adulta com sintomas ainda suficientes para o diagnóstico, associados a prejuízos importantes na vida social. O desenvolvimento do quadro de TDAH está associado a um risco significativamente maior de baixo desempenho escolar, repetência, expulsões e suspensões escolares, relações difíceis com familiares e colegas, desenvolvimento de ansiedade, depressão, baixa auto-estima, problemas de conduta e delinqüência, experimentação e abuso de drogas, acidentes de carro e multas por excesso de velocidade. Na vida adulta, as dificuldades de relacionamento, no casamento e no trabalho, também são mais freqüentes.
Embora as causas do TDAH ainda não sejam totalmente conhecidas, a influência genética é demonstrada por estudos com famílias de portadores do transtorno. Provavelmente, vários genes de pequeno efeito determinam a vulnerabilidade do indivíduo ao distúrbio. Assim como a esquizofrenia, não se trata de uma doença com causa única, mas sim de uma síndrome com diferentes origens. Fatores ambientais, com ingestão de álcool e fumo na gravidez e complicações no parto, também podem estar envolvidos na gênese do transtorno.
Para RODHE & BENCZIC (1999)

Trata-se de um problema de saúde mental que possui três características básicas: a desatenção, a agitação (ou hiperatividade) e a impulsividade. Este transtorno tem um grande impacto na vida da criança ou adolescente e das pessoas com as quais convive. Pode levar a dificuldades emocionais, de relacionamento familiar e social, bem como a um baixo rendimento escolar. (RODHE & BENCZIC, 1999, p.37).


Estudos científicos mostram que o TDAH está relacionado com uma disfunção cerebral, principalmente nas áreas responsáveis pelo chamado controle inibitório (regiões do córtex pré-frontal e suas conexões com estruturas subcorticais; a participação do córtex parietal posterior, responsável pelo processo de atenção seletiva, também já foi observada). Investigações mais recentes com ressonância magnética demonstram que as alterações nesses locais do cérebro ocorrem desde muito cedo e não se modificam com o desenvolvimento da criança. Assim sendo, esses achados provavelmente não são conseqüências do TDAH em si ou de seu tratamento, mas sim resultados de um distúrbio precoce na maturação do cérebro.
Vale ressaltar que mais de 150 ensaios clínicos bem conduzidos certificam a eficácia do uso de medicamentos no TDAH. Cerca de 70% a 80 % das crianças com o transtorno apresentam uma resposta expressiva, com melhora de pelo menos 50% dos sintomas, ao tratamento medicamentoso, com importante repercussão favorável na suas vidas e
de suas famílias.

O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, que responde pela sigla TDAH, poderia ser considerado uma nuance do comportamento de crianças e adolescentes um pouco mais complicadas. Mas o que poderia parecer rebeldia ou falta de interesse foi identificado, há quase um século, como transtorno provocado por uma anomalia no desenvolvimento de algumas áreas cerebrais. O fato é que a doença vem sendo cada vez mais estudada e, por isso, mais conhecida pelos especialistas que já possuem tratamento específico para cada um dos casos. O TDAH de hiperatividade culminar, que é aquele que apresenta sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Existe o TDAH com predomínio de desatenção, no qual podem existir alguns poucos sintomas de hiperatividade, mas o predomínio é do quadro de desatenção. Temos ainda o TDAH com predomínio de hiperatividade, no qual, ao contrário, podem existir alguns sintomas de desatenção, mas o predomínio do quadro é de hiperatividade e impulsividade. Em primeiro lugar é importante a noção clara de que o TDAH possui duas dimensões de sintoma. Uma dimensão de desatenção e uma dimensão de hiperatividade e impulsividade. O que caracteriza a dimensão de desatenção é a identificação, por exemplo, da dificuldade de prestar atenção a detalhes ou errar por descuido. Vemos isso normalmente em crianças que nos exercícios de matemática que têm duas ou três contas de somar e uma de subtrair e ela não percebe e soma as quatro equações por não perceber que uma delas era uma subtração. Esse tipo de erro causado por não prestar atenção a detalhes é importante. Uma coisa importante para dizer sobre o tema é que desatenção é uma variável dimensional na população. Não existe o grupo dos desatentos e o dos completamente atentos. Desatenção, assim como altura e pressão, se distribui na população. Algumas são mais atentas, outras menos, outras bastante desatentas, mas o que as diferenciam daquelas que possuem o transtorno é que os sintomas são bastante graves, freqüentes e causam prejuízos no funcionamento do indivíduo. Além disso, nessa dimensão de desatenção acontecem esquecimentos de compromissos, trabalhos, provas, são pessoas muito desorganizadas, não conseguem manter a atenção sequer numa conversa. Nesse caso, os sintomas em crianças, adolescentes e adultos, principalmente crianças e adolescentes muito inquietos. Quando sentam em uma cadeira para fazer coisas como almoçar, jantar ou escrever, eles ficam mexendo com as mãos e com os pés, ficam sempre se levantando em sala de aula. São crianças que normalmente falam alto em demasia, não conseguem esperar alguém terminar de ouvir a pergunta, tem dificuldade de esperar a sua vez, estão constantemente se metendo nas conversas e por aí vai.Essa descrição da doença faz mais uma vez ela parecer comum e acabar passando despercebida dos pais. Caso o transtorno não seja tratado na infância, poderá trazer conseqüências para o indivíduo. Esse é um aspecto extremamente importante, porque alguns desses sintomas, claro que num grau mais leve, estão presentes em grande parte da população. Por isso muitas crianças são rotuladas como preguiçosas, burras ou mal criadas, mas na verdade elas têm um comportamento que é biologicamente determinado e aí nós podemos entrar na questão de maturação cerebral, e das diferenças em áreas cerebrais. É claramente demonstrado que essas crianças têm um amadurecimento de determinadas áreas cerebrais que é diferente das crianças que não possuem déficit de atenção.

Como elas têm áreas cerebrais que são potencialmente diferentes daquelas que não sofrem com déficit de atenção, quando crescerem elas estarão mais sujeitas a não se desenvolverem. Por isso, o índice de repetência escolar, infrações escolares (expulsão ou suspensão) é significativamente maior nessas crianças. Existem vários trabalhos mostrando que acidentes em casa e fraturas são mais comuns nessas crianças que nas que não possuem o distúrbio. Acidentes de automóveis em adultos com déficit de atenção e hiperatividade pela impulsividade são mais freqüentes do que em controles normais. O grau de satisfação normal e nas relações interpessoais também são menores em indivíduos portadores que em controles normais. Isso quer dizer que tendo um retrospecto de uma família com déficit de atenção, temos mais chances da criança ter o distúrbio. Existe uma predisposição clara e genética de se desenvolver o transtorno. O que podemos dizer é que se a pessoa já vem de famílias em que o déficit de atenção é mais freqüente, e é importante ter o cuidado com variáveis ambientais, possam servir de gatilho para quem tenha predisposição.

Com a evolução da medicina no mundo e o desenvolvimento de tecnologias, são cada vez mais aperfeiçoados métodos de diagnósticos e tratamentos para as novas doenças que são descobertas. Entretanto, muitos se esquecem de considerar os problemas das crianças das comunidades escolares, como é o caso do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Embasados em Rodhe & Benczic (2002, p118), "o TDAH é hoje um problema de saúde mental bastante freqüente em crianças, adolescentes e adultos em todo o mundo, ele é reconhecido por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS)".

De acordo com Cypel (2003), as escolas estão mais habituadas a trabalharem com crianças consideradas "normais", ou seja, com bom rendimento na aprendizagem e com bom comportamento. Quando surgem dois ou mais alunos hiperativos em uma sala de aula, é uma situação problemática, pois a harmonia da sala é interrompida pelas crianças agitadas que interferem no trabalho didático e atrapalham as atividades dos outros alunos. Os professores que não têm conhecimento a respeito do assunto ficam irritados e impacientes, reagindo com menos tolerância, chamando a atenção da criança em tom mais alto de voz, quase aos gritos, gerando insatisfação e agindo de forma inadequada.

 Mas os professores e pais de crianças hiperativas devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade instabilidade emocional e hiperatividade incontrolável da criança (EQUIPE da ABDA, 2005).

 Ressalta Goldstein (2004) que os sintomas de hiperatividade podem se manifestar em crianças que têm outros problemas da infância, é necessário um exame cuidadoso. Tanto as informações médicas, pedagógicas e comportamentais devem estar reunidas, organizadas e avaliadas. Segundo Mattos (2005), o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), é um dos problemas psicológicos mais comuns durante a infância. O TDAH é um distúrbio neurológico que pode ser de origem genética, e, é a causa mais comum de encaminhamento, para especialistas, de crianças e adolescentes que apresentam prejuízos no seu funcionamento escolar e social.

A hiperatividade pode manifestar tanto no período pré-escolar como durante o período escolar da criança. Há casos de crianças que apresentavam comportamento mais tranqüilo em outras fases da sua vida e, de repente, sem justificativa tornaram-se hiperativas (CYPEL, 2003).

O desempenho acadêmico abaixo do esperado, das crianças com TDAH, é ressaltado por Mattos (2005) e, quando ocorre, deve-se a dificuldades de atenção, hiperatividade e impulsividade, e não a algum problema de aprendizagem. Essas crianças são capazes de aprender e obter resultados semelhantes aos de outras crianças da mesma faixa etária e escolaridade.

Cypel (2000), também ressalta que as crianças com TDAH, têm mais facilidade para baixa auto-estima, pois o seu amor próprio é diminuído perante a família, professores e colegas. Só pelo fato de a criança se perceber incapaz de controlar seu comportamento, já é um fator psicológico interior da criança que diminui por si mesma a sua imagem. "Mais do que isso, a pessoa carrega dentro de si um sentimento de solidão, de isolamento, por não se sentir entendida e até de não se entender claramente, de não fazer parte desse mundo, além de sensações de vazio, inadequação, e falta de vitalidade e crença em si mesma" (p. 43). Hoje em dia muito se tem discutido sobre o TDAH, mais sobre o baixo rendimento na aprendizagem e, de acordo com Barkley, o professor precisa ter conhecimento sobre o TDAH para ajudar a criança no processo educacional. "Quanto mais informado o professor estiver a respeito do TDAH, suas implicações e formas de manejos, maior chance da criança conseguir um bom desempenho escolar" (1990. p. 49).Os profissionais da educação devem saber que portadores de TDAH não são alunos diferentes, pois, afinal, "o bom professor deve ser bom para todos, ou tenta, na média do possível, ser flexível, ter um bom modo de registrar, observar e repensar seu trabalho, bom tom de voz, empatia com seu trabalho" (FURTADO, 2005).

Neste sentido, Benczik (2000) afirma que o tipo de professor que parece mais se ajustar às necessidades do aluno com TDAH, é aquele que mostra ser democrático, compreensivo, otimista, amigo, sempre trabalha interagindo com o aluno e que dá respostas rápidas para o comportamento inadequado da criança. Ele é também organizado e administra bem o tempo é flexível e maneja os vários tipos de tarefas. É um professor objetivo e descobre meios de auxiliar o aluno a atingir a suas metas (p. 84).

5.1 - COMO DIAGNOSTICAR O TDAH?

O diagnóstico é eminentemente clínico, baseando-se em critérios operacionais clínicos, claros e bem definidos, proveniente de sistemas classificatórios confiáveis, executados por equipe multidisciplinar (médicos, psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, psiquiatras, neurologistas etc.)

5.2 SINAIS CLINICOS

As crianças com TDAH são facilmente reconhecidas. A desatenção consiste numa dificuldade em prestar atenção a detalhes ou na propensão a cometer erros por descuido nas atividades escolares e de trabalho. Também é comum a falta de atenção em tarefas ou atividades lúdicas. O portador do transtorno parece não escutar quando lhe dirigem a palavra, costuma não seguir instruções e não terminar tarefas escolares, domésticas ou deveres profissionais. Normalmente tem dificuldade em organizar atividades e evita ou reluta em envolver-se em exercícios que exijam esforço mental constante. Além disso, o indivíduo é facilmente distraído por estímulos alheios e apresenta esquecimento das atividades diárias.
A hiperatividade constitui-se de hábitos como agitar as mãos ou os pés ou se remexer na cadeira, abandonar o assento na sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado, correr ou escalar em demasia, em situações inapropriadas e falar em demasia. Como o portador do TDAH tem dificuldade em brincar ou envolver-se silenciosamente em atividades de lazer, freqüentemente se mantém em constante atividade, como se estivesse "a todo o vapor".
Já a impulsividade caracteriza-se por atitudes precipitadas, como dar respostas antes que as perguntas tenham sido concluídas, interromper ou se meter em assuntos alheios e não conseguir esperar a vez em filas. Nesse momento, dispomos de tratamento para doençabaseada no uso de medicação, que controla ou melhora o funcionamento de determinadas áreas cerebrais e que não estão funcionando de forma adequada. Esse tratamento é associado a duas intervenções psicossociais que são a educação do paciente e da família sobre o transtorno e orientação da escola para reconhecimento e manejo da criança hiperativa no ambiente escolar. Ao mesmo tempo fazemos uma intervenção político-comportamental com a criança.

Voltando às conseqüências, o mapeamento do cérebro já mostrou é na infância que o indivíduo aprende a ler, a fazer contas, e se relacionar e conhecer o mundo e, que na adolescência, o cérebro pega todas essas informações que estavam desordenadas e as colocam em uma espécie de catálogo, reorganizando-as para serem utilizadas pelo resto da vida. A criança que não conseguia assimilar o mundo, processar e guardar essas informações não terá uma lacuna muito grande na vida. Perfeitamente essa é uma questão extremamente importante. A criança que apresenta um distúrbio de atenção importante vai ter o desenvolvimento comprometido quando chegar a idade adulta. Acontece que algumas começam a tratar o déficit de atenção e tem uma melhora. Depois que param a aprendizagem é comprometida. E acontece porque toda aquela lacuna de aprendizagem que ficou para trás não vai melhorar. Existem conteúdos que ela não adquiriu durante o desenvolvimento que precisará ser resgatado, principalmente na parte psicopedagógica.

5.3 TIPO DE ABORDAGEM TERAPÊUTICA PARA O TRATAMENTO DO TDAH.

Segundo JONES (2004) O doutor TONNY PELLIGRINI,( JONES, 2004,p35). Ressalta que: "A abordagem terapêutica é feita de forma multidisciplinar, envolvendo tanto o diagnóstico quanto o tratamento onde, profissionais médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, psiquiatras, neurologistas, neuropediatras, pediatras "etc., são envolvidos no processo, com técnicas específicas como a terapia cognitivo comportamental (TCC) aos cuidados dos Psicólogos e Psiquiatras, e o uso de medicações neuroestimulantes e medicamentos específicos no tratamento das comorbidades. As patologias neuropsicológicas com base biológica não respondem bem a outros tipos de terapias.Os estimulantes são atualmente os medicamentos psicotrópicos mais prescritos para crianças, principalmente para o tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH). Como o TDAH pode persistir na adolescência e na vida adulta, os estimulantes têm sido cada vez mais utilizados para o tratamento deste transtorno também em adultos. A descoberta dos efeitos dos estimulantes sobre comportamentos disruptivos ocorreu em 1937, quando se observou que a droga melhorava o desempenho escolar e diminuía a atividade motora de crianças hiperativas. Desde então, vários estudos têm demonstrado a eficácia dos estimulantes na melhora dos sintomas do TDAH por exemplo, diminuindo a agitação, aumentando a concentração nas tarefas escolares e esportivas, e melhorando a cooperação e a relação da criança com os familiares.

Na idade adulta, o TDAH comumente se manifesta por dificuldades de concentração, impulsividade e dificuldade para controlar emoções como a raiva, podendo trazer conseqüências como instabilidade no emprego e problemas de relacionamento interpessoal. Em adultos, os estimulantes podem melhorar o desempenho em atividades monótonas - aumentando o alerta em tarefas que requerem atenção mantida ao longo do tempo - diminuir a sensação de fadiga e melhorar o humor.Outros transtornos do comportamento, ditos comórbidos, podem ocorrer associados ao TDAH. Mesmo quando há transtornos associados os estimulantes continuam atuando na redução dos sintomas do TDAH, podendo também ser benéficos no tratamento de alguns transtornos comórbidos, como o Transtorno Opostivo-Desafiador e o Transtorno de Ansiedade. Os estimulantes são indicados ainda no tratamento da narcolepsia, da apatia secundária a uma doença clínica e como auxiliares no tratamento da depressão e do retardo psicomotor associado a várias doenças.

As contra-indicações ao uso de estimulantes incluem sensibilidade prévia, glaucoma (aumento da pressão intra-ocular), doença cardíaca descompensada (com sintomas), hipertiroidismo (funcionamento anormal da tireóide), hipertensão arterial, uso concomitante de IMAOs (um determinado tipo de antidepressivo), psicose e doença hepática. Se há história de abuso de drogas, o uso de estimulantes requer cuidados. Eles são contra-indicados para pessoas que costumam fazer uso ilícito ou abusivo de estimulantes. Nestes casos, tais medicamentos só devem ser utilizados em ambientes controlados e com o paciente sob supervisão. Eles não são entretanto necessariamente contra-indicados em quem já apresentou abuso ou dependência de drogas. A presença de tiques motores, ansiedade elevada e história familiar de doença de Tourette também têm sido apontadas como contra-indicações. Porém, estudos clínicos recentes revelaram que estas condições não necessariamente pioram com o uso de estimulantes.
Os efeitos colaterais mais comuns são insônia, diminuição do apetite, perda de peso, tiques, dor no estômago, dor de cabeça e nervosismo. Os efeitos colaterais em crianças e adolescentes com TDAH são raros e respondem aos ajustes de dose ou desaparecem com o tempo. Efeitos colaterais leves são mais comuns; já os efeitos colaterais graves são raros e duram pouco se a dose for reduzida ou se a medicação for descontinuada.

Teorias recentes sobre os mecanismos pelos quais ocorre o TDAH envolvem disfunções no chamado córtex cerebral pré-frontal (a parte anterior do cérebro). Esta área está envolvida em funções denominadas "executivas" que se encontram deficientes no TDAH, tais como planejamento e controle do impulso. Os stimulantes usados no tratamento do TDAH agem em circuitos cerebrais de dopamina e noradrenalina, melhorando os processos de controle executivo justamente naqueles locais, resultando em melhora dos sintomas. Os estimulantes são rapidamente absorvidos. Seus efeitos no comportamento começam a aparecer cerca de 30 minutos após a ingestão e duram de 3 a 4 horas. Há poucas evidências na literatura sobre a necessidade de aumentar a dose do estimulante após algum tempo de uso para obter a mesma resposta (desenvolvimento de tolerância). O que estudos recentes vêm mostrando é a necessidade de um aumento nos níveis sanguíneos do estimulante ao longo do dia para que o efeito terapêutico se mantenha. É comum que indivíduos com TDAH apresentem outros transtornos psiquiátricos.

Os principais são: Depressão, Ansiedade, Transtorno dos Tiques, Transtorno Opositivo-Desafiador, Transtorno de Conduta e/ ou agressividade. No caso da depressão e também no caso da ansiedade, é comum que os pais não identifiquem corretamente a presença de tais sintomas, enfatizando apenas os sintomas de TDAH. Se a depressão for a doença principal ou se os sintomas depressivos forem graves, a depressão deve ser o foco do tratamento. Do contrário, pode-se iniciar o tratamento com um estimulante, já que a redução dos sintomas do TDAH pode ter um impacto importante sobre os sintomas depressivos. Porém, caso os sintomas do TDAH diminuam com o estimulante mas a depressão não melhore, há indicação para alguns tipos de psicoterapia (cognitivo-comportamental ou interpessoal) ou ainda, o uso de antidepressivos. É importante ressaltar que os antidepressivos tricíclicos (tais como a imipramina e a nortriptilina, usados como segunda escolha para o tratamento do TDAH) não são os mais indicados para o tratamento de depressão infantil, quando se utiliza preferencialmente os inibidores seletivos de recaptura de serotonina (ISRS), tais como a sertralina e a fluoxetina. Para o manejo de sintomas de ansiedade em crianças com TDAH procede-se de maneira análoga. Se o estimulante melhora o TDAH mas a ansiedade permanece, é recomendável uma intervenção psicossocial para a ansiedade ou a associação de um ISRS ao estimulante em uso. A figura a seguir (adaptada de Pliska et al., apud AACAP, 2002) reproduz um algoritmo para a prescrição de estimulantes no TDAH associado à depressão e ou ansiedade. É importante salientar que os estimulantes funcionam apenas enquanto estão sendo consumidos. Quando se interrompe o uso da droga os sintomas tendem a retornar rapidamente. Mesmo assim, muitos pais preferem parar a droga por um período determinado com medo de possíveis efeitos decorrentes do uso prolongado da droga, e para aliviar sua preocupação quanto à uma possível falta de ganho de peso pela criança. Se esta for a opção dos familiares ou do paciente, é recomendável que tal interrupção seja feita fora dos períodos em que a criança é mais solicitada na escola ou em atividades sociais

6. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

A presente pesquisa é de natureza qualitativa trata se de uma pesquisa de campo, no qual a proposta deste trabalho é esclarecer do diagnostico ao tratamento, quais os sintomas diferenciando se de outros problemas.Utilizando assim da pesquisa bibliográfica.

Um levantamento realizado junto a supervisão, pedagogos e professores que se prontificaram para responderam alguns questionários para saber qual o numero de alunos com o diagnostico de TDAH, e como é feita essa avaliação, entre outros. E também este teve como objetivo evidenciar na prática pedagógica dos professores como eles entendem e lidam com as crianças hiperativas. Objetivou-se, também definir o que vem a ser o TDAH e as suas classificações, identificando os fatores causadores, os efeitos que ele pode causar, bem como, levantar sugestões que possam auxiliar os profissionais da educação.

O objeto de estudo foram 12 crianças entre 06 a 13 anos de idade, com características de hiperatividade do Ensino Fundamental, da Escola. Nossa intenção foi diagnosticá-las, uma vez que essas crianças apresentam características de hiperatividade e baixo rendimento de aprendizagem.

Para realização desse estudo, optou-se pela junção da pesquisa qualitativa e quantitativa, onde foram utilizados para coleta de dados os seguintes instrumentos: registros sistemáticos da observação direta dos alunos dentro das salas de aulas, aplicação de questionário com as cinco professoras das crianças selecionadas e entrevistas semi-estruturadas realizadas com doze mães dessas crianças e as professoras.

As entrevistas foram realizadas individualmente, com questões sugeridas por um, "Programa de Apoio e Suporte a Inclusão". Efetuamos análise emrelatóriosescolares das crianças, que são documentos que ficam arquivados na secretaria da escola, onde ficam registrados todos os relatos sobre a criança, feito pelo seu professor, no decorrer do ano letivo.

Nas informações fornecidas através de entrevistas com as mães ouviu-se toda a história de vida da criança, desde a gestação até a vida atual da criança. E, nas informações fornecidas pelos professores sobre o desenvolvimento das crianças, foram levantados todos os aspectos da vida escolar das mesmas.  

As doze crianças com características de hiperatividade que observamos, foram encaminhadas para avaliação por um psicólogo e uma pedagoga que se prontificaram a diagnosticar as crianças com características de hiperatividade.

6.1 RESULTADOS

Das doze crianças com características de hiperatividade que foram observadas, ficou comprovado que somente quatro crianças são portadoras do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, duas têm sérios problemas psicológicos devido às situações vivenciadas com a família em casa, inclusive encaminhada para fazer tratamento com psicólogo e as demais crianças (seis) foram diagnosticadas como crianças sem limites.

6.2 SITUAÇÃO GERAL DAS FAMÍLIAS:

O estado civil das 12 mães entrevistadas, segundo a pesquisa mostra que uma é mãe solteira, uma é viúva, uma é separada e as demais são casadas e convivem com seus esposos. A mãe solteira mora com o avô, uma tia e um tio. A mãe separada mora com os avós, dois tios e dois filhos. E a mãe viúva mora só com seu filho. Todas as mães têm o ensino médio incompleto,e nunca saíram da região.

Analisando os dados sobre com quem moram as crianças percebeu-se que uma criança, comprovada portadora de TDAH, mora só com a mãe, e, as outras três crianças, também portadoras de TDAH, moram com seus pais. Enquanto que as crianças não portadoras (oito) variam, moram com o pai, com a mãe, com os avós e com os tios.

Quanto a renda familiar identificou-se que todas as mães moram em casas próprias, que varia entre quatro a cinco pessoas por casa, num total de 59 pessoas, sendo que 26 são adultos e 33 crianças, o que corresponde à média de duas ou três crianças por casa.

A situação sócio-econômica das doze mães se apresenta da seguinte forma: somente três mães trabalham em atividades remuneradas de domésticas, a viúva recebe salário de aposentadoria de viuvez e as demais mães dedicam-se as atividades domésticas. Sobre a situação geral de emprego dos membros das famílias, verificou-se que apenas 19 pessoas trabalham em atividades remuneradas (comércios, órgãos públicos e diaristas), significando uma média de pouco mais de um salário por casa.

6.3 DADOS LEVANTADOS COM OS PROFESSORES

Os dados a seguir referem-se, somente, às crianças que foram diagnosticadas pelos especialistas como portadoras do transtorno de hiperatividade, e constatou-se que cada caso é diferente do outro, ou seja, cada criança tem características próprias apesar de parecidas em alguns aspectos.

Em relação ao comportamento das quatro crianças comprovadas portadoras de hiperatividade as professoras relatam:

A criança A[1] não tem limites, não respeita colegas e nem a professora. Agredi os colegas quase todos os dias. A criança tem pouco interesse pelos estudos e a disciplina que tem facilidade é artes, pois gosta de pinturas. Ela já está tendo atendimento neurológico e toma remédio, mas na opinião da professora, essa criança precisa, além disso, tratamento psicológico com urgência..

A criança B, apesar da impulsividade, há momentos de carinhos com a professora e colegas. A criança tem interesse pelos estudos, gosta de cantar música infantil que envolva números ou animais. A criança não tem nenhum tipo de acompanhamento de profissionais na área, apenas toma um medicamento de rotina (calmante). Na opinião da professora essa criança precisa de atendimento especializado urgente.

A criança C, fala demais e não consegue ficar sentada por quinze minutos sem se levantar. Seu interesse na sala de aula é instável e a disciplina que mais gosta é matemática. Não toma nenhum tipo de medicamento, mas é uma criança que precisa de acompanhamento especializado.

A criança D é uma criança que tem comportamento igual ao dos colegas, embora tenha recebido muitas queixas de outros professores. A criança tem interesse pelos estudos e gosta de todas as matérias. A professora não vê essa criança como impulsiva, somente com dificuldade na aprendizagem. Ela está sendo acompanhamento por psicólogo e fonoaudiólogo.

7. CONCLUSÃO

Os problemas de comportamento e, conseqüentemente a hiperatividade, vem sendo um caso preocupante na escola pública brasileira. Enquanto houver problemas como a falta de conhecimento da família, dos educadores e de uma sociedade não conhecedora do assunto e sensibilizada para adoção de novos tratamentos, novas técnicas e novas metodologias para lidar com crianças portadoras do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), a situação será cada vez mais grave.

A falta de conhecimento da família e dos educadores sobre o assunto são os fatores mais preocupantes no momento. Cabem as autoridades e profissionais se reunirem e refletirem sobre essa nova problemática, planejando ações que venham contribuir em vários setores do processo ensino aprendizagem reconhecendo que o centro da escola é o aluno.

Cabe aos profissionais da educação refletir sobre seu papel de educador já que é muita responsabilidade trabalhar com crianças, ainda mais se tratando de casos específicos, como criança portadora de algum tipo de transtorno. È preciso conhecimento para receber alunos com TDAH, pois o educador sabendo trabalhar com a criança não terá tantos problemas quanto a aprendizagem.

Os problemas familiares como alto grau de discórdia conjugal, baixa instruçãodos pais, crianças criadas por apenas um dos pais ou outra pessoa, desestrutura emocional e psicológica dos pais ou responsável e nível sócio-econômico muito baixo, influenciam no mau comportamento das crianças, causando menos rendimento na aprendizagem. E, esse mau comportamento, pode nos levar a pensar que as crianças são portadoras de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

Por isso, não devemos tirar conclusões precipitadas sem antes encaminhar a criança para avaliações com especialistas no assunto para fazer o diagnóstico. Vimos que as doze crianças têm características parecidas e que, na verdade, não são hiperativas, mas têm problemas psicológicos ou faltam limites. Portanto, nem todas as crianças com problemas de comportamentos, são crianças hiperativas,

Hoje, muitas questões estão sendo discutidas com a finalidade de possibilitar a permanência do aluno hiperativo dentro da sala de aula como, por exemplo, proporcionar melhores formas de atendimento a esse aluno, formação adequada de professores, esclarecimentos sobre o assunto para a comunidade escolar, adaptação curricular e melhorar o ambiente físico da escola.

Nessa perspectiva, estudiosos da área como Rohde (2002), Cypel (2003), Mattos (2005), Furtado (2005) dentre outros, propõem algumas mudanças e/ou adaptações nas escolas com vistas a garantir a permanência do aluno portador de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade na escola, visto que esse tema é de grande relevância sócio-educacional e se constitui num desafio para os educadores.

8. ATIVIDADES E CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

ETAPAS

set/outu

2008

nov/de

2008

fev/mar

2009

abr/mai

2009

2009

Revisão teórica

X

X

Coleta de dados

X

Análise dos dados

X

X

Redação da pesquisa

X

X

Conclusão da pesquisa

X

X

Revisão final

9. REFERENCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA do DÉFICIT de ATENÇÃO. ABDA: Transtorno deDéficit de Atenção e Hiperatividade,2005. Disponível em: <http://www.tdah.org.br>.Acesso em:30/02/2009.

BARKLEY, Russell A.; Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH). 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.

BENCZIK, Edyleine B.P. Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade. Atualização Diagnóstica e Terapêutica, um guia de orientação para profissionais. 2ª ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.

CONDEMARIN, Mabel; GOROSTEGUI, Maria Helena; MILICIC, Neva. Transtorno do Déficit de Atenção: Estratégias para o diagnóstico e a intervenção psico-educativa. 1. ed. São Paulo: Editora Planeta Brasil, 2006

CYPEL, Saul. Criança com Déficit de Atenção. Diagnóstico e terapêutica. São Paulo: Editora Lemos, 2000.

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FONSECA, Vitor da. Manual de Observação Psicomotora: Significação Psiconeurológica dos Fatores Psicomotores. Porto Alegre: Artmed, 1995.

FURTADO, Albertina. Uma dificuldade de aprendizagem quase desconhecida e/ou mal interpretada. A hiperatividade. Junho, 2003. Disponível em: <http://www.hiperatividade.com.br> Acesso em: 22/02/2009.

GOLDSTEIN, Sam e GOLDSTEIN Michae.Hiperatividade: como Desenvolver a Capacidade de Atenção da Criança. Ed. Papirus,1998.

JONES, M. Hiperatividade como ajudar seu filho. Maggie Jones [tradução Denise Maria Bolanho]. São Paulo: Plexus Editora, 2004.

KRUG, Marilia de Rosso. Et al. Estruturas Motoras e conduta escolar dos portadores de deficiência mental – PDMs, Cadernos, nº 23, 2004. Disponível em: http://www.ufsm.br/ce/revista/ceesp/2004/01/a7.htm. Acesso em 21/02/2009.

LIMA, Aline Souza; BARBOSA, Silvia Bastos. Psicomotricidade na educação infantil abril 2007. Disponível em: http://www.colegiosasantamaria.com.br/santamaria/aprendamais/artigos/ver.asp?artigo-id=9. Acesso em:15/02/2009.

MATTOS, Paulo. No Mundo da Lua. 4 ed. São Paulo: Editora Lemos, 2005.

MOLINARI, Ângela Maria da Paz; SENS, Solange Mari . A Educação Física e sua relação com a psicomotricidade. Revista digital PEC, Curitiba, v.3, n.1, 2003. disponível em: http//www.bomjesus.br/publicações/pdf/revista-PEC-2003-edc-física-relaçãopsicomotricidade.pdf. Acesso em: 12/02/2009.

MOVIMENTUM Revista Digital de Educação Física Ipatinga: UnilesteMG V.3 N.1

– Fev./Jul. 2008.

POETA, Lisiane Schilling; ROSA NETO, Francisco; Intervenção motora em uma criança com transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH). Revista digital EFDeports, Buenos Aires, ano 10, n.89, 2005. Disponível em: http://www.efdeports.com/efd89/tdah. htm. Acesso em: 10/01/2009.

ROHDE, Luiz Augusto P. e MATTOS, Paulo. Princípios e práticas em TDAH.Porto Alegre: Artes Médicas, 2003.

ROHDE, L. A. BENKZIC, E. B. P. Transtorno do Déficit de Atenção/ Hiperatividade: o que é? Como ajudar? Porto Alegre: Artmed, 1999.

ROWLAND, Lewis P. Merrit Tratado de Neurologia. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995.

Russel A. barkley, Kevin R. Murphy Editora:Artmed-Exercicis clinicos-3ª Edição.Transtorno do Déficit de Atenção/hiperatividade, pág184

Texto da Psicóloga Eloisa Saboya e do Dr. Paulo Mattos baseado no artigo AMERICAN ACADEMY OF CHILD AND ADOLESCENT PSYCHIATRY. Practice Parameter for the Use of Stimulant Medications in the Treatment of Children, Adolescents, and Adults. Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry, 41(2): 26-49, 2002 (supplement) Acesso em 20/01/2009.

Transtorno de déficit de atenção pesquisado no sitewww.dda-defitdeatencao.com.br/ acesso em 06/10/2008. Luis Rohde é professor do departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS)
Contato:
[email protected] Márcio Bernik é médico psiquiatra formado pela FMUSP, doutor em Psiquiatria pela FMUSP e Professor Colaborador Médico do Departamento de Psiquiatria da FMUSP. Atualmente coordena o Ambulatório de Ansiedade do IPQ FMUSP. 



[1]Utilizamos letras para nos referir as crianças a fim de mantê-las no anonimato.

ANÉXOS

10.1 Pesquisa realizada na Escola Municipal BENTO VIANA Ensino Fundamental No Município de Ivaiporã Paraná.

1- Como é feito a avaliação psicoeducacional?

Os dados coletados são obtidos através de entrevista com a mãe da educanda. É avaliado o comportamento durante a avaliação, síntese das áreas avaliadas, áreas sócio-emocionais, área viso motora, área psicomotora, coordenação global dinâmica, coordenação global estática, dominância lateral, conceitos, esquemas corporais, lateralidade, (conceito de direita esquerda). Noção espacial, noção temporal, quantidade e tamanho, área acadêmica, português, matemática, formas geométricas, repetição de sentenças, informação social, comportamento em sala de aula, aspectos psicológicos, avaliação psicológica e considerações da professora.

2- Como é detectada o primeiro motivo de uma criança para em caminhamento para uma avaliação?Quando o aluno apresenta bastante dificuldade no processo ensino-aprendizagem.

3- Nos casos já avaliados algumas dessas crianças teve diagnostico oTDAH?

Sim, vários.

4- Quem da o diagnostico final do aluno?

O neuropediatra e a psicóloga, mas temos uma equipe que avalia que são, pedagogos, fono e psicólogos e por ultimo neuropediatra.

5- A partir do diagnostico final o que é feitopara auxiliar esse aluno?

Em alguns casos só freqüentando a sala de recurso, mas a maioria é transferido para uma sala de educação especial na própria escola. Orientar o aluno quanto à organização do seu tempo, hora para brincar, hora para estudar, hora para tomar banho, para as refeições, hora para dormir. Elevar sua auto-estima e autoconfiança através de elogios as suas produções e do reasseguramento de suaspotencialidades. Trabalhar descarga de atenção através de atividades físicas intensa. Trabalhar os cuidados com a aparência, o método que mais se adéqua ao aluno é o sintético uma vez que se encontra na 1° fase do realismo nominal, o numero Maximo de informações ao se trabalhar um conteúdo deverá ser dois. Trabalhar conceito de reversibilidade, observar sempre o funcionamento global do aluno, partir sempre do concreto no processo ensino-aprendizagem com o educando.

6- Como é a participação da família nesse processo avaliativo e se a família recebe alguma instrução para como agir para auxiliar esse aluno?

Orientar a família para que o aluno tenha uma responsabilidade doméstica, inicialmente lembrá-lo e posteriormente ir deixando para que gradualmente ele assuma a responsabilidade.

7- Com que freqüência é encontrada crianças com sintomas de TDAH?

É bastante freqüente.

8- Já houve casos em que a criança tinha sintomas deTDAH e nas avaliações oDiagnostico chegou-se a outro resultado?

Sim e também já teve casos em que o aluno até medicamento já estava usando, quando pedimos outra avaliação e foi descoberto que a criança sofria de outro distúrbio de aprendizagem.

ANEXO II – SUGESTÃO DE ATIVIDADES PARA CRIANÇAS PARTADORAS DE TDAH, JOGO DA MEMÓRIA

Recorte as figuras conforme indicação dos pontilhados brinque a valer com este

jogo da memória com os materiais que usamos na escola.