O desenvolvimento da leitura necessita que tenhamos acapacidade de decodificação, e para  chegarmos na escritaa capacidade de codificação, essa capacidade corresponde à capacidade  de decodificar a leitura.Para  que  uma  pessoa  fale  é  somente  necessário  que  ela ouça a língua materna e por meio de circuitos neurais, um módulo  fonológico  geneticamente  determinado  de maneira  quase  automática  elabora  a  partir  dos  fonemas,  as  palavras  para  o  falante,  e  o  ouvinte desmonta  a  palavra  verbalizada  em  seus  fonemas  subjacentes.  (SHAYWITZ,  2006) . Todos falam, masnem todos são capazes de ler, ler é mais difícil do que falar. A leitura não está construída no cérebrocomo a fala, é preciso haver uma transformação. Decodificar significa decifrar sons e letras. Devemos, portanto considerar a fala da criança no inicio daaprendizagem, será pela fala que entrará no sistema de leitura, a presença de um  transtorno de  fala, por  exemplo,  poderá  atrasar  ou  dificultar  a  aprendizagem  da  leitura  e  escrita  pela  criança.  A decodificação  para  a  leitura  envolve  compreender,  identificar  a  palavra  em  um  significado  e  as diferenças  entre  escrita  e  outras  formas  gráficas,  dominar as regras gráficas, conhecer o alfabeto,compreender a natureza alfabética do nosso sistema de escrita, dominar as relações entre grafemas e fonemas,  ler  reconhecendo  globalmente  as  palavras,  ampliar  os  movimentos  do  olhar  para  textos, desenvolvendo assim fluência e rapidez de leitura. Como disse Paulo Freire, a  leitura do mundo precede a  leitura da palavra, a  leitura e a  realidade  se integram  de  forma  dinâmica.  A  compreensão  do  texto  a  ser  alcançado  por  sua  leitura  implica  a percepção da  relação entre o  texto e o  contexto. Assim, a aprendizagem da leitura e escrita deve se aproximar do mundo da criança para facilitar a sua aprendizagem. A criança muito antes de começar a aprender a ler já tem com contato com o mundo dos símbolos e das letras. Muito além dos fonemas e grafemas  a  leitura  envolve  o  conhecimento  de  mundo,  conhecimento  de  práticas  sociais  e conhecimentos  linguísticos.  A alfabetização infantil deve ter base lúdica e se aproximar sempre a realidade da criança. Aprender ler e escrever pressupõe entrar no sistema alfabético, onde a criança deverá decifrar sons e letras. No  início da  aprendizagem  são  comuns os erros ortográficos na escrita pelos  sons de algumas letras serem parecido se representar vários sons, por exemplo, na palavra  “exato” a criança pode escrever com Z, e taxi, pode escrever com CZI. A representação  alfabética é complexa para a criança, ela precisa saber o nome da letra e o som da letra dentro de cada palavra. Isso envolve o sistema motor, cognitivo e sinestésico, e quando a lateralidade docorpo da criança não esta definida, pode ter dificuldades para saber escrever as letras corretamente. As sílabas complexas, como “fran”, “trans” com um só som e uma silaba para representar uma, duas, três, letras é complexo para a criança. Portanto é com a repetição que formará a  base cognitiva para a rota lexical da leitura da palavra. O alfabético e o ortográfico vão sendo  assimilados. A aprendizagem da leitura envolve a apropriação cognitiva das rotas de leitura.  A rota lexical ou semântica é a leitura pelo significado. Palavra escrita – sistema de análise visual  léxico de input‐visual  sistema semântico  léxico de produção da fala  nível do fonema  fala.  A rota sub‐lexical ou fonológica segue a conversão dos seguimentos ortográficos em  seguimentos fonológicos, o leitor pode tomar uma palavra inventada, identificar suas letras  componentes e converter cada uma delas.  O professor que alfabetiza deve tomar contato  com os estágios da leitura e escrita, é importante entender em qual estágio o aluno está no  seu processo de aprendizagem da leitura e escrita. Áreas associativas do cérebro possibilitarão que o aluno generalize uma mesma letra a várias palavras, como nome dos amigos e da família, por exemplo. A aprendizagem eficiente da leitura fará com que a criança utilize  adequadamente a rota lexical ou semântica.  A pessoa com dificuldade em ler, normalmente  utiliza somente a rota sub‐lexical ou fonológica para ler.  García (1998) sugere que dificuldade de aprendizagem na leitura possa ser decorrente da existência de um déficit no  desenvolvimento do  reconhecimento e compreensão dos textos escritos. Devemos classificar  como  dificuldade  de  leitura  quando  esta  dificuldade  produz  uma  alteração  relevante  do García (1998) sugere que dificuldade de aprendizagem na leitura possa ser decorrente da  existência de um déficit no desenvolvimento do reconhecimento e compreensão dos textos escritos. Devemos classificar  como  dificuldade  de  leitura  quando  esta  dificuldade  produz  uma  alteração  relevante  do rendimento acadêmico ou da vida cotidiana.