Muito se discute sobre o conhecimento e a retenção dele dentro da empresa, isso porque muitos empresários tem a visão de que assim que o colaborador sai da empresa ele leva o conhecimento adquirido de lá, podendo transportar isso até para um concorrente, então porque investir em conhecimento? Porque isso é tão importante para uma organização? Essas perguntas podem ser respondidas com o gerenciamento dos sistemas de conhecimento, mas primeiro é importante que seja feito a distinção entre conhecimento como objeto que é aquele que trata o conhecimento como um produto, que você pode vender comprar ou trocar - essa perspectiva deixa de lado a pessoa - tratando basicamente do conhecimento tácito. A segunda perspectiva trata do conhecimento como processo reconhecendo este como o combustível para o crescimento e desenvolvimento organizacional, ou seja, processos que são dirigidos pela liderança da empresa e que irão resultar em desenvolvimento organizacional. Agora que conhecemos as duas perspectivas podemos definir então qual delas é a melhor, certo? Errado, nenhuma delas é melhor que a outra ou tem mais chances de dar certo. A promessa de uma abordagem baseada no conhecimento não está em considerar meramente como um ativo da empresa ou como um simples processo organizacional, mas sim algo profundamente mais complexo, a gestão do conhecimento deve começar e não terminar com essa noção de que conhecimento não são apenas dados compilados. É correto inferir que a gestão do conhecimento se enraíza na cultura organizacional da empresa, até mesmo do reconhecimento dos colaboradores da mesma e que através desse tipo de gestão seja possível identificar novos modelos de negócios, identificar e corrigir problemas gerenciais peculiares e criar novas formas de aconselhamento para expandir o quantitativo de opções e entendimentos dentro do sistema organizacional. Para muitos autores esse tipo de gestão está levando as empresas para um futuro de desintermediação, desmassificação e desagregação. Isso significa dizer que o empreendedorismo está substituindo a formalização das organizações, tornando-as menos hierarquizadas e mais auto-organizadas. Apesar disso, alguns autores como Fukuyama, Shulskey e Weick e Roberts mostram a importância das organizações formais, principalmente no que tange o aspecto econômico e comportamental, mas ainda assim também não descartam a existência e o futuro das organizações de modo auto-organizadas. Outro assunto que podemos destacar dentro da perspectiva da gestão do conhecimento é a inovação. Não adianta o empresário ter os melhores e mais criativos colaboradores se ele mesmo não reconhecer e incentivar a inovação dentro da empresa, e para isso é preciso ter uma gestão do conhecimento bem consolidada. Se conhecer e conhecer a empresa é de fundamental importância para buscar novos caminhos no mercado de trabalho, aprender continuamente traz sabedoria e por consequência também ajuda na inovação empresarial. A gestão de pessoas voltada para a inovação entra justamente nesse foco, em tornar o ambiente de trabalho propicio para o aprendizado, tornar o ambiente alegre, vibrante e que os colaboradores gostem – não só de trabalhar – mas também de aprender e buscar inovação em métodos, processos ou produtos.