APONTAMENTOS SOBRE A RELAÇÃO ENTRE O TRABALHO E A EDUCAÇÃO

 

 

 

Notes on the relationship between the Labor and Education

 

 

 

Eloísa Cristhiane D. Antunes – Professora da Educação Infantil do Colégio Imaculada Conceição

Fabiana da Silva Santos - Professora

Norônia Rosa Silva- Professora –Auxiliar de Secretaria do Colégio Neusa Rocha/Rouxinol 

Raissa Bela Ferreira de Moraes - Professora da Educação Infantil do Colégio Imaculada Conceição

  Walas Leonardo de Oliveira - Mestre- Professor Orientador da Turma de Pedagogia  do   Centro Universitário UNA/BH.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

APONTAMENTOS SOBRE A RELAÇÃO ENTRE O TRABALHO E A EDUCAÇÃO

 

 

 

 

A RELAÇÃO ENTRE TRABALHO E EDUCAÇÃO

 

 

 

 

 

Notes on the relationship between the Labor and Education

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Resumo: Este artigo apresenta alguns apontamentos sobre a relação entre Trabalho e Educação. A princípio, discute-se a definição de “trabalho” e a de “educação”. Em seguida, busca-se levantar o contexto histórico de Trabalho e Educação a fim de situar a discussão. Demonstra-se a existência de duas posições sobre a compreensão da relação entre Trabalho e Educação: uma perspectiva entende o trabalho e a educação como conceitos vinculados, mas independentes. Já a outra percebe os mesmos como dependentes um do outro, como práticas sociais inter-subordinadas. Por fim, demonstra-se a importância da realização de mais pesquisas na área Trabalho e Educação.

 

 

Palavras-chave: Capitalismo, Trabalhadores, Trabalho e Educação, Educação Profissional .

 

           

 

 

 

Abstract: This article presents some notes on the relationship between work and education. At first, we discuss the definition of "work" and "education". Then try to lift the historical context of Labor and Education in order to situate the discussion. Demonstrates the existence of two positions on the understanding of the relationship between work and education: a perspective considers the work and education as related concepts, but independent. Have the other perceives them as dependent of each other, as inter-dependent social practices. Finally, it demonstrates the importance of conducting more research in work and education.

 

 

Keywords: Capitalism, Workers, Labor and Education, Professional Education.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1. INTRODUÇÃO

 

O presente artigo foi construído através de uma pesquisa bibliográfica baseada na produção de autores de destaque nacional e internacional, na discussão da temática Trabalho e Educação. Buscou-se refletir com base em estudos de autores que compreendem o termo Trabalho e Educação como dois conceitos distintos e também  pesquisadores que estudam essa temática como um termo conjunto. Compreender o que é Trabalho e Educação, portanto, é uma tarefa complexa pois trata-se de uma idéia formada no bojo de duas importantes práticas sociais e em constante transformação (CUNHA, 2002; FERRETI, 2004; MACHADO, 2005).

Em um primeiro momento, discute-se a definição de “trabalho” e a de “educação”. Em seguida, busca-se levantar o contexto histórico de Trabalho e Educação. Demonstra-se a existência de duas posições sobre a compreensão da relação entre Trabalho e Educação: uma perspectiva entende o trabalho e a educação como conceitos vinculados, mas independentes. Já a outra percebe os mesmos como dependentes um do outro, como práticas sociais inter-subordinadas. Por fim, demonstra-se a importância da realização de mais pesquisas na área Trabalho e Educação.

O argumento principal deste texto é o de que Trabalho e Educação, embora sejam conceitos interligados, possuem dimensões independentes, ou seja, ambos se influenciam, mas não a ponto de um determinar o outro.   

 

2. DEFINIÇÕES IMPORTANTES

 

Ao se abordar as relações entre o “trabalho” e a “educação”, percebe-se a necessidade de contextualizar tais noções. Por serem conceitos diferentes um do outro e ao mesmo tempo relacionarem-se entre si, tem-se a importância de se definir o que é “trabalho” e o que é “educação”.

Em uma visão bastante ampla, a definição de trabalho relaciona-se a uma interação entre o sujeito e o objeto sobre o qual se exerce uma determinada ação. (MARX, 1985). Então, trabalho é uma troca de interações onde ambas as partes (homem/objeto) modificam-se por meio da relação estabelecida. Na visão de Marx, trabalho é:

 

(...) um processo em que se envolvem a ação do homem e a natureza, no qual este realiza, regula e controla este intercâmbio, enfrenta a natureza como um poder natural, age sobre ela e a transforma, e o que ao fazê-lo, se modifica, transforma sua própria natureza.  (MARX, 1971, apud MACHADO, 2005, p. 130).

 

 

            Portanto, a categoria trabalho, mais do que uma prática social na qual o sujeito utiliza sua mão-de-obra em troca de um determinado valor econômico, também é o lugar de transformação da nossa identidade, já que se é  aquilo que se faz. Exatamente por essa razão, o trabalho possui um principio educativo[1], não só no sentido do conhecimento tácito[2], mas também em uma perspectiva ampla da vida do sujeito. Principalmente porque o trabalho passa por constantes mudanças sociais, econômicas, culturais e políticas que interferem na idéia sobre o próprio trabalho, mudanças essas que refletem nas características intrínsecas dos sujeitos. Além disso, o trabalho tem como fundamento humanizar e educar porque coloca os sujeitos em “situações-problemas” as quais fazem com que os mesmos se desenvolvam (CUNHA, 2002).

Assim como o trabalho, a educação também possibilita ao sujeito o poder de transformação no seu pensar e fazer, além de dar acesso aos conhecimentos historicamente acumulados. Entende-se por educação um conjunto de mediações do meio sócio-histórico que se juntam e interferem na visão e percepção dos sujeitos. Educação é uma prática social que oportuniza ao sujeito o desenvolvimento de todo o seu potencial: físico, cognitivo, emocional, ético, moral, etc. Segundo Ferretti (2004):

 

A educação escolar, em sentido amplo, preocupada com a formação plena do indivíduo, como pessoa e como cidadão, contribui para a formação profissional de maneira indireta, seja por propiciar-lhe o acesso aos conhecimentos disciplinares, seja por entender que é parte dessa formação a compreensão do contexto em que o exercício da atividade profissional se realiza ou se realizará. (p. 402).

 

Como Ferretti (2004) esclarece, a educação se preocupa com a formação do sujeito, mas também há uma tendência indireta em se utilizar do poder de instrução que a mesma possui, para a sua orientação para o trabalho. Trabalho e Educação, portanto, diz respeito a junção de duas dimensões interligadas, relacionando os aspectos transformadores do trabalho e da educação que se unem, caminhando na mesma direção. A partir do conceito citado, Machado (2005) argumenta que:

 

(...) Trabalho e Educação não são dois objetos do pensamento que possam ser classificados, como elementos ou noções simples. Um já contém o outro antes mesmo de colocadosem associação. O Trabalhoao ir ao encontro da Educação já traz Educação dentro dele e vice-versa: a Educação ao ir ao encontro do trabalho também já leva o Trabalho dentro de si. No entanto, cada um tem funções sociais específicas, que não se confundem, nem se anulam. (p. 129).

 

 

Visto isso, pode-se concluir que Trabalho e Educação são dimensões que se relacionam, mas não são dependentes uma da outra. Ambas possuem suas características específicas e seus domínios sociais, atuando de forma diversa. Apesar das influências que um exerce no outro, tais conceitos conseguem “caminhar” de forma independente construindo seus próprios elementos constitucionais, os quais se modificam de acordo com seus próprios interesses.

 

3. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA RELAÇÃO ENTRE TRABALHO E EDUCAÇÃO

 

As discussões sobre a relação trabalho e educação não são recentes. De acordo com Enguita (1989), a partir das grandes revoluções industriais do século XVIII, a força de trabalho dos homens deixa de ser manual e passa a ser substituída pelas máquinas. Tal acontecimento faz com que os saberes que eram passados de pais para filhos, como uma herança, deixem de ser valorizados, fazendo com que trabalhadores de todas as idades buscassem qualificação profissional para que não perdessem seus empregos.

Segundo Enguita (1989), desde a Idade Média a educação dos trabalhadores sempre esteve relacionada com o processo produtivo. A educação se preocupava com a formação do sujeito desde que contribuísse para a formação profissional. Mesmo naquela época, era comum as crianças saírem da casa de seus pais para aprenderem uma profissão na casa de outras famílias, que assumiam a educação dessas crianças preparando-as melhor para o mundo do trabalho.

          No entanto, a educação sempre passou por mudanças, principalmente no Brasil onde era necessário lutar por garantias melhores para a classe popular, já que na classe privilegiada não havia necessidade de manutenção. Há muito vemos essa situação se desenvolver aqui pois nunca se percebeu mudanças evidentes na educação que não fossem em benefício da classe dominante.

          Enguita (1989) argumenta que o próprio processo capitalista favorece esse domínio da classe dominante, pois estabelece ele mesmo quem está ou não em determinada posição sócio-econômica na sociedade. O mesmo se dá ao considerar as questões relacionadas ao trabalho, onde se percebe claramente a diferença das qualificações profissionais de sujeitos das camadas desprivilegiadas e daqueles que possuem situação oposta. Normalmente, se depara com serviços manuais ligados às pessoas em situação de fragilidade social, enquanto os trabalhos intelectuais são classificados como os de maior prestígio e estão sempre no comando das camadas dominantes.

          Como se pode ver, de acordo com Enguita (1989), nessa divisão do trabalho manual e intelectual as forças se fragmentam e se especificam, onde relacionam-se as capacidades manuais com o trabalho mecânico e desprovido de inteligência e a capacidade intelectual com o trabalho especializado e complexo. Mesmo que com a chegada da revolução industrial a necessidade da força de trabalho tenha diminuído, é notório que houve um grande avanço nas produções agrícolas, comerciais e industriais. No entanto, é necessário considerar-se que mesmo com o avanço das sociedades modernas, os trabalhadores continuam sendo levados à exploração de sua mão-de-obra e poucas são as ações que levam a uma mudança que beneficie, efetivamente, o trabalhador.

          Visualiza-se, então, na educação, a responsabilidade de proporcionar saberes que levem os sujeitos a condições nas quais os mesmos possam ter uma visão crítica a ponto de perceberem seu verdadeiro papel na sociedade. Segundo Ferretti (2004), o próprio modo de produção capitalista direcionou, na década de 90, mudanças no trabalho que levaram a educação também a se preocupar com as novas demandasem curso. Asmudanças na qualificação profissional demandavam operários não apenas preparados tecnicamente mas também preparados em sentido mais amplo, ou seja, mais bem educados. 

          Finalmente, com as reformas educacionais relacionadas ao trabalho e a educação, as discussões passam a dar enfoque às experiências do trabalhador. (CUNHA, 2002). Há uma grande valorização dos saberes do trabalhador, ou seja, passa-se a reconhecer as experiências do trabalhador adquiridas ao longo do tempo. Essas experiências são chamadas de saber tácito, onde as atribuições do saber fazer dão lugar ao saber ser ou saber relacional (LEAL, 2002).

Segundo Araújo (1999), atualmente, as empresas que introduzem novas técnicas de organização do trabalho valorizam mais algumas características pessoais (o saber ser), do que os saberes profissionais (saber fazer). Dentre elas, pode-se mencionar: iniciativa, capacidade de comunicação, sociabilidade, disposição para aprender, curiosidade, disciplina, motivação, atenção, responsabilidade, autonomia e capacidade de se adaptar as mudanças. Entretanto, segundo o autor, essas “qualidades pessoais” são desenvolvidas somente para o atendimento dos interesses do Capital.

 

4. A RELAÇÃO ENTRE OS CONCEITOS TRABALHO E EDUCAÇÃO

 

A princípio, pode-se considerar que as práticas sociais do trabalho e da educação são interligadas a ponto de não existir uma forma de uma avançar sem a outra. Mas, na verdade, quando se discute Trabalho e Educação de maneira mais analítica, percebe-se que a educação não se dá pelas exigências do trabalho e que o trabalho não se dá por causa da educação. O trabalho, principalmente, não pode ser entendido como se tivesse um caminhar “à reboque” da educação. Nesse sentido, de acordo com Cunha (2002):

 

(...) são as idéias sobre como ele (o trabalho) é feito, por quem, que mudanças está sofrendo, e em qual direção, que levam a tomada de decisões políticas em matéria de educação profissional, tanto pelo Estado quanto por entidades da Sociedade Civil. (CUNHA, 2002, p.11).

 

Portanto, percebe-se que o trabalho influencia a educação, mas não a ponto de determiná-la quanto a sua estrutura. Entretanto, é de forma indireta que interfere em sua direção. Cunha (2002) chama a atenção para o fato de que as mudanças sofridas em ambas as instâncias citadas se deram pela sociedade na qual estão inseridas. Essas mudanças sofrem influências que ocorrem no âmbito social, político, econômico e cultural. Compreende-se que a lógica das mudanças do trabalho segue parâmetros ditados pela sociedade capitalista. Ou seja, a transformação do trabalho ocorre por influências de uma classe privilegiada que detém o poder, cujos interesses controlam o mercado de trabalho.

Por sua vez, as mudanças na educação se dão de forma desvinculada das mudanças do trabalho; elas acontecem, por exemplo, quando as instituições pensam em aumento dos lucros, quando há reformas curriculares, mudanças nas diretrizes curriculares, etc. Evidencia-se, assim, sua autonomia no sentido da tomada de decisões. Portanto, é possível compreender que as exigências na educação não estão ligadas às exigências do trabalho, mesmo que em um primeiro momento isso possa parecer um tanto evidente.

Contudo, há quem argumente que a educação tem andado “atrelada” ao mundo do trabalho. Na visão de Ferretti (2004), por exemplo, as relações entre Trabalho e Educação são pautadas pelo conceito de qualificação profissional. Esse autor sugere que a “educação é fortemente influenciada pelo progresso técnico” (p. 403). O trabalho, nesta perspectiva, é voltado para duas grandes matrizes, sendo a primeira voltada para um campo técnico, ou seja, a formação profissional, e a segunda com suas raízes na filosofia e na economia política, que sugere a idéia da formação humana em sentido pleno e a adequação a sociedade vigente. Com uma visão diferenciada de Cunha (2002), Ferretti (2004) propõe que a educação teve que se adequar para atender as novas exigências do mercado, onde o trabalhador tem que desenvolver novos conhecimentos e novas habilidades.

 

 

O termo utilizado para indicar esse novo estágio foi “requalificação profissional” entendido não como o processo pelo qual o trabalhador seria qualificado de tipo mais elevado e complexo, que contemplaria inclusive os saberes já acumulados. (PAIVA, 1989, apud FERRETTI, 2004, p. 408).

 

            Faz-se necessário uma nova forma de se ver e de se discutir a relação Trabalho e Educação. Não se trata somente da junção de tais conceitos e nem tão pouco da separação dos mesmos. De acordo com Machado (2005), é cada vez mais urgente tratar a discussão dos elementos relevantes de cada conceito a fim de promover uma coesão em tal debate.

De acordo com Machado (2005), é necessária uma  outra compreensão da educação, a fim de não entendê-la apenas como uma formação profissional alienante. Trata-se, pelo contrário, de compreender a educação como uma possibilidade de formação completa em todos os âmbitos da vida dos sujeitos; ou seja, há de se preocupar com a formação humana.

Enfim, é possível verificar, com base nas reflexões presentes neste texto, que a relação entre Trabalho e Educação, possui visões diversificadas que remetem para diferentes análises.

 

5. NOTAS CONCLUSIVAS

 

Em suma, pode-se constatar que a educação e o trabalho sempre passaram por mudanças que afetaram diretamente sua estrutura. Essas mudanças são, por exemplo, tendências pedagógicas, as revoluções trabalhistas, mudanças do mundo capitalista, entre outros. Percebe-se que tais mudanças ocorreram pelo contexto histórico vigente em cada época a fim de atender as demandas de evolução da sociedade. É fato que tais mudanças ainda ocorrem e influenciam tanto a educação quanto o trabalho nos dias de hoje.

Considerando as questões mencionadas acima e analisando a visão dos autores, compreende-se que os mesmos tratam o termo Trabalho e Educação de forma fragmentada e de forma conjunta. Quando os autores discutem a relação Trabalho e Educação de forma fragmentada, os mesmos evidenciam que existe a importância de se analisar os elementos específicos que compõem cada conceito, ou seja, é necessário que haja uma profunda compreensão desses elementos para se entender o real significado dos termos e assim construir um discurso coeso em tal relação. Já na discussão do conceito Trabalho e Educação como um termo conjunto, os autores explicam que tais dimensões não estão desvinculadas. Ambas estão interligadas, no entanto cada uma possui sua própria lógica.

Portanto, é possível concluir que Trabalho e Educação é um termo contemporâneo que está em contínua construção, não sendo passível de uma total delimitação. Sendo assim, o que o presente artigo propõe, para reflexões posteriores, é que haja uma discussão mais aprofundada sobre as relações possíveis entre as categorias estudadas.  

 

 

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 

ARANHA, A. V. S.  Relação entre o conhecimento escolar e o conhecimento produzido no trabalho: dilemas da educação do adulto trabalhador. Trabalho e Educação,  Belo Horizonte, v. 12, n. 1, p. 103-114, jan./jun, 2003.

ARAÚJO, R. M. de L. As novas “qualidades pessoais” requeridas pelo capital. Trabalho e Educação, n° 5, p. 18-34, jan./jul, 1999

CUNHA, L. A. C. R. . Mediações na articulação trabalho-educação. Trabalho e Educação, Belo Horizonte, n. 10, p. 9-23, jan./jun, 2002.

ENGUITA, M.F. A face oculta da escola. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

FERRETTI, C. J.  Considerações sobre a apropriação das noções de qualificação profissional pelos estudos a respeito das relações entre trabalho e educação. Educação e Sociedade, Campinas, v. 25, n. 87, p. 401-422, mai./ago, 2004.

LEAL, Rosângela Maria de Almeida Camarano. O mundo do trabalho e novas exigências no plano comportamental: o saber relacional em questão. Trabalho e Educação.  nº 10, p. 103-120, jan./jun, 2002.

MACHADO, L. R. S. . Trabalho-Educação como objeto de investigação. Trabalho e Educação, v. 14, p. 127-136, jul./dez, 2005.

MARX, K. O capital: crítica da economia política. Livro primeiro. São Paulo: Difel, 1985.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



[1] Idéia Marxiana de que o trabalho é a categoria central a partir da qual é possível pensar o indivíduo. Sendo assim, o trabalho seria espaço de afirmação do homem e teria uma função humanizadora.

[2] Entende-se por trabalho tácito  todo um processo cultural, interpessoal, social em que os trabalhadores, pela sua própria experiência no trabalho, vivência em diversos ambientes, relacionamento com diferentes pessoas, etc. constroem e adquirem um conhecimento contínuo sobre o seu fazer, conhecimento nem sempre codificável, mas extremamente significativo para o andamento do trabalho. (ARANHA, 2003).