Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás

Curso de Filosofia

Disciplina Ética I

Professor Eleno

Nome Jhonny

Atividade Fichamento da Apologia de Sócrates Data 19/03/2010

Introdução

Platão discípulo de Sócrates narra o julgamento em qual seu mestre é acusado de acreditar em deuses estranhos e persuadir a juventude para o mesmo pensamento. Toda a narrativa é feita em primeira pessoa de modo que quem diz é o próprio Sócrates.

Desenvolvimento

Preâmbulo

Sócrates inicia sua defesa afirmando que esta com a verdade, e de muito lhe impressiona o poder de persuasão de seus adversários, que usam de linguagem bem elaborada para convencer o povo, esta mesma linguagem é a utilizada nos tribunais, a qual o réu se diz não estar acostumado, já que ensina nas praças.

São categorias de acusadores

Os acusadores mais antigos usando de sua arte retórica persuadiram os jovens contra Sócrates, afirmando que ele estuda os fenômenos celestes, o que era visto na época como uma forma de ateísmo, e de ter uma razão mais fraca. A outra classe eram os acusadores recentes que o acusavam de acreditar em deuses estranhos a sociedade, e persuadir a juventude para o mesmo.

Acusações antigas

Meleto que era um poeta menos acusa Sócrates de fazer pesquisas sem discrição do que existe na terra e no céu, e levar mais pessoas para a mesma forma de pensamento, e de ter uma razão mais fraca. Sócrates fala que é calunia e boatos, e que ele não é um sofista, não vende o saber como outros.

Ciência e missão de Sócrates

Ele se denomina estudioso de uma ciência, e deve á verdade a esta, por isso faz a sua defesa. Seu amigo Querefante um dia foi consultar os astros para ver quem era o mais sábio os oráculos afirmaram que não havia ninguém mais sábio que Sócrates, Sócrates procurou entender o que queriam dizer os deuses a respeito de sua sabedoria, para isso fez pesquisas para saber se havia alguém mais sábio do que ele, falando com um poeta, descobriu que alguns fingem ser sábios, mas na verdade não são portadores da sabedoria, e em muitas vezes nesta pesquisa ganhou vários inimigos, que são um grupo de acusadores.

Ele conclui que ele é sábio por saber que a sabedoria não prove dele mesmo, mas dos deuses, eles sim são sábios.

Denúncia de Meleto

Meleto acusa Sócrates de corromper a juventude fazendo-a acreditar em deuses estranhos ao povo, ele porem nega a acusação e afirma que o acusador nunca se preocupou com a juventude, o réu pergunta quem pode tornar os jovens melhores, Meleto afirma que todos podem, exceto o réu. Sócrates faz uma equiparação a cavalos, se todos os que o montam os tornam melhores, ou penas os viciam, apenas um pode domá-los os outros apenas o tornam piores.

Sócrates afirma não corromper a juventude e se corrompe não é por vontade própria. Meleto o acusa de falar que o sol é pedra e a lua é terra, mas esta é uma teoria de Anaxágoras, Meleto se contradiz, e afirma que o réu não acredita em deus algum, mas outrora afirmou que o mesmo acreditava em demônios, como pode alguém acreditar em demônios e não em deuses, já que os demônios são filhos bastardos dos deuses. Os argumentos de Meleto são destruídos, Sócrates afirma que se for condenado não é por causa destas acusações, mas pela inimizade adquirida com os falsos sábios, e por causa dos boatos á seu respeito.

Justificação de Sócrates

Sócrates responde a uma possível pergunta do povo, se não se envergonha de se dedicar a uma ocupação que pode levá-lo a morte? Ele diz que não, e não tem medo da morte, pois, ela não é conhecida e talvez seja o maior bem que possa acontecer ao humano. O réu praticamente já sabia de sua condenação, pois não era lucro para a sociedade deixá-lo a solta para alienar mais jovens, e se o fizessem a proposta de deixá-lo ir, mas que ele não filosofasse mais, ele não aceitaria, pois o que ele esta fazendo é uma vontade dos deuses.

Quem perderia mais com a condenação

O réu afirma que os atenienses perderiam mais com a sua condenação, pois estariam desrespeitando a vontade dos deuses, o réu seria uma dádiva dos deuses ao povo ateniense, servindo ao povo para exortado, o ensinado a ser virtuoso.

Abstenção da política

Sócrates se abstém da política, pois uma voz interior o desestimulava e se ele estivesse ligado diretamente à política certamente já teria morrido, pois ele não aceita injustiças.

Escola de Sócrates

O filosofo em julgamento afirma que nuca foi mestre de ninguém, mas não rejeitava quem quisesse ouvi-lo, independentemente de classe social ou idade, mas se por ventura alguém que o ouviu tornou-se mal não é sua culpa, já que o réu não ensina maldades. A respeito das acusações de alienar os jovens, muitos deles estão no julgamento, entre ele Platão, e nenhum destes jovens tem queixas contra ele.

O estilo da defesa

Sócrates contrapondo-se a outros réus, não fazer nenhuma trama, trazendo familiares e amigos, para implorar que não fosse condenado, pois, este o considera em vergonha aos atenienses, o homem ao humilhar se assemelha a mulheres. O réu espera que a sentença seja favorável a ele e a sociedade os mesmo tempo.

Analise da votação

O réu é condenado à morte, o que já era esperado, mas com uma diferença de trinta votos apenas.

Discussão sobre as penas

Não o considerando como merecedor de mal algum, mas sim de prêmios por fazer o bem aos outros. Pare ele não importa à pena, e só foi condenado por causa da falta de tempo de convencer o júri de que estava com a verdade.

Sócrates sugere uma multa

Sócrates propõe uma multa, de uma mina de prata, conforme sua condição, mas os jovens que o seguiam sugerem uma pena de trinta minhas de pratas, e se tornariam fiadores para pagara divida.

Aos que condenaram

O filosofo condenado, afirma que após sua morte ficara ainda pior a situação, pois os jovens que o escutavam eram contratados por ele sem que ninguém soubesse, agora com sua morte não haveria ninguém para fazer isso. A melhor solução diz o réu que não seria a morte.

Aos que o absolveram

Afirma que não esta triste com sua morte, pelo contrario e uma vontade dos deuses, e será bom para ele ou adormeces em sono profundo e não acordar mais ou ir para a companhia dos deuses, e também morram com os grandes homens que já morreram.

Pede aos juízes que façam os mesmo com seus filhos, atormente os e castigue os, caso não estejam preocupados com a virtude, mas com o dinheiro.

Conclusão

Sócrates é condenado à morte não porque era um mal para a sociedade, mas por inveja de outros que se apresentavam como portadores do saber e não eram estes o levaram para o tribunal, de modo especial Meleto que foi questionado por Sócrates a respeito da sabedoria.