F A C U L D A D E U N I Ã O

C E P P E U

CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO
SOCIEDADE EDUCACIONAL - I A T E S
















APLICAÇÃO DAS HABILIDADES DE COUSELING ÀS RELAÇÕES EDUCACIONAIS
Uma experiência de sucesso

EDILSON GONÇALVES CAMPOS




















CIANORTE
2011
EDILSON GONÇALVES CAMPOS















APLICAÇÃO DAS HABILIDADES DE COUSELING ÀS RELAÇÕES EDUCACIONAIS
Uma experiência de sucesso



Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade União ? Centro de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão União Lato Sensu ? e IATES como requisito para obtenção de Titulo de Especialização em "COUNSELING - ACONSELHAMENTO" ? sob a orientação do Prof. Doutor Vicente de Melo







CIANORTE
2011

RESUMO

O ser humano vive e precisa viver em sociedade, mantendo relações de afinidade, afetividade. A sociedade, sendo ela composta por diferentes tipos de pessoas, geram felicidade e também conflitos, tanto na esfera profissional, educacional, social e familiar. O Couseling é um processo de interação entre duas pessoas e tem por objetivo a orientação às pessoas, para que elas se conheçam e encontrem dentro de si mesma as respostas para os conflitos gerados na sociedade em que se vive, é "ajudar a pessoa a ajudar-se". A aplicação das habilidades de Couseling às relações educacionais, habilidades de escuta, empatia, respeito, congruência, confrontação, imediaticidade e concreticidade possa ser utilizado como um grande diferencial na relação educador e educando. Pois mudar de atitudes é mudar de hábitos.
Este trabalho pretende demonstrar que a aplicação das habilidades, especialmente nos conflitos entre educando e educador que está desgastando o emocional dos envolvidos no processo ensino-aprendizagem, pode surtir efeitos positivos. Os relacionamentos interpessoais entre educando e educador, estão sob tensões e que acabam os prejudicando. Esses conflitos podem ser gerados e pela falta de clareza e conhecimento dos educadores, sobre as ferramentas do Couseling, para lidar de forma adequada, com as atitudes de libertinagem dos educandos.

Palavras-chave: Relação de Ajuda, Aconselhamento, Educação, Relacionamento, Couseling, Educador, Educando, Escuta, Responder

ABSTRACT

The human being lives and has the need to live in society maintaining affinity and affectivity relationships. The society, which is formed by different kinds of people, brings happiness and conflicts in the professional and educational areas as well as in the social and familiar areas. The Counseling is an interaction process between two persons and it has as an aim people orientation so that they know one another and find inside themselves the answers to the conflicts created in the society which they live, it is "helping people to help one another". The application of counseling abilities to educational relationships, listening abilities, empathy, respect, congruence, confrontation, immediacy, concreteness can be used as a great differential in the relationship between educator and student because changing attitudes is the same as changing habits.
This paper has as an aim to show that the application of abilities, especially under conflicts between student and educator which is destroying their self-control in the teaching and learning process may bring positive results. The interpersonal relationships between students and teachers are under tensions that can be harmful to them. These conflicts can be created by the teacher`s lack of clarity and knowledge about the use of counseling to deal in a suitable way, with the students`attitudes of libertine approach.

KEY-WORDS: helping relationship, counseling, education, relationship, educator, student, listening and answer.



1 ? INTRODUÇÃO

O ser humano vive e precisa viver em sociedade, mantendo relações de afinidade, afetividade. A sociedade, sendo ela composta por diferentes tipos de pessoas, geram felicidade e também conflitos, tanto na esfera profissional, educacional, social e familiar.
O Couseling é um processo de interação entre duas pessoas e tem por objetivo a orientação às pessoas, para que elas se conheçam e encontrem dentro de si mesma as respostas para os conflitos gerados na sociedade em que se vive, é "ajudar a pessoa a ajudar-se".
Alguns professores reclamam de que os educandos não estão se concentrando e estão cada vez mais dispersos e desmotivados em sala de aula, movidos pela tecnologia, que se torna muito mais atraente do que "nossas" aulas atuais.
Este trabalho tem a intenção de mostrar que a aplicação das habilidades de Couseling às relações educacionais, habilidades de escuta, empatia, respeito, congruência, confrontação, imediaticidade e concreticidade possa ser um grande diferencial na relação educador e educando. Se educador, além de observar a si mesmo, perguntar a outras pessoas, como aos educandos, como sou visto, e comparar com o que eu faço e com o que se espera que faça, provavelmente encontraremos diferenças. Como o comportamento dos educandos se trata de atitudes, afirmação perante a tribo e pela própria característica da idade, modificá-las será uma tarefa árdua, requerendo muito esforço. Pois mudar de atitudes é mudar de hábitos.


2 - DESENVOLVIMENTO

2.1 CONSTRUIR O RELACIONAMENTO

Para construir o relacionamento, segundo os princípios do Couseling, deve ser "...uma ligação social diferente,..., um relacionamento caracterizado por quatro elementos diferentes: calor e coerência; tolerância para com a expressão de sentimentos; limites de ação bem definidos; ausência de qualquer tipo de coerção." (DANON, 2003. p.102)
Nesta linha de pensamento, FELDMAN (2006) menciona que devemos humanizar o humano, isso porque com o passar do tempo houve uma desumanização, individualização, deixou-se de lado a bondade, a compaixão, a compreensão, gerando assim a desumanidade, que segundo o dicionário Aurélio é a "falta de humanidade; crueldade", ou seja, perderam-se valores, como o respeito, a dignidade, o simples ato de sorrir, e outras atitudes que tornam o relacionamento mais forte.
É claro que existem pessoas que lançam mão de utilizar tais mecanismos desumanos, acima mencionados, para criar relacionamentos embasados em princípios éticos, cristãos, buscando a beleza interna, a generosidade, o positivo que existe na pessoa em que se pretende estabelecer o relacionamento.
Para construir um relacionamento duradouro, responsável, amigável e agradável, é necessário ver e entender a complexidade do ser humano. MORIM (2007) relata que:

O ser humano é um ser racional e irracional, capaz de medida e desmedida; sujeito de afetividade intensa e instável. Sorri, chora, mas sabe também conhecer com objetividade; é sério e calculista, mas também ansioso, angustiado, gozador, ébrio, extático; é um ser de violência e de ternura, de amor e de ódio; é consciente da morte, mas que não pode crer nela; que secreta o mito e a magia, mas também a ciência a filosofia; que é possuído pelos deuses e pelas idéias, mas que duvida dos deuses e critica as idéias; nutre-se dos conhecimentos comprovados, mas também de ilusões e de quimeras. MORIM (2007, p.59)

O ser humano é social e se humaniza ao humanizar o ambiente em que está inserido, sua comunidade, sua tribo, isso se dá através das relações que estabelecem com as pessoas que estão ao seu redor, em seu convívio, criando uma sociedade. Essas relações movimentam o pensamento humano, desde as relações simples a relações mais complexas (GRANVILLE, 2008).
Diante dessas informações, e com vista em uma perspectiva humanista, para construir uma relação positiva, de qualidade, deve-se levar em conta a postura humana, as habilidades interpessoais de sua herança genética, cultura, história de vida, seus princípios, crenças, tudo o que é subjetivo. A qualidade da relação está na forma de se estabelecer uma comunicação de partilha, de comunhão de emoções, fortificando a auto-estima. Nossos anseios e reações surgem através de nossas crenças, da cultura que recebemos e vivemos.
Quando se constrói relacionamentos positivos, com e de qualidade, melhora-se a auto-estima em um processo de reciprocidade, já que as bases para uma auto-estima estão centradas na valorização da pessoa principalmente pelos que o cercam, neste caso em específico, os professores, os alunos da sala. Esta valorização se dá quando se abre a oportunidade do aluno ser quem ele é, sem mascaras, sendo ele, um indivíduo único, repleto de valores por ele conquistado.


2.2 ESCUTAR

"É preciso saber ouvir. Acolher. Deixar que o outro entre dentro da gente. Ouvir em silêncio. Sem expulsá-lo por meio de argumentos e contra-razões. Nada mais fatal contra o amor que a resposta rápida. Alfange que decapita. Há pessoas muito velhas cujos ouvidos ainda são virginais: nunca foram penetrados. E é preciso saber falar. Há certas falas que são um estupro. Somente sabem falar os que sabem fazer silêncio e ouvir. E, sobretudo, os que se dedicam à difícil arte de adivinhar: adivinhar os mundos adormecidos que habitam os vazios do outro." Rubem Alves apud FELDMAN (2006, p. 153)

Escutar é diferente de ouvir, escutar é estar atento ao que a pessoa fala, prestando atenção nas palavras, o que ela quer dizer com isso, o que esta por traz desta fala, seu tom de voz, sua postura quando fala, é compreender aquilo que está ouvindo, isso é a escuta, que no dicionário Aurélio é "tornar-se ou estar atento para ouvir; dar ouvidos a". Ouvir é algo superficial, é perceber o som das palavras da pessoa que fala, e segundo o dicionário Aurélio, ouvir é "perceber, entender (os sons) pelo sentido da audição".
A habilidade de escutar não é tão simples quanto parece, quando criança, somos reprimidos com frases "essa conversa não é para criança, esse menino escuta mais do que deve, escuta muito mais do que se imagina, sabe de tudo, só escuta o que quer". (FELDMAN, 2006 p. 154)
Quando escutamos, trazemos alívio para a pessoa que fala, pois partilhamos de algo que esta fazendo mal a esta pessoa, ou algo que a agrade. Quando ela se expressa, ela mesma se escuta, esclarece assim seu pensamento que estavam em um emaranhado, dispersos, isolados, organizando-os e encontrando o caminho certo a seguir. Isto acontecerá se formos capazes de escutá-la sem preconceito, sem dar nossa opinião, caso esteja ela mentindo, porque assim atuando, pode-se levar a pessoa a falar a verdade quando ela adquirir confiança.
FELDMAN (2006) elenca dez passos da escuta afetiva e efetiva: ficar calado, não interromper, evitar distrações externas, evitar distrações internas, diminuir expectativas, suspender julgamentos, eliminar idéias preconcebidas, perceber mensagens explícitas e implícitas, busca do tema central e perceber a música e a letra na fala. Para a autora, estes passos auxiliam o desenvolvimento e a potencialização da habilidade de escutar.

2.3 RESPONDER

"O fenômeno da resposta é essencial à relação. Quem ouve se não é para responder? A experiência de receber a palavra e respondê-la é o âmago do "entre" ou a revelação vivida pela reciprocidade." Newton Aquiles Von Zeben apud FELDMAN (2006, p. 169)


Mesmo reconhecendo que a comunicação não verbal é necessária, não se pode esquecer de que a comunicação entre seres humanos é feita fundamentalmente através da palavra, sendo o único "animal" que utiliza a forma verbal para se comunicar.
Quem fala quer ser escutado, e ao terminar sua fala, aguarda o retorno de quem escuta, também de forma verbal. E conseguir-se-á estabelecer um processo de interação quando responder o que se captou nas mensagens ora falada, tanto na forma verbal quanto não verbal. Deve-se responder de forma a ajudá-lo a compreender-se e encontrar seu melhor caminho. Todo cuidado é pouco quando respondemos, pois nesta relação de ajuda, de troca, a palavra não retorna sem surtir seu efeito.
"¹º Da mesma forma como a chuva e a neve, que caem do céu e para lá não voltam sem antes molhar a terra, tornando-a fecunda e fazendo-a germinar, a fim de produzir semente para o semeador e alimento para quem precisa comer, ¹¹ assim acontece com a minha palavra que sai de minha boca: e sem ter cumprido com sucesso a missão para a qual eu a mandei.." Isaías 55,10-11

Este texto extraído da bíblia, além do sentido religioso, diz também que as palavras assimiladas pelas pessoas podem mudar suas posturas, sentimentos, pensamentos, o emocional, transformando e alterando o metabolismo emocional gerando ações e comportamentos.


2.3.1 Responder ao conteúdo

Responder ao conteúdo é identificar na fala da pessoa, após ele ter relatado o fato mesmo que não seja por inteiro, o verdadeiro motivo que o levou a se exprimir verbalmente ou até mesmo o fato que o levou a procurá-lo. Responder ao conteúdo é devolver o que foi lhe falado de uma maneira diferente, organizado e pontuando os fatos mais relevantes da conversa, da mesma maneira como a pessoa falou para você, uma vez que a resposta causará efeito.


2.3.2 Responder ao Sentimento

Responder o que a pessoa está sentindo a cada momento e comunicar essa percepção a ele, gera comunhão emocional (empatia, ternura, afeto e atração). Essa comunhão acontecerá na medida em que os sentimentos são identificados e verbalmente expostos pela própria pessoa ou com a intervenção no momento certo assim que percebê-los.
Os sentimentos reprimidos pela cultura influenciam na forma de se exprimir, aqueles que se libertam ou recebem uma educação diferenciada podem expor melhor seus sentimentos através das palavras e como se sentem ao falar sobre o assunto.
Responder a este sentimento, é a percepção do que o outro está sentindo, e que você está atendo ao que ele fala, já que é algo que ele vivenciou no passado, neste momento entra em ação a empatia, preocupando-se com o sofrimento e também demonstrando nossa felicidade com os momentos de alegria da pessoa. Esta forma de responder ao sentimento, afeta de forma positiva todo o metabolismo emocional da pessoa.




2.3.3 Responder ao sentimento e ao conteúdo

Responder ao sentimento e ao conteúdo é a soma das duas habilidades anteriores. Quando se responde ao sentimento, que é um conteúdo e ao conteúdo que dá razão o sentimento compartilha que o compreende, e como ele está se sentindo e porque está se sentindo desta forma.
O objetivo da resposta é comunicar a compreensão total da experiência da pessoa, e demonstrar que ele pode compartilhar ainda mais sua experiência.


2.3.4 Responder à mensagem

Responder à mensagem é ver o que esta nas entrelinhas da conversa, é perceber o que está além do que ele diz. São as mensagens oculta que consta no relato da pessoa. É perceber os sentimentos e conteúdos que estão subentendidos e comentar com a pessoa a o que se percebeu, mostrando que tem algo a mais, do que ele falou espontaneamente.
O efeito que esta habilidade gera no outro é de: alívio, tranqüilidade, clareza nos pensamentos, diminui a ansiedade. As vezes o que se percebeu e ao comunicar a pessoa pode doer, nas esta dor o liberta.
2.3.5 Responder ao comportamento

É a habilidade de oferecer a pessoa através da observação da expressão verbal e não verbal, esse dado, como o movimento das mãos, a expressão facial, o movimento dos olhos, ou seja, a confirmação ou a refutação do que ele está falando nos momentos em que isso for positivo para ele, já que o comportamento deve corresponder com os dados verbais, de expressão e sentimento.


2.3.6 Responder às perguntas

As perguntas podem ser utilizadas como meio de comunicação de interação verbal entre as pessoas. As pessoas perguntam: porque querem de respostas objetivas; estão a procura de um conselho; para manter contato com o outro; porque querem expressar alguma coisa e estão com dificuldade e não conseguem.


2.3.7 Responder com imagens

Ao responder com imagens sugere-se a representação concreta daquilo que a pessoa fala, sua experiência, o que está sentindo ou vivendo. A imagem brota espontaneamente na pessoa que escuta. Associada a habilidades anteriores, ela é uma força muito maior de comunicar a compreensão do que as respostas de conteúdo e sentimento. Através da imagem devidamente organizada, ambos visualizam com clareza aquilo que a pessoa está vivendo e relatando, sendo a imagem uma antecipação do que vai acontecer.


2.4 HABILIDADES INTERPESSOAIS

FELDMAN, 2006, comenta que a dimensão mais efetiva no tocante às habilidades interpessoais presente na relação de ajuda, foi desenvolvida por Rogers e posteriormente complementada por Carkhuff. Ambos que acreditavam que estas habilidades estavam envolvidas em todo o processo de relações interpessoais.


2.4.1 Empatia

É a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreende-lo de modo a sentir o que se sentiria caso se estivesse vivenciando a situação narrada. É estar verdadeiramente com a pessoa, é estar disponível, sem preconceito para sentir aquilo que a pessoa está narrando. A empatia só ocorrerá se houver uma aceitação incondicional da pessoa.




2.4.2 Aceitação incondicional ou respeito

É a capacidade de acolher o outro sem colocar condições, integralmente, sem julgá-lo pelo que fala, pensa, sente, fez ou faz. Isto significa que deve aceitá-la enquanto ser humano, concordando ou não com trechos da fala. Esta aceitação por parte do ouvinte permite à pessoa a aceitar-se se tornando mais capaz de se compreender e reconhecer enquanto ser - humano.


2.4.3 Congruência

É a capacidade de sermos nós mesmos, de se mostrar ao outro de maneira autêntica sendo transparente, estar ciente dos próprios sentimentos que podem acorrer na presença da pessoa, estando em sintonia consigo mesmo, sendo verdadeiro.
2.4.3 Confrontação

É a capacidade de identificar as contradições e comunicar à pessoa certas discrepâncias ou incoerências em seu comportamento, trazendo-a para a sua realidade. É mostrar a diferença entre o que ele é e o que ele parece ser.


2.4.4 Imediaticidade

É a capacidade de trabalhar abordando os sentimentos que ocorrem no momento, no ato, tornando-o concreto o que um experimenta em relação ao outro durante o processo de escuta.


2.4.5 Concreticidade

É a capacidade de interpretar e transformar a experiência do outro, que a princípio estava obscuro, em elementos específicos, concretos, para que ele mesmo possa entender sua experiência e seus significados, às vezes confusos, como se fosse um "quebra-cabeça".
3. CONCLUSÃO

Como pôde se observar na revisão bibliográfica devemos humanizar o humano, isso porque com o passar do tempo houve uma desumanização, individualização, deixou-se de lado a bondade, a compaixão, a compreensão, gerando assim a desumanidade. E em nossas salas de aula os alunos devem viver em sociedade, com respeito, responsabilidade, e nas turmas trabalhadas com as habilidades acima mencionadas há uma interação positiva e respeito entre educador e educando.
Pude vivenciar em sala as mudanças que ocorreram depois que coloquei em prática as habilidades de: escuta, responder, empatia, respeito, congruência, confrontação, imediaticidade e concreticidade. A desmotivação e falta de participação dos alunos na busca do conhecimento científicos em sala de aula, deixou de ser problema; os alunos gostam da forma que estou trabalhando com eles.
Pedi para que os alunos, aqueles que quisessem e sem identificação, que comentassem sobre minha forma de trabalhar em sala de aula, no qual aplico as habilidades do Couseling, e fiquei muito surpreso com o que recebi de feedbeak, e relatarei apenas alguns dos que recebi.

Primeiro relato:
"O professor Edilson tem um jeito diferente de ministrar sua aula. Ao contrário de alguns professores, que apenas jogam a matéria nos alunos, ele toma como matéria o cotidiano das pessoas, como situações embaraçosas, a rotina diária de alguém, etc.. O professor parece que tem, aliás, parece não, de fato tem uma facilidade imensa de tornar matérias difíceis como a própria Noção de Direito ou Administração de Marketing numa coisa de fácil entendimento e legal de se aprender. (...). O professor Edilson tem seus métodos de ensino, é inegavelmente experiente no que faz e no que leciona e, principalmente, muito amigo dos seus alunos. É um professor que sabe impor respeito enquanto brinca com a matéria. Faz valer a pena cada minuto de sua aula."

Segundo relato:
"(...), desde quando conheci o professor Edilson, ele mostrou o que é ser professor, ele é um professor que transmite tranqüilidade (...), ele é um professor diferente porque nós, na aula dele, a gente pode conversar de tudo, sobre notícias, situações de outros países, ele se interage com a gente e a gente com ele, os outros professores não, eles só pensam na matéria deles e só aquilo. O professor Edilson é uma pessoa muito especial, ele faz o melhor possível para a turma se dar bem ele vê o nosso lado de aluno, ele tem compreensão sobre os alunos e os outros não, eu acho ele não como um professor, mas como um amigo, ele se diverte com a gente, ele pensa junto com nós (...)".

Terceiro relato:
"(...) ele entende o que é ser aluno, não apenas alunos porque atrás de um aluno há um profissional, filho, família, amigos problemas (...) o professor Edilson ele sabe que o aluno chega às vezes "bagaçado" no colégio, então ele faz uma aula que os alunos esqueçam seus problemas e passa a pensar somente em sua aula, tomando vontade pelo conteúdo num relacionamento de professor para aluno onde ambas partes se entendem e passam a ser envolvidos pela matéria e pela amizade onde o aluno busca mais e aprende mais (...). O professor tem conteúdo e sabe envolver o aluno com sua aula e para, para pensar nas dificuldades dos alunos."

Quarto relato:
"O relacionamento professor aluno e aluno professor com o professor Edilson é melhor do que com alguns outros professores. A forma de explicar com exemplos engraçados, com diversidade nos exemplos, são mais claros, o jeito como ele explica é mais compreensível. Sempre faz com que a gente pratique mais o convívio em grupo, as trocas de idéias, o diálogo para chegarmos em uma conclusão certa, o jeito de pensar, de ouvir e de complementar a idéia de outras pessoas. Não há tanta vergonha para expor o que pensamos mesmo certas ou erradas. Ele pede nossas opiniões para realizar determinado trabalho, o que nós acharemos se fizer de tal maneira. Nós também damos algumas idéias para melhorar a aula, e assim fica mais fácil e legal de aprender."


Com a aplicação das habilidades do Couseling em sala de aula houve um melhor rendimento e apropriação de conteúdos redução considerável de notas abaixo da média e um clima muito agradável em sala de aula, como mencionado nos relatos acima.
Acredito que o Couseling deveria fazer parte das propostas pedagógicas das escolas, e diante da minha experiência vivida, afirmo que seria muito melhor o relacionamento aluno professor e professor aluno, tornando as aulas mais agradáveis, possibilitando uma convivência sadia e equilibrada.









4 ? RERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DANON, M. Counseling: uma nova profissão de ajuda. Curitiba: Sociedade Educacional e Editora IATES, 2003. 232p.
FELDMAN, C. Encontro: uma abordagem humanista 3ª ed. Belo Horizonte: Editora Crescer, 2006. 372p.
GRAMVILLE, M. A. Sala de aula: ensino e aprendizagem. Campinas: Editora Papirus, 2008. 335p.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à Educação do futuro: 12ª ed. São Paulo: Editora Cortez, 2007. 118p.