O texto trás a discussão de Augé e Corazza, sobre O lugar Antropológico e a reflexão da pedagogia e currículo.  O pensamento de Augé em relação ás pesquisas antropológicas denomina-se Ilusão do Etnólogo o qual remete a aquilo que se estuda, a uma sociedade transparente. Augé acredita que existam pelo menos três características comuns que são identitária, relacionais e históricas. A primeira pode ser representada como o lugar do nascimento como constitutivo da identidade individual, um lugar próprio, singular e exclusivo. A segunda característica diz do lugar que tem seus elementos distribuídos em relações de coexistência e por último, o lugar histórico ao conjugar a identidade e a relação, definindo uma estabilidade mínima. Corazza nos auxilia analisar historicamente a pedagogia e o currículo que vêm, histórica e politicamente sendo construído com base em três grandes tempos históricos em termos do saber e do fazer pedagógico e curricular: 1) o tempo da Neutralidade Iluminada; 2) o da Suspeita Absoluta; 3) e o do Desafio da Diferença Pura. E apesar de sermos seguidores de uma tradição, com efeitos que declaramos negativos não podemos negar que ainda é dela que estamos nos ocupando. E é improdutivo achar que podemos deixar as tradições e historicidade de lado e criar o novo sem sustentação, pois é essa história que nos dá base para prosseguir. Assim, nenhuma pedagogia e nenhum currículo ultrapassam ou substituem os anteriores, em direção ao melhor, mais avançado, mais perfeito. Mas cada pedagogia e cada currículo, cada um de nós, somos sempre muitos, que compõem o desafio educacional do aqui-e-agora.