ANSIEDADES, TRANSTONOS E ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM
Ana Alice Silva de Melo
Deborah Marriellem Matos Vieira
Flaviane Silva Santos
Juliana Coelho da Cruz
Sabra Profeta Novaes
Emerson do Santo Duarte Mafia²


Resumo
Como poderemos ver a ansiedade são uns distúrbios causados por uma variedade de causas não explicadas, elas apenas acometem a pessoa e assim ocasiona uma série de dano tanto pessoal quanto social ao indivíduo. A ansiedade é um sentimento de apreensão desagradável, vago, acompanhado de sensações físicas como vazio (ou frio) no estômago (ou na espinha), opressão no peito, estremecimentos, transpiração, dor de cabeça, entre outros sintomas. Partindo desse pressuposto, esse trabalho terá como método de pesquisa caracterizada como bibliográfica descritiva e qualitativa embasada nos estudos científicos. Terá como objetivo geral conhecer a patologia e o objetivo específico conhecer as causas que leva um paciente a apresentar um quadro de ansiedade, conhecer tratamentos e os cuidados de enfermagem.
Palavra chave: Atuação de enfermagem frente aos distúrbios ansiosos
As we can see the anxiety disorders are caused by a variety of reasons not explained, they only affect the person and thereby cause a series of both personal and social harm to the individual. Anxiety is an unpleasant feeling of apprehension, vague, accompanied by physical sensations such as empty (or cold) in the stomach (or spine), chest tightness, trembling, sweating, headache, among other symptoms. Based on this assumption, this work will be characterized as a research method, qualitative and descriptive literature based on scientific studies. Goal will be to learn general pathology and specific goal to know the motives that lead a patient to present a picture of anxiety, knowing treatments and nursing care.


Keyword: Practice of nursing for anxiety disorders




1 Academicos do 6° Semestre do Curso de Enfermagem da Faculdade São Francisco de Barreiras ? FASB
2 Enfermeiro Especialista em Saúde da Família, Graduado pela Faculdade Redentor -RJ.



INTRODUÇÃO

A ansiedade é uma emoção de medo, apreensão caracterizada por um desconforto emocional que atinge não só adultos como também as crianças e os idosos, sem característica de classe social ou idade, pois ela não escolhe a pessoa que quer atingir para isso basta que o indivíduo sinta os sintomas relacionados, segundo pesquisas a ansiedade atinge mais de 20% da população.
Partindo desse pressuposto, esse trabalho terá como método de pesquisa caracterizada como bibliográfica descritiva e qualitativa embasada nos estudos científicos se utilizado tantos os artigos científicos disponíveis nos meios eletrônicos e livros disponíveis na biblioteca Antônio Balbino de Carvalho Filho da Faculdade São Francisco de Barreiras.
Assim esse trabalho terá como objetivo geral conhecer a patologia e o objetivo específico conhecer as causas que leva um paciente a apresentar um quadro de ansiedade, conhecer tratamentos e os cuidados de enfermagem.

DESENVOLVIMENTO

Como poderemos ver a ansiedade são uns distúrbios causados por uma variedade de causas não explicadas, elas apenas acometem a pessoa e assim ocasiona uma série de dano tanto pessoal quanto social ao indivíduo com quadro de ansiedade.
Para Nanda (2008) a ansiedade nada mais é que um:
Vago e incômodo sentimento de desconforto ou temor, acompanhado por uma resposta autonômica (a fonte é freqüentemente não específica ou desconhecida para individuo); sentimento de apreensão causado pela atenção para um perigo iminente e permite ao individuo tomar medidas para lidar com as ameaça, (p, 32).
Brandão (2009) aborda que a ansiedade é um sentimento de apreensão desagradável, vago, acompanhado de sensações físicas como vazio (ou frio) no estômago (ou na espinha), opressão no peito, estremecimentos, transpiração, dor de cabeça, entre outros sintomas. A ansiedade é um sinal de alerta, que indica sobre perigos iminentes e capacita o indivíduo a tomar medidas para enfrentar ameaças. O medo é a resposta a uma ameaça conhecida, definida; ansiedade é uma resposta a uma ameaça desconhecida, vaga. A ansiedade prepara o indivíduo para lidar com situações potencialmente danosas, como punições ou privações, ou qualquer ameaça a unidade ou integridade pessoal, tanto física como moral. Desta forma, a ansiedade prepara o organismo a tomar as medidas necessárias para impedir a concretização desses possíveis prejuízos, ou pelo menos diminuir suas conseqüências.
De acordo com Brandão (2002):
As definições de ansiedade variam tanto quanto as suas manifestações. Mas de modo geral a ansiedade é uma característica biológica do ser humano, podendo ser definida como um estado subjetivo de apreensão ou tensão, difuso ou vago, normalmente acompanhado por uma ou mais sensações físicas, puncionado pela expectativa de perigo, dor ou necessidade de um esforço especial. Sendo bastante comum o desejo de movimentar-se e a inquietação. A ansiedade é também um impulso motivacional fundamental em muitas formas de comportamento e, como o medo, tem importante significado adaptativo e evolutivo. O medo difere da ansiedade na medida em que é uma resposta a uma ameaça conhecida, externa, definida (BRANDÃO, 2002, p.145).
Segundo o mesmo autor citado acima, a ansiedade tem sido reconhecida como hábitos do ser humano vivenciados em seu meio. Advertindo quanto aos danos físicos, dor impotência, e possíveis punições ou frustrações de necessidades corporais e no meio em que vive. Sendo então, uma forma estimulante do organismo em tomar adequadas medidas para minimizar ou invalidar as seqüelas. Considera-se normal algumas medidas de ansiedade estabelecidas pelo seres humanos para uso se incentivo à execução de tarefas cognitivas do cotidiano, diferenciando assim, da patologia em questão. A ansiedade patológica é uma resposta inadequada a um determinado estímulo, em virtude de sua intensidade ou duração. Ansiedade primária: ela pode aparecer como uma entidade nosológica independente. Ansiedade secundária, componente de muitas condições clínicas, incluindo outras perturbações psiquiátricas.
Brandão (2002) trata dos distúrbios da ansiedade como forma de uma perturbação crônica caracterizada por uma tensão ou apreensão excessiva sem causa aparente com relação a dois ou mais aspectos da vida cotidiana por um período de seis meses ou mais. Os fatores ambientais são preponderantes na etiologia deste distúrbio. Caracteriza-se por sintomas de tensão motora (tremores e fadiga fácil), hiperatividade autonômica (vertigem, suor nas mãos, palpitações), aumento da atenção e vigilância (inquietude, dificuldade de concentração, irritabilidade). Estes sintomas não ocorrem em resposta a estímulos específicos nem em períodos determinados. Muitos estudos têm sugerido que este tipo de ansiedade ocorre em cerca de 5% da população em geral, embora apenas um terço dos pacientes busque tratamento psiquiátrico. A depressão acompanha boa parte dos casos e não há dúvida quanto a que alguns aspectos destes distúrbios tenham caráter hereditário. Esta condição tem sido denominada ansiedade traça em contraposição à ansiedade estada induzida pelo meio que o individuo se encontra.
De acordo com VERSIANI (2001), a manifestação do ataque de pânico, é um conjunto de manifestações de ansiedade com início súbito, rico em sintomas físicos e com uma duração limitada no tempo, em torno de dez minutos. Os sintomas típicos são: sensação de sufocação, de morte iminente, taquicardia, tonteiras, sudorese, tremores, sensação de perda do controle ou de "ficar louco", alterações gastrointestinais. Com a progressão do Transtorno, o paciente fica cada vez mais dependente dos outros e com seu espectro de atividades cada vez mais limitado.
Assim pode-se avaliar mediante:
Os distúrbios de pânico caracterizam-se pela ocorrência de súbitos episódios de terror, induzidos por estímulos internos (espontâneos e ocasionais), geralmente durando menos de uma hora. Os sintomas principais são medo extremo e uma sensação de morte e destruição iminentes, em geral acompanhados de respostas cardiovasculares, tremores e tonturas bastante acentuados. Os sintomas podem desaparecer rápida ou gradualmente, e os pacientes podem desenvolver ansiedade antecipatória em relação a um novo ataque e, geralmente, preferem andar acompanhados e evitam espaços fechados (comportamento de esquiva). Os pacientes com distúrbios de pânico podem desenvolver agorafobia, isto é, o medo de lugares públicos, que é o mais incapacitante de todos os distúrbios fóbicos. Uma diferença importante entre a ansiedade generalizada e os distúrbios de pânico consiste na boa resposta do pânico aos antidepressivos tricíclicos e inibidores da monoaminoxidase, enquanto que a ansiedade generalizada parece reagir menos a estas drogas. Os distúrbios de pânico acometem cerca de 1% da população, (BRANDÃO, 2002).
Segundo Figueiredo; Viana e Machado (2009), o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um distúrbio no qual o individuo desenvolve pensamento ou ações repetitivas que ele próprio considera, na maioria das vezes, como inapropriadas, mas não consegue controlar, muitas vezes porque acredita que algo trágico acontecera a si ou a outros, caso ele não as executa. Estudos mostram que as causas do TCO se concentram na interação entre fatores neurobiológicos e influências ambientais. As compulsões costumam se elaborar em rituais com atos relacionados com limpeza, verificação, contagem. O paciente toma dez, trinta banhos por dia, de acordo com um esquema predeterminado, como lavar as mãos toda vez que se encosta a certo tipo de objeto, conta as cadeiras de um cinema para se sentar, exatamente em determinada posição. Certifica se, inúmeras vezes, de que não deixou uma porta aberta.
Portanto a ansiedade pode:
Trata-se de uma síndrome rara, com uma prevalência de 1% na população em geral, caracterizada pela ocorrência de uma idéia ou impulso persistente (obsessão) que compele o indivíduo a um comportamento não usual, estereotipado e recorrente (compulsão). As obsessões ou compulsões recorrentes são suficientemente severas para causar angústia acentuada que interfere de maneira significativa no cotidiano dos indivíduos, seja na atividade profissional ou social. A pessoa reconhece que seu comportamento é excessivo e irracional, e manifesta a vontade de resistir a ele. Os distúrbios mais comuns são a compulsão de tomar banhos seguidos por medo de contaminação, a dúvida em pessoas inseguras que lava a verificação compulsiva, por exemplo, de haver esquecido o fogão acesso, (BRANDÃO, 2002, p.145).
O tratamento envolve intervenções educacionais, informação tanto para paciente como para seus familiares, abrange abordagens psicológicas nas quais se destaca a terapia comportamental cognitiva pode se individual ou em grupo e tratamento medicamentoso.
As fobias segundo Brandão (2002), são caracterizadas pelo medo infundado de objetos, atividades ou situações consideradas corriqueiras para a maioria das pessoas; 3% a 5% da população parecem manifestar algum tipo de fobia. O paciente tem consciência de que seu medo e comportamento não se justificam, mas não consegue evitá-los. As fobias simples são as mais comuns e manifestam-se, por exemplo, como medo de baratas, tempestades ou doenças, e a fobia social é o medo de humilhação e embaraço em lugares públicos, de forma que o indivíduo evita freqüentar restaurantes, falar em público ou ir a banheiros públicos. Algumas evidências apontam para um componente genético na manifestação destes distúrbios, haja vista a maior tendência de se manifestar em pessoas com parentes com o distúrbio.
Em Brasil (1993) a reação aguda ao estresse, conforme a CID-10, o paciente, após ter sido exposto a um estressor mental ou físico excepcional, inicia imediatamente dentro de uma hora, os sintomas, como um estado de "atordoamento" acompanhado de tristeza, ansiedade, raiva, desespero, entre outros assim esses sintomas, desenvolve-se, em geral, em adultos jovens que experimentaram um estresse emocional ou físico bastante intenso no passado, como por exemplo, experiência de combate, catástrofes naturais, agressões, estupro e desastres. Entre as principais características incluem-se reviver os traumas através de sonhos e pensamentos, apatia emocional a outras experiências de vida, depressão e distúrbios cognitivos, como dificuldade de concentração. A gravidade do distúrbio é diretamente proporcional à severidade do estresse vivenciado.
De acordo com Brandão (2002) os aspectos da ansiedade e do medo, não é uma escolha da pessoa.Acredita-se que vivências interpessoais e problemas na primeira infância possam ser importantes causas dos sintomas.Além disso, existem causas biológicas como anormalidades químicas no cérebro ou distúrbios hormonais.Ansiedade é um estado emocional que se adquire como consequência de algum ato. Todas as pessoas podem sentir ansiedade, principalmente com a vida atribulada atual. A ansiedade acaba tornando-se constante na vida de muitas pessoas. Dependendo do grau ou da frequencia pode se tornar patológica e acarretar muitos problemas posteriores, como o transtorno da ansiedade.Então, muitas vezes não é patológica.
Potanto o mesmo autor exemplifica que:
A patologia pode provocar confusão e distorções da percepção temporal,espacial,em relação a pessoas e ao significado dos acontecimentos estas distorções podem interferir no aprendizado pela diminuição da concentração,redução da memória e prejuízo da capacidade de associação, (BRANDÃO, 2002, p.146).
Ainda de acordo com Brandão (2002) ter ansiedade faz com que o indivíduo diminua a sua auto-estima, deixando de fazer certas coisas porque se sente incapaz de realizá-las.Sendo assim, a ansiedade está de certa forma relacionado ao medo, com isso a pessoa passa a ter medo de errar na execução de diferentes atividades, se privando de ao menos tentar. A Ansiedade quando demonstrada com a timidez , depressão ou em níveis elevados impossibilita que o indivíduo desenvolva seu poder intelectual. O aprendizado é paralizado, interferindo não só no aprendizado da educação tradicional, mas na inteligência social. A pessoa apresenta dificuldade em se portar em ocasiões sociais ou no trabalho, o que pode levar ao declínio da profissão.
Para BRANDÃO (2002) é normal a pessoa sentir um pouco de ansiedade, podendo pode ocorrer quando a pessoa estudar para uma prova; e pode alertá-lo para ir atrás de segurança quando estiver em perigo. No entanto, a ansiedade se torna anormal quando acontece sem motivo aparente ou quando é muito intensa, interferindo no cotidiano do indivíduo.
Seguindo algumas anotações que foram vista em NANDA, (2008), são características definidoras para apontar uma pessoa que apresenta ansiedade:
? Fadiga;
? Insônia;
? Falta de ar ou sensação de sufoco;
? Picadas nas mãos e nos pés;
? Confusão;
? Apreensão
? Instabilidade ou sensação de desmaio;
? Dores no peito e palpitações;
? Afrontamentos, arrepios, suores frio, mãos úmidas;
? Boca seca;
? Contrações ou tremores incontroláveis;
? Tensão muscular, dores;
? Necessidade urgente de defecar ou urinar;
? Dificuldade em engolir;
? Sensação de ter um "nó" na garganta;
? Dificuldades para relaxar;
? Dificuldades para dormir;
? Leve tontura ou vertigem;
? Vômitos incontroláveis.
É normal sentir certa dose de ansiedade ela pode fazê-lo estudar para uma prova; e pode alertá-lo para procurar segurança quando estiver em perigo.
Para PORTO (1982) umas das manifestações mais freqüente apresentada pelo o paciente ansioso apresentam as amostras psíquicas e somáticas que a acompanham, tais como inquietude, voz embargada, mãos frias, trêmulas e/ou sudoréticas, taquicardias, boca seca, entre outros problemas. Manifestações cognitivas, psíquicas ou mentais: incluem as vivências de medo, angustia preocupação. A ansiedade difusa se manifesta no indivíduo que interpreta uma grande variedade de situações como ameaçadoras e apreensão por provável resultado desfavorável, o indivíduo tende a se deter aos aspectos negativos e ameaçadores das situações do cotidiano. Inclui-se tensão, inquietação interna, apreensão desagradável, opressão e desconforto subjetivo, preocupações exageradas, insônia, insegurança, irritabilidade, distraibilidade, desconcentração, desrealização, despersonalização entre outras. Manifestações físicas ou somáticas: inclui sensação de falta de ar, hiperpnéia, taquicardia, dificuldade para engolir, náusea, boca seca, desconforto abdominal que podem ser conseqüentes a liberação ou hiperatividade adrenérgica componente fisiológica da ansiedade e do medo.

Conforme Brandão (2002) afirma-se que outros sintomas físicos são complicadores encontrados devido à hiperventilação como tontura, vertigem, sensação de desmaio, dor no peito ou devido a hipertonia muscular que evoluiu com tremores generalizados, dores inespecíficas e generalizada e espasmos musculares. Outras manifestações da ansiedade patológica ou conseqüência desta são as manifestações comportamentais de esquiva ou fuga, inquietação e exploração do ambiente antecipando perigo ou ameaça, sobressaltos, hiperatividade a estímulos e insônia. A ansiedade ainda pode ser apreendida pelo avaliador se manifestar de forma tônica ou constante, o que caracteriza o transtorno de ansiedade generalizada, além das outras manifestações citadas anteriormente. Crises ou ataques paroxísticos de ansiedade denominaram ataques de pânico, quando umas séries de sintomas subitamente se instalam em cerca de dez minutos. A ansiedade patológica pode ainda estar associada a eventos, objetos ou situações identificáveis, ou seja, denominada ansiedade situacional ou pode ocorrer de forma imotivada ou espontaneamente, ou seja, ansiedade espontânea.

Para SMELTZER & BARE (1994) no diagnostico deve-se observar que problemas de ordens social, psicológica e comportamental, freqüentemente acompanham as Epilepsias, podendo até mesmo ser mais incapacitantes que as próprias convulsões. Estes problemas parecem ser aumentados na fase de adolescência, somando-se aos desafios dos encontros, inabilidades para executar algumas atividades e a presença do sentimento de "ser diferente".
Portanto os diagnósticos solicitados são:
? Primeiramente o médico procurará a origem das crises de angústia.
? Caso essa angústia provier de distúrbios cardiovasculares, ele encaminhará o paciente ao especialista que efetuará um eletrocardiograma.
? Se houver distúrbios respiratórios, o médico investigará a capacidade respiratória do paciente através de instrumentos de medição do sopro.
? Para a ansiedade de origem psíquica, através de uma anamnese, o médico realizará perguntas ao paciente, no intuito de identificar e estabelecer as causas das crises de angústia.
Segundo VERSIANI (2001) usa-se a psicoterapia para ajudar essa situação, como também à prática de exercícios relaxantes como o yoga, tai-chi e outros exercícios físicos na intenção de libertarem o stress e a descontraírem e relaxarem a pessoa.
Conforme o autor citado acima o tratamento da ansiedade começa muito cedo na vida da pessoa, há manifestações desde a infância, mas torna-se mais evidente no início da vida adulta na medida em que os contatos com os outros se tornam mais obrigatórios. A evolução do Transtorno de Ansiedade vai limitando cada vez mais a vida da pessoa e pode gerar complicações como o abuso e dependência de álcool ou depressão. No entanto há que fazer outro gênero de trabalho para que se localizem as causas provenientes da ansiedade e para que assim se consigam trabalhar e eliminar as causas da ansiedade A ansiedade é uma característica das personalidades ansiosas, além de ter a ver com a personalidade da pessoa que é herdada e criada ao longo da vida. Embora muitas das vezes herdada da família, deve-se fazer um trabalho familiar e outro tipo de abordagem daquele que normalmente se faz. Normalmente muda-se a maneira de ver e de sentir do indivíduo e para isso tem de se levar a pessoa a ver e a resolver situações que a afetam a nível inconsciente sem que ela perceba.
Os antidepressivos como imipramina (tofranil) e clomipramina (Anafranil), têm como efeito colateral, hipotensão, ortostática, hipertensão arterial, oligúrias, sonolência principalmente no inicio do tratamento, secura das mucosas, dificuldade de acomodação visual, tremores nas extremidades, insônias alterações menstruais convulsões, coma e pode levar a morte (Porto, 2009, p.155).
Ainda de acordo com VERSIANI, (2001):
Ansiolíticos: VO, injetáveis só no hospital. São medicamentos que têm a propriedade de atuar sobre a ansiedade e tensão. Conhecidas também como tranqüilizantes, por acalmarem a pessoa estressada, tensa e ansiosa. Hoje em dia, prefere-se designar esses tipos de medicamentos pelo nome de ansiolíticos, ou seja, que provocam a quebra (lise) da ansiedade. Os ansiolíticos mais comuns são substâncias chamadas benzodiazepínicos, que aparecem em medicamentos como Valium, Librium, Lexotam.
Todos os benzodiazepínicos são capazes de estimular os mecanismos no nosso cérebro que normalmente combatem estados de tensão e ansiedade. Assim, quando devido às tensões do dia-a-dia ou por causas mais sérias, determinadas áreas do nosso cérebro funcionam exageradamente resultando num estado de ansiedade, os benzodiazepínicos exercem um efeito contrário, isto é inibem os mecanismos que estavam hiperfuncionantes e a pessoa fica mais tranqüila como que desligada do meio ambiente e dos estímulos externos.
? Diminuem a ansiedade, induz o sono, relaxa os músculos e reduz o estado de alerta.
? Dificultam os processos de aprendizagem e memória, prejudicando assim, no nível escolar.
Finalmente, é importante ainda, lembrar que estas drogas também prejudicam em parte nossas funções psicomotoras, prejudicando atividades como dirigir automóveis, aumentando a probabilidade de acidentes. Contra-indicado para gestantes.
Antidepressivos: Algumas substâncias com atividade antidepressiva podem ser eficazes também em transtornos psicóticos.
Para Porto e Viana (2009), os cuidados de enfermagem consistem em:
? Orientar paciente e família em relação ao movimento do cliente;
? Orientar paciente e família em relação ao tratamento;
? Dividir com a equipe os conceitos, preconceitos e julgamento que possam interferir na assistência;
? Orientar paciente a fazer avaliação física, cuidados para que possa descartar manifestação orgânica real;
? Fazer o planejamento das atividades do dia, estipulando o horário e o tempo.
? Estimular o paciente a realizar as atividades que lhe dão prazer;
? Estar junto a ele quando apresentar as atividades, observar se esta realizando corretamente; nesse momento sugerir que o paciente analise com calma a situação evitando ansiedade;
? Promover orientações aos familiares propondo estratégias conjuntas.
? Dar apoio em momento críticos, permanecer junto ao paciente quando necessário;
? Aplicar técnicas de terapia cognitiva comportamental.
? Auxiliar o paciente nos cuidados de higiene e na alimentação.
? Observar rigorosamente os sinais vitais do paciente que esteja tomando remédios.
Portanto SMELTZER & BARE (1994) citam que a área de Enfermagem Neurológica possibilita a realização profissional ao enfermeiro, pois proporciona à oportunidade de reabilitar funcionalmente os enfermos, que se encontra com perdas decorrentes de fraquezas, imobilidades, comprometimentos de reflexos posturais, dores articulares entre outros. Ou seja, é particularmente a capacidade física que aparenta ter a maior alteração e, praticando a reabilitação, o profissional de Enfermagem, consegue melhorar a qualidade de vida destas pessoas.

CONCLUSÃO

Foi de suma importância a realização deste trabalho, pois enriqueceram os nossos conhecimentos, quanto à psicopatologia, definição, sintomas, causas, manifestações e tratamento da ansiedade, aumentando ainda mais o nosso aprendizado na área de saúde mental, tanto quanto na assistência de enfermagem. Foi de grande valia o desempenho depositado na execução do mesmo, assim podemos apreciar mais uma conquista e satisfação do resultado encontrado. E assim fica-se claro que nada melhor que o aprendizado adquirido e tudo que uma vez conseguimos aprender serão de nosso conhecimento, e que o individuo não realiza uma boa prática se ele não tiver uma boa teoria.

REFERENCIAS BIBLIGRÁFICAS

BRASIL- Organização Mundial de Saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10. Descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas; 1993.

BRANDÃO L. M- Psiofisiologia- Editora Atheneu São Paulo- SP ano 2009
Diagnostico de Enfermagem da Nanda ? Editora Artemed, definições e classificações 2007-2008

FIGUEIREDO A. M. N; VIANA L. D. ; MACHADO A.C..W- Tratado pratico de enfermagem vol. 02 Editora YENDIS, São Paulo- SP, Ano 2009

PORTO A.; VIANA L. D. - Curso Didático de Enfermagem- 5° Edição, Editora
YENDIS, São Paulo-SP ano 2009

SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner/Suddarth: tratado de enfermagem médica-cirúrgica. 7. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994 a. Cap. 56, p. 1395-1440: Tratamento de pacientes com distúrbios neurológicos.

VERSIANI M.- Diagnóstico e Tratamento dos Transtornos de Ansiedade, Ed. 6° São Paulo- SP, ano 2001