ANSIEDADE E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

 Embora a ansiedade seja um tema antigo e com uma estrutura científica e didática já definida e conhecida, mesmo assim, o autogerenciamento vivencial procurará expor a sua visão sobre esse tema.

 Para o autogerenciamento vivencial a ansiedade além de fazer parte de cada pessoa e expressar essa individualidade é entendida como um dos componentes da ação, um dos elementos da força da vida que nos ajudam a sair da inércia e iniciar uma ação. Instiga-nos a agir e a nos mantermos em ação. Além disso, tem como função nos instigar a interagir com desafios e com o novo, a buscar novas emoções e soluções para o nosso dia a dia, nos mantendo conectados a vida. Enfim, é ela que Impulsiona-nos a agir e a reagir às intempéries da vida. Acomodar jamais. Logo, para o autogerenciamento vivencial, não é vista como a vilã.

Na verdade, o que nos desequilibra é o descontrole da intensidade e o sentido dado a ela. Gerenciá-la, além de fazer parte do pacote da nossa vida, é de uma importância na manutenção e transformação da nossa dinâmica vivencial.

Acusá-la de vilã não condiz com a realidade, já que somos nós os seus gestores. É de uma incoerência vivencial, dar a ela o poder de nos adoecer e ainda mais drástico, independentemente da nossa vontade. Quanta desinformação vivencial! Na realidade, só se tornará nociva circunstancialmente ou por nossa livre escolha, já que é regida pela nossa lógica vivencial e de acordo com o elemento instigador, terá uma ação positiva ou negativa.

Por exemplo: se a lógica vivencial tem como elemento instigador uma frustração ou uma decepção, nesse caso terá uma ação negativa. Já, na busca de um novo caminho, de uma nova resposta, nos manterá ativo, dinâmico até encontrar a solução para o que nos incita a agir.

Acusar a ansiedade como um grande mal que precisa ser extirpada da nossa vida, para o autogerenciamento vivencial, não é o caminho para uma intra e inter relação pessoal e social equilibrada, pois, ao agir assim, inibirá um dos nossos componentes da ação. Logo, não podemos nos esquecer da sua importância na busca de solução para os nossos conflitos vivenciais. Cuidado!!!! Dopá-la ou inibila só nas situações emergenciais, naquela em que a pessoa não consegue, naquele momento, estabelecer um controle sobre si, porém, nunca se esquecendo que ela instiga a autoconsciência/autorreflexão a encontrar uma solução para os nossos desafios e conflitos vivenciais. Saber lidar com que a descontrola é algo imprescindível para a qualidade da nossa dinâmica vivencial. Nós somos, a cada dia, o resultado das nossas escolhas. Nós é que criamos os motivos da nossa ação, seja por nossa livre escolha ou instigado pela vida. Porém, nunca se esqueça que em termos vivenciais, você só pode mudar o que ainda não aconteceu.

Enfim, nós a controlamos, gerenciando situações, acontecimento ou pensamentos, que podem provocar o nosso descontrole, tais como: experiências negativas, acontecimentos inesperados, etc., que podem transformar determinadas vivências em algo apavorante. Logo não há como tratá-la, sem tratar a causa desse descontrole. Só a pessoa pode controlar os estímulos que a levam a ficar descontrolada.

Não se engane e não se deixe enganar, é de fundamental importância que cada pessoa assuma a responsabilidade sobre o seu estado ansioso, não colocando em terceiros, no mundo ou no corpo, a responsabilidade.

Para o autogerenciamento vivencial, abordar a ansiedade como doença e com medicamentos é confundir “existência física” com “manifestação física” e tratar algo que depende mais da conscientização da pessoa do que dos remédios. Além do mais, é anular um dos elementos instigador da ação.

Para refletir!!!Nunca se esqueça que os seus ouvidos querem ouvir dos seus pensamentos palavras de amor e carinho e que o coração quer senti-las.

Drº Cláudio de Oliveira Lima – psicólogo

Email:
[email protected]
hotmail:
[email protected]
blog:
wwwnovaconsciencia.blogspot.com