"arrancai uma flor de seu lugar no oásis que o deserto abrasa, plantai-a num solo fértil, regai-a todos os dias, e ela murchará e morrerá."

O Egípcio de Mika Waltari

O homem vive em busca de prazeres. Uma constante e eterna busca, quem sabe uma insaciável busca.

O fato é que para alimentar seus desejos o ser humano é capaz de tudo e para tal, empreende o necessário e por vezes o escrúpulo, a educação de berço e o respeito ao semelhante e ao diferente é guardado na gaveta.

A carência e a busca exacerbada pelo possível e impossível fazem com que o ser humano seja capaz de alimentar seu ego de formas distintas, dentre uma delas: aprisionando animais silvestres.

Quão linda é a imagem que temos diante dos animais em liberdade... Diga-me que graça tem um bicho enjaulado, um bicho amedrontado e aprisionado?

Sempre que me deparo com notícias de contrabando de animais – que só ocorre uma vez que há destinatário final – fico imaginado se um bando de animais nos aprisionasse e nos forçasse a viver com eles... Cobrisse-nos de carinho, mas nos forçasse a separação do convívio com os nossos semelhantes, nos impedissem de namorar, casar, gerar filhos... Como nos sentiríamos?

Oras o que não queremos para nós, não façamos com os semelhantes, mas também não façamos com os não tão semelhantes assim.

Respeitar a vida e todas as formas de vida é uma conduta que qualquer ser humano provido de coração deve ou ao menos deveria ter.

É chegada a hora de curarmos nossas carências em terapias ou sei - lá o que e termos atitudes condizentes com a nossa linhagem de animais racionais.