Morro de São Paulo, lugar exuberante em que a essência é negada, onde somente a aparência é vista. O capitalismo se apropria de um território que não o pertence, obrigando as pessoas que ali residem a irem para outros locais, não estando nem ai para a população trabalhadora.
Morro de São Paulo é um território sem identidades próprias, onde suas marcas foram perdidas, ou seja, o sistema capitalista quis mercantilizar tanto aquele território que este deixou de ser um espaço próprio com suas próprias individualidades e características para ser algo copiado de outras regiões, de outras realidades.
Foi visto que ali impera o consumismo, as coisas ganham valores exorbitantes, pequenas mercadorias excedem seu preço original, assim percebe que aquele espaço é vendido, ou melhor, as coisas quando estão naquele território por mais simples que seja lá vai ser caro, pois o preço não é só embutido no produto, mas também no espaço em que este produto está.
O espaço foi totalmente modificado graças ao turismo. Ali é um território mercantil, as relações capitalistas são bem nítidas, exploração do trabalhador que não percebem essa relação. Pelos questionários aplicados muitas foram às respostas dos trabalhadores, no entanto essas foram quase que a mesma. Quando indagadas se o seu salário é condizente com as suas despesas e se possuem condições adequadas de trabalho estes dizem que sim que lá tudo é bom e que o único problema de Morro de São Paulo são as drogas que depois que se tornou um paraíso, muitos turistas as levam para lá e que o índice de marginalidade, de crimes é muito alto. Assim percebe-se que a população consegue associar as mudanças negativas ao turismo, no entanto não se identificam como classe trabalhadora que ora é explorada pra o bem estar do capitalismo. Avaliam o seu trabalho como ótimo que ali eles conhecem pessoas novas a todo instante, que podem conhecer a cultura e assim não precisam nem sair do seu lugar para conhecer o mundo.