Analise entre As Ideias de Karl Marx no Filme Sede de viver de Vicente Minnelli.

Relação do Filme “Sede de Viver” com direção de Vincente Minnelli de 1956 e o pensamento de de Karl Heinrich Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 — Londres, 14 de março de 1883) através do texto “As Ideias Estéticas de Marx” de Adolfo Sanchez Bazquez.

“Sede de Viver” conta a história de Vincent Van Gogh (Zundert, 30 de Março de 1853 — Auvers-sur-Oise, 29 de Julho de1890) do qual é considerado um dos maiores pintores de todos os tempo.

O filme, narra a trajetória de vida de Van Gogh  e sua luta pela sobrevivência, enfrentando problemas sociais e familiares por amor a arte. O longa começa com o Pintor tentando seguir os passos do pai que era um pastor Evangélico, indo para uma pequena cidade de moradores que trabalham em uma carvoaria, lá Van Gogh se depara com problemas sociais vivido pelos mineiros. Nesse ponto do filme fica muito claro o processo de alienação descrita na obra de Marx, onde  tem pessoas trabalhando para ganhar dinheiro e sobreviver; E o personagem principal em questão parte de outros pensamentos marxista, pois vai ajudar o povo, e tentar entende-los, ou seja, Marx acreditava que não bastava conhecer a realidade, é importante vivenciar para através dela, se fazer mudanças.

 Neste momento o filme mostra já Vincent Van Gogh, desenhando algumas coisas, relacionado ao meio que vive, e o que ver no dia-dia. Entre outros momentos e acontecimentos, Van Gogh volta para o campo, junta a sua família, a pedido do seu irmão Theo, um homem que trabalha como vendedor de obras de artes, uma espécie de mecenas. Nesse momento no campo, Van Gogh pinta muita coisa e vai aperfeiçoado seu talento.  Continua a reproduzir o que ver: trabalhadores no campo, lagos e paisagem. Mais uma vez deixa a casa dos pais e vai em busca de seus objetivos; conhece uma mulher da qual casa e nesse momento faz alguns amigos que lhe ajudam. No momento que volta para o campo, pois o pai tinha morrido, Van Gogh pinta grandes obras, como “O comedor de batatas”. Logo depois, é forçado pela família a deixar o campo mais uma vez, e segue viagem para Paris, a convite do seu irmão Theo. Lá se depara com pintores impressionistas, e logo se apaixona pelo jogo de luz e sombras e passa a utilizar em suas obras. Nesse momento fica muito amigo de outro pintor, Paul Gauguin (Paris, 7 de Junho de 1848 - Ilhas Marquesas, 8 de Maio de 1903) e do qual vai esta presente em sua vida até a morte.

Van Gogh em um determinado momento começa a ter problemas psicológicos e entre idas e vindas, termina sua vida em um centro de reabilitação, e depois de muitos problemas volta a pintar até a sua morte.  

O texto em questão traz o assunto da arte e suas denominações sociais, e como a sociedade durante o tempo as modifica. Vem trazer o pensamento da sociedade burguesa, o capitalismo ligado à arte e discussões a cerca da arte popular, de massa.

O que podemos ver claramente entre o filme e o texto é o caráter comercial das obras de Van gogh, visto que em vida, o artista nunca conseguiu viver de suas pinturas, e logo a sua morte, se tem uma valoração, não estética, mas de mercado. E até hoje está aí para vermos, as obras de Vincent Van Gogh, que são caríssimas. Isso tudo ligado ao processo histórico  que Marx atribuiu ao sistema social, Ou seja, com o surgimento do capitalismo o homem passa a fazer parte de um processo de mercado/do que vale mais, isso tem origem lá na idade média,  e perpassou  séculos.

Não podemos mudar o capitalismo que existe em nossa sociedade, nem podemos quebrar todos os preconceitos sociais e históricos a cerca da arte, mas podemos como artistas, educadores, pensadores, e a cima de tudo cidadão, fazermos nossa parte, contribuindo de forma celular em nossa sociedade, para um futuro melhor.