FACULDADE DE TECNOLOGIA DE VALENÇA
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Jorleide De Souza Pinheiro 

Valença
2015

JORLEIDE DE SOUZA PINHEIRO

Análise textual solicitada pelo professor Ulysses Resende da disciplina Ciências Política da Faculdade de Tecnologia de Valença para obtenção de notas relativa à 2ª unidade.

ANÁLISE TEXTUAL: DOIS ENSAIOS SOBRE O SUJEITO E O PODER EM MICHEL FOUCAULT

Foucault em seu trabalho tratou em demonstrar que o sujeito tem uma ligação com o poder. Este segue como exame das maneiras de governamentalidade, e a partir daí que foi possível discutir o poder como uma ideia (conhecimento) central, um lugar exclusivo. Ele apresenta proposta de analisa-lo ao contrário, como um domínio de relações estratégicas entre indivíduos ou grupos-relações que tem como questão central a conduta dos outros, e que podem recorrer a técnicas e procedimentos diversos, dependendo dos casos, dos quadros institucionais ou das épocas.

No decorrer da sua pesquisa, ele descreve diferentes formas de oposições em relação ao poder, no qual ele cita o poder dos homens sobre as mulheres, dos pais sobre os filhos, da psiquiatria sobre os doentes mentais, da medicina sobre a população e da administração sobre a maneira de como as pessoas vivem. Segundo ele essas oposições levam os indivíduos a pensar que jamais ele terá a liberdade de desligar-se dos outros de debruçar-se sobre si próprio e a ligar-se à sua própria identidade. Por outro lado, a partir do momento em que esse indivíduo descobre que esse laço pode ser quebrado ele deixa de ser dominado e passa a dominar e impor lei para que os outros reconheçam nele. Logo, passa a existir dois sentidos para a palavra sujeito: o submetido a outro pelo controle e a dependência e o ligado à sua própria identidade pela consciência ou pelo seu próprio conhecimento. Ou seja, nasce uma forma de poder que domina e que é dominado.

Essa forma de poder, segundo Michel Foucault, cresceu na sociedade através do poder político (estado) que desconhece os indivíduos dedicando-se apenas a um grupo de pessoas escolhido por eles, ou seja, ele demonstra um julgamento aos grupos de órgãos do estado enquanto soberania, força centralizadora do poder.

Foucault também faz uma análise das relações de poder e relações estratégicas. Ele descreve que assim como em um jogo o individuo traça planos estratégicos para desviar o caminho em que seus inimigos possam vencer, assim também acontece com a relação de poder quando alguém aplica um meio para tentar ter o comando sobre o outro, ou seja, a estratégia de afrontamento (guerra ou jogo) idealiza as relações de poder, e esses quando aderem o seu próprio desenvolvimento, e desvia-se dos obstáculos formais, pode estar subordinado a tornar-se uma estratégia vitoriosa.