Este artigo é essencial para quem deseja investir no segmento de calçados, seja para abrir uma empresa, um franchising ou até mesmo ter ideias de negócios e saber um pouco mais sobre o mercado para aproveitar as oportunidades do ramo.

Aparentemente, o setor vem enfrentando diversos desafios no mercado brasileiro há alguns anos, no entanto, o consumidor parece disposto a gastar neste segmento. A questão é saber que tipo de empresa poderia ser criada para desenvolver produtos com foco no cliente, agregando valores como inovação, qualidade, design e preço acessível ou se há alguma franquia que tenha em seu DNA o foco na diferenciação.

Segundo Abicalçados (Assoc. Bras. da Ind. de Calçados) e Secex (Portal Bras. do Com. Exterior), desde a década de 90 o mercado começou a perder espaço nas exportações, listando entre os motivos, a fraca moeda antes do período “Real” o que levou a uma crise no setor, pois as empresas não conseguiam mais honrar compromissos ou negociar bons valores com o mercado internacional. Isso levou a perda de competitividade e abertura do espaço para a China.

Ainda segundo as entidades, os números de 10 anos a partir de 2003 mostram ainda queda na exportação e avanço no mercado interno, ou seja, o brasileiro está comprando e sustentando o mercado.

Exportações de calçados entre 2003 e 2013 (US$ milhões)

A variou em média de 2% a 0,5%, sendo que de 2003 a 2008 se manteve quase a US$ 2 mihões e depois começou a declinar, terminando 2013 com pouco mais de US$ 1 milhão. 

Produção para mercado interno entre 2003 e 2013 (milhões de pares)

No que se refere à produção, houve um pico em 2004 quando chegou a 916 milhões de pares e a partir disso começou a decair se mantendo estável até 2009 com cerca de 800 milhões de pares. A partir de 2012 e 2013 sentiram novo aumento terminando com 890 milhões de pares.

Em 2014, o setor calçadista fechou com queda de 4,7% na produção, retraiu 3,9% nas exportações e 3,1% nas importações. Vários motivos foram pontuados pela Abicalçados como a Copa do Mundo e o momento eleitoral conturbado que gerou incertezas no mercado internacional.

Com a queda da demanda, mais de 20 mil postos de trabalhos não deixaram de ser preenchidos e houve queda do emprego no setor. Os planos para 2015 e 2016 serão “arrumar a casa” e retomar o crescimento. Para isso, um fator é unânime, aumentar a competitividade em relação à design, inovação e qualidade.

Uma estatística interessante foi tirara de uma pesquisa perguntando quais presentes o público brasileiro compraria para presentear no Natal de 2014. Roupas e calçados foram os preferidos com 74,4% das escolhas, embora em 2013 eram 77,3% de acordo com o Instituto Ipsos e ACSP – Assoc. Com. de São Paulo.

Artigo escrito por Albert Takahashi do Invista Franquia (www.invistafranquia.com.br)