Resumo O presente artigo é resultado das constatações feitas na escola em causa ao se aperceber que muitas destas raparigas apresentam o aproveitamento escolar abaixo da média e, para tal avança com algumas hipótese que podem estar na origem da situação e posteriormente são lançadas algumas propostas que visam contribuir para o desenvolvimento não apenas educacional mas também social destas raparigas. Para a materialização do trabalho toma-se em consideração fontes bibliográficas, baseando em obras de CAMPOS (2002, p.107), AFONSO (2000, P.46) que permitem maximizar a compreensão dos aspectos já estudados e fornecer linhas de orientação para o desenvolvimento da pesquisa, bem como a identificação de tópicos e assuntos que mereceram atenção especial no momento da pesquisa. No entanto, outras literaturas são apresentadas para a complementaridade da mesma. Palavras- Chaves: Raparigas, Chefe de Familia, Escola.
Análise da Estratégia do professor no atendimento da Rapariga Chefe de Família na
Escola: Estudo de Caso da Escola 7 de Abril, Dondo - Moçambique

I. Introdução O trabalho cujo tema é “Estratégia do professor no atendimento da Rapariga Chefe de Família na Escola” realizado na Escola 7 de Abril no Bairro de Nhamawabwé localizado no Município do Dondo Província de Sofala, visa essencialmente reflectir sobre o desempenho da rapariga chefe de família na escola tendo em conta as responsabilidades que ela tem no seio familiar. O caso de adolescentes chefes de família acontece em todo o país,. Segundo dados do Inquérito Demográfico de Saúde (IDS), de 2011, Moçambique conta com cerca de vinte mil crianças órfãs que na sua maioria são raparigas que são chefes de agregados familiares. E o cenário revela uma situação de crianças cuidando de outras crianças. Ou por outras são crianças órfãs de pais sob cuidados de outros familiares responsáveis, sendo mais frequente estarem aos cuidados das avós, que não possuem condições dignas para manter a criança na escola, uma vez que ela não trabalha, e ao invés do responsável cuidar dos menores, os menores é que cuidam das avós, obrigando-as à abandonarem a escola para procurarem condições de sobrevivência. Outro dado importante vem do Relatório de Moçambique Beijing+20 sobre a implementação da declaração e plataforma de acção 2014 que diz “Os resultados na área de educação demonstram que são notáveis os avanços na formação e capacitação da rapariga e alfabetização da mulher, facto notável pelos índices de crescimento do número de raparigas nas escolas em todos os níveis de ensino e educação profissional, quer nas zonas urbanas e rurais. No conjunto das principais realizações de Moçambique após a adopção da Declaração e Plataforma de Acção de Beijing, destacam-se os seguintes: Maior acesso da rapariga na educação. Na área da educação concretamente no ensino primário em Moçambique o qual compreende dois graus, 1º grau (1ª/5ª classe) e o 2º Grau (6ª/7ª classe). Neste âmbito, o Pais atingiu níveis conducentes ao alcance da paridade, tendo sido atingida a taxa líquida de escolarização no ensino primário de cerca de 95.1 %, o que significa uma subida considerável comparada com 2009 (93.8%).