ANÁLISE AMBIENTAL DA RUA BENJAMIN CONSTANT NA CIDADE DE UMBAÚBA, SE

Gleicy Kelly Silveira SilvaI; Dr. Gregório Guirado FaccioliII; Makel Bruno Oliveira SantosI

IPós ? Graduando do curso de Gestão Ambiental, Pio X, Aracaju/SE ? Brasil
IIProfessor da Faculdade Pio X, Aracaju/SE ? Brasil
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RESUMO

A cidade é um lugar onde há concentração de pessoas onde se deve ter uma infra-estrutura com no mínimo serviços de água e esgoto. A população com o passar dos anos busca uma evolução tecnológica que a impõe superar os desafios que o meio de vivência a coloca. Assim, o crescimento populacional deveria acompanhar a infra-estrutura que os municípios têm a oferecer, coisa que não acontece e que gera um planejamento urbano inadequado e que não garante uma boa qualidade de vida à população.

Palavras-chave: infra-estrutura, planejamento urbano, população.
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INTRODUÇÃO

A sociedade mundial atualmente vem passando por grandes problemas no ambiente urbano devido à falta de infra-estrutura, muita das vezes provenientes do descaso das autoridades governamentais vigentes. O acelaramento populacional brasileiro é um dos grandes motivos pelos quais ocorre o mau planejamento das cidades, que ocasiona grandes problemas socioambientais que traz a população arriscarem as suas vidas.
O homem é um agente ativo no processo de modificação do meio urbano, vários problemas relacionados ao meio ambiente estão associados com a participação ativa do homem. Um bom exemplo são as áreas urbanas que sofrem a interferência do mesmo, várias são as alterações ambientais praticadas como: desmatamento, canalização, construção de barragens que mudam o curso dos rios, edificações, poluição e também produção de gases tóxicos agressores do meio ambiente.
A cidade de Umbaúba localizada no estado de Sergipe enquadra-se neste contexto de cidade de produção do espaço urbano acelerado de forma desordenada. A rua Benjamin Constant, apresenta características de uma ocupação populacional não monitorada por agentes responsáveis em fiscalizar a utilização do solo urbano.
A partir da ocupação deste solo em questão o poder público tem como dever implantar os serviços públicos que todo cidadão brasileiro tem por direito assegurado na constituição como: esgoto, água potável, iluminação, parque, coletas de lixo.
Este trabalho tem como objetivo analisar os problemas ambientais ocasionados pela ausência de rede de esgoto na principal via de movimentação da cidade de Umbaúba/SE ? Brasil.

REFERENCIAL TEÓRICO

O espaço urbano é a cidade, lugar de concentração de pessoas e dos meios de produção, os quais exigem a implantação de infra-estrutura, aí compreendidos os serviços de água e esgoto. (VENDRANEL; MENDES; KOHLER, 2003).
As cidades são resultados do social e do político enquanto processo, as primeiras cidades tiveram suas localizações determinadas pelas condições naturais, de um momento histórico, em que a humanidade busca ao passar dos anos a sua evolução tecnológica, superando os desafios impostos pelo meio. (CARLOS, 1999).
Segundo Mota (1999, p. 17) "O aumento da população e a ampliação das cidades deveria ser sempre acompanhado do crescimento de toda a infra-estrutura urbana, de modo a proporcionar aos habitantes uma mínima condição de vida." Ainda segundo o mesmo autor, "a ordenação deste crescimento faz-se necessária, de modo que as influências que o mesmo possa ter sobre o meio ambiente não se tornem prejudiciais aos habitantes." Entretanto, a realidade do processo de urbanização é bem diferente do ideal. Na maioria dos casos esse processo ocorre a partir de um planejamento inadequado gerando um crescimento desordenado, acompanhado da falta da infra-estrutura capaz de garantir a mínima qualidade ambiental.
Conforme Dias, Pereira e Virgílio (1999), a disposição de efluentes domésticos possui uam estreita relação com os aspectos ambientais e conta com uma gama de requisitos técnicos e legais que orientam os procedimentos relativos ao esgotamento sanitário, desde a elaboração e avaliação de projetos até o tratamento e lançamento de esgoto tratado.
Os projetos de esgotamento sanitário, quando corretamente executados, têm a finalidade de minimizar os efeitos de lançamento do esgoto in natura sobre o ambiente, caracterizando-se, assim, como um impacto positivo, possibilitando a redução dos índices de doenças e de perigo à saúde da população, a melhoria de qualidade das águas para os diversos usos. (DIAS; PEREIRA; VIRGÍLIO, 1999).
De acordo com a resolução do CONAMA nº 020/86, diz que o enquadramento dos cursos de água, estabelece as classes das águas doces, salobras e salinas segundo os usos preponderantes. Estas classes devem ser observadas com a finalidade de planejar o lançamento de efluentes domésticos, de acordo com os respectivos parâmetros físico-químicos e bacteriológicos.


METODOLOGIA

De acordo com IBGE (2009), o município de Umbaúba está localizado na messorregião do leste sergipando, e microrreguão de Boquim, tendo como limítrofes Indiaroba, Cristinápolis, Itabaianinha e Santa Luzia do Itanhi. A altitude é de 11º23?00 sul e uma longitude 37º39?28 oeste, estando a uma altitude de 130 metros. A área do município é de 121 Km². O clima é megatérmico úmido e sub-úmido, com temperatura média de 23ºC e pluviosidade média anual de 1.387.3mm. A população do município é de 21.397 pessoas. O relevo é tabular dissecado com planícies fluviais onde afloram as rochas cristalinas mais antigas. O solo é do tipo podzólico vermelho-amarelado. A vegetação de Capoeira, Mata e Caatinga. O município está inserido em duas bacias hidrográficas, do Rio Real ao Rio Piauí. Contitui drenagem principal os rios Itamirim, Guarerema e Riacho Pagão.
Na análise ambiental serão observados os problemas ambientais ao percorrer da principal via urbana no município, onde a população vive. No estudo será trabalhado o ambiente urbano.
A princípio será realizada uma avaliação geral da Rua de movimentação da principal da cidade, através de visita in loco; será feito registro fotográfico e anotação dos problemas observados como: esgoto a céu aberto, escoamento da água da chuva em bueiro que leva o resíduo a rio que abastece a cidade, poluição visual, entulho de construões, lixo doméstico, falta de uma rua arborizada já que há uma grande ciculação de pessoas.
Após toda a obervação será feito uma tabela, levando em consideração todos os tipos de problemas encontrados e o seu nível de grandeza.
Será entrevistada toda a população residente da avenida para cada grupo de famílias que moram nas residências citar pelo menos dois problemas encontrados na cidade pela falta de rede de esgoto, com o objetivo de averiguar se a visão dos moradores se conecta com o que foi visto na observação da área.


RESULTADOS ESPERADOS

Após a análise dos dados espera-se identificar os principais agentes que problematizam a rua em estudo. Desse modo, poderá avaliar o que será encontrado e a partir disso, haver possibilidade de ter resolução para o parâmetro de maior número de incidência que é a possível contaminação da população proveniente da água do rio abastecedor da cidade, rio este que recebe as águas oriundas das chuvas e esgotos que atravessam a cidade e despejam todos os objetos diretamente no rio através de um bueiro.
Outra maneira de evitar um maior grau de risco a população será solicitar a defesa Civil, para avaliar a área onde poderá está sujeita a desabamento, para que juntamnete com o poder público do município e sua secretaria de meio ambiente possam criar métodos que garantam uma melhor qualidade de vida aos munícipes.

ORÇAMENTO
Valor (R$)
Câmera Digital 699,00
Combustível 300,00
Cópias (Xerox) 30,00
Contratação de Laboratório para Análise da Água 350,00




CRONOGRAMA

ATIVIDADES
MESES Revisão de Literatura Análise da rua Visita aos Rios Análise da Água Aplicação de Questionário Análise dos dados
Janeiro X
Fevereiro X
Março X
Abril X X
Maio X
Junho X
Julho X
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro


REFERÊNCIAS

CARLOS, A.F.A. A cidade. São Paulo: Contexto, 1999.

DIAS, M.C.O.; PEREIRA, M.C.B.; VIRGILIO, J.F. Manual de impactos ambientais. Fortaleza: Banco do Nordeste, 1999.

IBGE. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=2 80760>. Acesso em 28 maio 2010.

KOHLER, V.B.; MENDES, C.M.; VENDRAMEL, E. Considerações sobre os serviços de água na produção do espaço urbano de Maringá-PR. Londrina, 2003.

MOTA, S. Urbanização e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: ABES, 1999. 353p

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 20, de 18 de junho de 1986. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res2086.html>. Acesso em: 11 jun. 2010.