Defende-se, com muita frequência, que por via do avanço da ciência e da tecnologia, o mundo está cada vez mais pequeno. Não há, numa perspectiva espacial, distâncias intransponíveis, essencialmente quando se aborda a questão das viagens. Hoje, as distâncias são medidas em unidades de tempo, para cada trajeto a percorrer, utilizando um qualquer meio de transporte. Vive-se na era da globalização, que é irreversível e à qual nos temos de adaptar.

O conhecimento, a cultura, a ciência, a técnica, a circulação de mercadorias, pessoas e bens, praticamente, não tem limites. As relações humanas acompanham esta evolução, sendo possível comunicar-se, com uma pessoa, a milhares de léguas de distância, em direto, ao vivo e em simultâneo; assistir a um determinado acontecimento, participar, interagir, um pouco como se estivéssemos na presença com quem se conversa, do facto a decorrer, do acontecimento cultural, desportivo, científico, tecnológico, bélico, sideral. Quase tudo é possível neste mundo global.

Pode-se, portanto, admitir, sem grande constrangimento, que o mundo é tão pequeno que facilmente as pessoas se cruzam, em condições que se aproximam da realidade, quando se utilizam as tecnologias da informação e da comunicação - mundo fantástico -; como também, em poucas horas, elas se encontram, presencialmente, numa parte qualquer do planeta – mundo real -. Há duas dimensões que, cada vez mais, se complementam e completam: dimensão virtual; dimensão real.

Assim se pode chegar a uma grande verdade, infelizmente, para muitas pessoas, ignorada: o mundo é cada vez mais pequeno, tem imensas “esquinas”, as quais, as pessoas vão dobrando, ao longo das suas vidas. Nestas “esquinas” encontram-se, quase que se tocam, fisicamente, amigos, conhecidos, colegas, adversários e inimigos, sendo que a alegria ou a tristeza, podem provocar extroversão ou introversão, respetivamente.

É sempre interessante refletir, sobre aspetos concretos da situação da vida real das pessoas. Meditar, profundamente, com rigor e honestidade intelectual, é um exercício muito exigente, que pode colocar, em circunstâncias desagradáveis, perante a consciência de quem se predispõe a este ato de recolhimento, de auto-avaliação muito crítica, eventualmente, muito negativa, quando se analisam princípios, valores, sentimentos, emoções, comportamentos ações e reações, deles decorrentes e realmente efetuados. O Tribunal da nossa Consciência é infalível.

Atualmente: corre-se à procura de bens materiais – que sem dúvida são necessários à vida, com alguma qualidade -; luta-se pelo poder, qualquer que este seja, em detrimento do ser, do ser pessoa digna, de respeito, de princípios, de valores e de  sentimentos – igualmente se concorda com a existência e fruição do poder (não o poder-pelo-poder) porque ele é essencial à satisfação de necessidades básicas de toda a pessoa (veja-se a pirâmide de Maslow) -; vive-se na preocupação de se ganhar, pelo menos, uma etapa da vida, qualquer que seja a natureza da corrida, porque é importante, para alegadas supostas “super-auto-estimas” demonstrar que se é melhor, mais forte, mais influente, mais dominador, ainda que, quantas vezes, à custa da humilhação, da rejeição, da mágoa, dor, sofrimento e desgosto dos mais fracos e inocentes.

Mas de facto, o mundo é muito pequeno, está pontuado das tais “esquinas” e, muitas pessoas, assoberbadas com o ritmo louco da vida que pretendem levar, ignoram que, mais tarde ou mais cedo, vão “tropeçar” numa dessas “esquinas”, encontrar-se, precisamente, com outras pessoas a quem, eventualmente, já tenham beneficiado ou prejudicado, de quem já se tenham considerado amigas e, entretanto, esquecendo, ou, quem sabe, “matando” tal amizade, se tornam indiferentes, desconfiadas, adversárias e, pior do que isso, inimigas. Numa destas “esquinas” pode acontecer o arrependimento, a resolução do que ficou mal resolvido na vida passada.

É nesta perspectiva racional-axiológica e sentimental-emocional que se devem dobrar as “esquinas” do mundo e, já agora, também as da vida. É, igualmente, nesta linha, que a imprescindibilidade do exercício assertivo, de uma amizade sincera, incondicional, conquistada e consolidada, ao longo da vida, (ou mesmo durante um pequeno período de convivência mais intensa e íntima), se pode revelar como a grande solução de situações que, por uma qualquer incapacidade, circunstância ou infelicidade, ficou mal resolvida no passado, mais ou menos remoto e que, quanto mais tarde demorar a solução, maiores são as mágoas, os sofrimentos e os desgostos.

Afirmar-se que a par da saúde, da família, do trabalho, da qualidade de vida, da felicidade (qualquer que seja o conceito que cada pessoa dela tiver), da Graça Divina, ter um amigo, pelo menos um, que nos ame com um genuíno e ilimitado “Amor-de-Amigo”, certamente, isso representa um valor, também um sentimento. É sabido que a amizade implica muitas exigências, valores, caráter, dádiva, renúncia à desconfiança, ao egoísmo, à humilhação, à indiferença, à desconsideração, à vingança e ao ódio.

Ter um amigo é uma responsabilidade imensa porque, não sendo exigência ou caraterística da amizade, na verdade, o comportamento recíproco, tácita e voluntariamente, como que se impõe, sob pena de um dos amigos não retribuir a afeição recebida, pela simples razão de que nem sequer sabe como reage o amigo, quando recebe uma determinada gentileza. Gestos simples que valem tudo na vida.

É claro que quando se conquista e consolida um amigo, não se está à espera de qualquer atitude de retribuição, até porque esta decisão cabe, por inteiro, à pessoa que recebe por amigo, quem a considera, estima e ama, com o singular e exclusivo “Amor-de-Amigo”, ou seja: a Amizade só é verdadeiramente um sentimento único, quando funciona nos dois sentidos, entre duas pessoas que, sem quaisquer dúvidas, se querem bem, se gostam, se respeitam e estimam. Os amigos incondicionais estão sempre solidários.

Mas então que qualidades, princípios, valores, sentimentos e atitudes deverá ter uma pessoa para que se possa considerar amiga de outra? Será possível selecionar os amigos? Por vezes escolhemos determinadas pessoas para nossas amigas e começamos por dar o exemplo, tornando-nos amigos delas.

Nesse sentido, e com tal objetivo, fazemos a nossa aproximação e, poderá, então, nascer uma certa empatia, um desejo de estarmos mais presentes. Começamos a abrir o nosso espírito, fazermos daquela pessoa nossa confidente, nossa conselheira, nossa protetora. Esta pessoa entra de facto na nossa vida.

O perfil do amigo, que se busca nesta reflexão, passa, inevitavelmente, por princípios, valores, sentimentos, conduta ético-moral, respeito, solidariedade, amizade, lealdade, cumplicidade, sigilo total, consideração e estima, defesa intransigente do amigo, sempre que este for vítima de injustiças, quaisquer que estas sejam, sempre que afetem a honra, reputação e dignidade do nosso amigo. É o amigo que “dá a cara pelo amigo”.

O amigo em quem se pode confiar plenamente é aquele que: nunca nos abandona; que mesmo sem ser solicitado, está permanentemente presente; que se apercebe das nossas dificuldades e nos ajuda a superá-las, sem lhe pedirmos; que se preocupa com o nosso bem-estar e o da nossa família; que nos incentiva, orienta e rejubila para e com o nosso sucesso, respetivamente.

O amigo de verdade, do coração, especial, é aquele que nos ama, pura e incondicionalmente, com o tal ilimitado “Amor-de-Amigo”; é aquele que, quantas vezes, humilhado, desconsiderado, ridicularizado, eventualmente, odiado, por aquele de quem é amigo, continua ao seu lado, desejando-lhe sempre, para ele e família, todo o bem do mundo, felicidade, saúde, trabalho, sucesso, e proteção Divina. Este é o amigo único, exclusivo, do peito, especial, que continuará a afirmar que nunca será inimigo de quem o desprezou. Este é, sem qualquer dúvida, o amigo incondicional.

O amigo verdadeiro, integral, solidário, leal, generoso, tolerante, carinhoso, meigo enfim, muito especial, é aquele que: se preocupa com a saúde do seu amigo que, se necessário, o vai visitar a casa ou ao hospital; que incute ânimo e coragem, lhe transmite mensagens de esperança, de confiança, votos reiterados e sinceros de melhoras definitivas; aquele que, mesmo sendo ignorado, continua do lado de quem o magoa.

Com efeito: «A relação de Amizade é uma grande manifestação do Amor humano. O Amor de Amigos é Amigável, puro e sem hipocrisia. A pessoa escolhe livremente gostar dessa pessoa, amar essa pessoa, a que chama AMIGO. A pessoa não está ligada à outra pelo instinto! É uma simpatia pela pessoa. Amizade pode existir entre homem e mulher, entre homem e homem, entre mulher e mulher. Neste Amor de Amizade não há! Não existe atracção sexual. A verdadeira Amizade ou seja Amor de Amigos, trás muita alegria, a pessoa Ama e dá sem esperar nada em troca. Não Ama o Amigo pelo que ele fez ou faz! Ama independentemente da ajuda, de qualquer coisa que a pessoa Amiga faça.

Nós Amamos os nossos Amigos queremos estar perto deles. Desejamos o melhor para eles. Desculpamos os erros. Temos bons pensamentos, boas palavras, bons sentimentos, bons desejos para os nossos Amigos. Desejamos tudo de bom para os nossos Amigos. Somos sinceros! Puros! Amáveis! Honestos! Leais! Verdadeiros! com os nossos Amigos. Esta é a verdadeira relação de Amizade. Gostamos dos nossos Amigos.” (ROBERTSON, 2007).

Pode deduzir-se que tal amor deve ser cultivado como um sentimento profundo, muito especial, sem reservas, obviamente traduzido nos atos compatíveis com ele. Os verdadeiros amigos, que se sentem inundados por este “Amor-de-Amigo”, devem respeitar-se dentro dos limites que, reciprocamente, se impõem, sem prejuízo das atitudes e dos gestos carinhosos, reveladores de pessoas com bons sentimentos e sem quaisquer outras intenções inconfessáveis.

A amizade traduzida e levada às respectivas manifestações do “Amor-de-Amigo” implica, inclusivamente, passar por uma necessidade de maior proximidade, acompanhamento, atenção, carinho, estima e consideração especiais em relação aos amigos ditos de ocasião. Se em cada duas pessoas houvesse este verdadeiro “Amor-de-Amigo”, o mundo estaria bem melhor e a felicidade seria possível.

Considere-se, igualmente, uma outra interpretação, segundo a qual:  «Um amigo verdadeiro é aquele que nos apoia, que é leal connosco, que nos respeita, que investe no nosso desenvolvimento, nos ajuda a expandir os nossos horizontes, que nos incentiva, alguém com o qual temos afinidades idênticas ou diferentes mas que nos completa, com quem partilhamos os nossos sonhos, aquele que nos elogia ou nos diz as verdades no momento certo, aquele que nos empresta um ombro para chorar, mas também aquele que nos faz rir, aquele com quem gostamos de conversar sem receio, ter um diálogo sincero e verdadeiro, aconselhar-nos, alguém que não nos cobra nada, que nunca desconfia de nós, alguém de quem temos saudades quando não está por  perto, em suma que faz de nós uma pessoa melhor e feliz. Por vezes, nem sempre dizemos aos nossos amigos o quanto eles são importantes para nós… por isso quebrem esse silêncio e digam-lhes!» FERNANDES in http://oquemevainacabecaagora.blogspot.com/ acessível em 10.09.2010).

O amigo que todos precisam de ter, ainda que seja apenas um, é aquele que: gentilmente, e com sinceridade, aprecia os nossos pequenos gestos, palavras simples, dádivas humildes; compreende as nossas fraquezas, os nossos erros, os nossos momentos menos felizes e nos aconselha, protege e reforça, ainda mais, se possível, a sua amizade. Costuma-se dizer que os verdadeiros amigos se revelam na doença, na prisão e nas dificuldades da vida, em relação ao amigo. Este será o amigo incondicional, especial, aquele que guardamos no nosso coração, para sempre.

Indubitavelmente que ter um amigo verdadeiro, muito especial, é um grande privilégio, uma dádiva Divina, porque é extremamente difícil ter-se um amigo com tantas qualidades, virtudes, valores e sentimentos, também muitas exigências, mas não é impossível, basta que sejamos sinceramente honestos e saibamos amar o amigo, retribuir-lhe tudo o que ele nos dá, ou até muito mais! É possível encontrar um amigo com estas dimensões? Acredito que sim, embora reconheça que cada vez é muito mais difícil. Vive-se uma crise de valores, de caráter e de honra.

Ao longo da vida convivemos com milhares de pessoas: da família, passando pelas instituições, as mais diversas; aos locais da escola, do trabalho, da formação, do lazer, das atividades cívico-políticas e religiosas. Nas várias intervenções e papéis que vamos realizando, umas vezes ganhamos, outras perdemos. Ganhar um amigo, custa muito; mas perdê-lo, é num ápice.

É frequente sermos prepotentes, arrogantes e dominadores, quando ganhamos; e sermos invejosos, mesquinhos, repressivos e vingativos, quando perdemos. Esquecemo-nos, então, das tais “esquinas do mundo e da vida” e que a inversão de situações, tanto nos pode ser favorável, como prejudicial. Quase tudo é efêmero, mas uma amizade sincera, uma entrega leal, um comportamento solidário, podem durar para lá da morte física, mas para isso é necessário sermos firmes, ética e intelectualmente honestos.

Quando estamos na “mó de baixo” aceitamos o amigo, tudo o que ele, eventualmente, faz por nós, todavia, se passamos para a “mó de cima”, tendemos a esquecer quem esteve, incondicionalmente, ao nosso lado, quando ninguém mais quis saber de nós. Nesta posição, de aparente superioridade, até há quem humilhe, rejeite, desconsidere ridicularize o amigo que agora está por baixo, eventualmente, devido a insuficiência económica, perda de influência, doença, idade. Isto dói muito.

Esquecemo-nos que, algumas vezes, quando tínhamos uma vida com algumas dificuldades, foram aqueles que, incondicionalmente, estiveram ao nosso lado, com solidariedade, amizade, lealdade, completamente disponíveis para nos ajudar a vencer os momentos menos bons da vida. Foram aqueles que se preocuparam connosco, com a nossa família, com o nosso êxito. Nunca nos abandonaram, nem tiveram vergonha de nós, por muitas falhas na vida que pudéssemos ter.

Ignoramos que, aqueles nossos amigos verdadeiros, nos abriram os seus corações, as suas vidas, que sempre quiserem partilhar connosco: os seus sucessos, projetos, singulares banalidades, convívios, um simples cafezinho, uma palavra amiga, um olhar terno e carinhoso, uma companhia, social e profissionalmente, amigável.

Agora, cansamo-nos destes amigos. Não queremos saber deles porque já não nos servem, os nossos projetos são muito importantes para os partilharmos com amigos tão fracos, ingénuos, demasiado humildes, sem influências nem poder. Provavelmente, hoje, estaremos noutras dimensões, que consideramos superiores. Teremos, até, vergonha daqueles amigos, tão simples, eventualmente, tão cândidos.

Por vezes pensamos que determinada pessoa é nossa sincera amiga e então, nela confiamos tudo da nossa vida, solidarizamo-nos com ela, sempre que houver injustiças; somos leais, educados, atenciosos, generosos e, se for necessário, até nos incompatibilizamos com outras pessoas que foram injustas e/ou incorretas com o nosso amigo. Tudo se faz por uma amizade incondicional.

Acontece que se a pessoa que consideramos ser nossa amiga, pela qual tudo demos e fizemos, ela não tem igual procedimento, quando somos nós os alvos de injustiças e, pelo contrário, até se relaciona com outras pessoas que, em dado momento, nos ofenderam, magoaram ou foram incorretas connosco, será aquela pessoa, verdadeiramente nossa amiga, quando se junta aos que nos ofenderam e magoaram?

Onde estão a solidariedade, a amizade, a lealdade, a reciprocidade? Será correto que um amigo pactue com pessoas que humilharam o meu amigo? Cabe aqui a sabedoria popular: “Quem não se sente não é filho de boa gente”, ou então: “Quem é amigo do meu adversário, não pode ser meu amigo”, ou ainda: “quem é amigo de quem não é meu amigo, não será amigo meu”. Para as consciências bem-formadas, não se pode “Amar a Deus e ao Diabo” ao mesmo tempo. Se se estiver dos dois lados, então tudo não passa de falsidade, hipocrisia, traição. Nestas circunstâncias, não poderá existir amizade verdadeira, pura, solidária. Não existe amigo incondicional.

Em boa consciência e honestidade intelectual, quando os valores e sentimentos em que acreditamos e os oferecemos, generosamente, à pessoa que consideramos nossa amiga, que pela amizade desta pessoa, lhe abrimos o nosso coração, confiamos os nossos desejos, projetos, dificuldades, às vezes, as mais íntimas, e dela, mais tarde, recebemos a indiferença, a rejeição, a desconsideração, a falta de estima, de carinho e de amizade, tal comportamento provoca profunda mágoa, tristeza, dor, sofrimento e desgosto. Pode conduzir, a emoções fortíssimas, a uma ansiedade tão acentuada e, finalmente, eclodir em situações irreversíveis.

Nestas conjunturas, o amigo que se doou a quem pensava que também era seu amigo, sente-se traído nos seus valores e sentimentos não retribuídos e, pior do que isso, a dor da humilhação, da rejeição, da ridicularização a que fica submetido, pode conduzir à doença: primeiro, do foro psicológico, apatia, depressão; depois, fisicamente, caminhando, inexoravelmente, para a degradação, para a morte inglória, por uma amizade que deixou de ser correspondida e acabou por ser atraiçoada.

Sem dúvida que o mundo é demasiado pequeno: 1) tem imensas “esquinas” e, em muitos momentos da vida, ao dobrarmos uma dessas esquinas, encontramo-nos com pessoas que foram nossas amigas, que nos apoiaram, mas que depois nós abandonamos, desprezamos e humilhamos; 2) Deus é imenso, - e para quem não é crente – Ele, fica representado pelo Tribunal da Consciência, ao qual não temos escapatória possível, que sancionará todos os nossos atos; 3) a vida ensina-nos muito do que precisamos para sobreviver num mundo de falsidades: desde hipocrisias, deslealdades, faltas de solidariedade, desconsideração, mágoas, desgostos, tudo nos vai caindo em cima e assim vamos aprendendo; 4) o passado fica inscrito para sempre na nossa consciência e tudo o que tivermos feito, de bom e de mal, nos será premiado ou censurado, até que a morte nos leve; 5) finalmente, vai surgir a maturidade, o bom senso, alguma sabedoria, a tranquilidade. Aqui haverá uma réstia de esperança na reconciliação e, quem sabe, a retoma de uma amizade que estaria “enferma”; 

Poderá, então, surgir a humildade, a gratidão, a paz de espírito, porém, quantas vezes, estes nobres sentimentos chegam tarde, muito tarde. Restará, então, desejar ao amigo que nos abandonou que siga o seu rumo, que vá com Deus. Numa frase bem sentida, diremos então: “Vai, vai com Deus, Querido Amigo. Vai, vai com Deus, meu Amor-de-Amigo. Deus te proteja.”

Este amigo, que nos abandonou, que nos trocou, que traiu as nossas esperanças numa amizade duradoura, quantas vezes com argumentos injustos, com a frieza de uma racionalidade cirurgicamente orientada para outras pessoas, outros interesses, outras situações, um dia sofrerá, também ele, a hipocrisia de algumas dessas mesmas pessoas com as quais nos traiu. Então saberá valorizar a grandeza dos nossos valores, sentimentos e dedicação que tivemos para com ele. Surgirá aqui a Reconciliação?

Amigo do coração, especial, responsável por promessas de “Amor-de-Amigo”, para sempre, juras de solidariedade, de amizade, de lealdade, do: “estar do seu lado” e nunca do lado do “Amo e do Servo”, ou “em cima do muro”, onde estás amigo exclusivo, verdadeiro, incondicional? Mas esse amigo existe e todos nós poderemos ter a oportunidade de ganhar um amigo assim, o que é um privilégio, diria mesmo, uma Dádiva Divina e que, por isso mesmo, tudo, mesmo tudo, deveremos fazer para nunca o perder.

Como é maravilhoso, então, podermos ouvir de uma pessoa que consideramos nossa verdadeira amiga, frases como: «Querido Amigo, a minha amizade por si continua a mesma, não estou do lado de Deus e do Diabo ao mesmo tempo, estou sempre do mesmo lado (Deus), em particular do seu, poderá sempre contar comigo, seja a nível pessoal, familiar ou profissional em projetos futuros. Também lhe lanço um desafio, aguardo que no próximo ano lance um Manual de Ciências Sociais (por um especialista em CS)! Aguardo este manual e outros livros que venha a comunicar! Obrigado pela sua amizade pura, sincera e incondicional. Muitos beijos para um amigo especial!» (2012).

É de um amigo puro que precisamos. Um amigo, com as dimensões já identificadas, é suficiente para sermos felizes no campo da amizade. Quem conseguir conquistar e consolidar um amigo destes, não morrerá sozinho no hospital, nem na cadeia, nem no infortúnio e terá as dificuldades da vida muito amenizadas.

Eu quero um amigo destes! Onde encontrá-lo? Onde estás amigo especial? Eu sei onde está: tal amigo reside em quem me quer bem, em quem me é solidário, naquela pessoa que me tem amizade, que me é leal, que confia em mim e que, inequivocamente, está incondicionalmente do meu lado, tanto: na alegria, na felicidade, na prosperidade; como na tristeza, na adversidade e nas contrariedades da vida. Esse amigo existe, certamente, e eu acredito nele.

Bibliografia:

 

FERNANDES, Cecília Manuela Gil Fernandes (2010). Profissão versus Amizade. (Disponível em http://oquemevainacabecaagora.blogspot.com/ acessível em 10.09.2010).

ROBERTSON, Maria, (2007). Amor de Amigos. (http://blogamor.blogs.sapo.pt/30407.html, consultado em 05.11.2011).

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