Amiga, amigo, não renuncie...

Por mais injusta, sem lógica, e cheia de agruras que a vida pareça, e talvez, por isso mesmo, só vemos significado no depauperamento, não devemos desistir.

Um abismo, um grave e, aparentemente, intransponível estorvo pode nos convidar ao crepúsculo eterno. Mas, não nos permitamos a vitória da desgraça, sejamos eternos, busquemos a luz, primeiramente, no nosso interior, e, depois, sejamos portadores dela, iluminando as trevas por onde passarmos.

A autonegação não é soluto é, antes de tudo, uma ferida, que não cicatriza, fica nos corações dos nossos familiares, amigos, admiradores, enfim, seres amados.

Se formos capazes de amar, somos úteis, queridos, admirados e a nossa falta causará dor, comoção e, com certeza, um vazio que nunca será inteirado. Uma chaga que não cicatrizará.

A declaração mais lógica para a morte, e aqui chego a ser antagônico, foi proferida pelo gênio Chaplin:

"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deverí­amos morrer primeiro, nos livrar logo disso.

Daí­ viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí­ você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.

Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?" (Charles Chaplin).

Por isso, prefiro procurar um abraço, um sorriso, uma palavra, e, quando isso não for possível, oferto um abraço, um sorriso, uma palavra, e, se não tiver a quem ofertar, volto-me ao meu eu interior e busco a Deus, pois sei que ele estará lá, pois é resposta para tudo. DEUS!