AMÉRICA LATINA E AMÉRICA LATRINA
Ouço as grandes mídias internacionais fortalecendo a impressão que tenho que a ONU nada mais é do que um gabinete americano em territórios mundiais.
Uma organização sem nenhum poder sobre as decisões arbitrárias dos estados unidos.
Como enxergar como organização das nações unidas um congresso composto por muitas nações onde somente os países ricos podem ter votos com poder de veto de decisões.
Não se pode decidir o futuro do mundo como se as pequenas civilizações não fizessem parte dele.
As outras potências mundiais se ajoelham e pedem benção aos americanos como quem celebra a chegada de um deus.
Por mais que algumas ramificações da ONU forneçam algum tipo de ajuda humanitária, por mais que exista boa vontade, na hora de decidir sobre temas lucrativos ou dominadores, é sempre o condomínio dos países ricos que decide.
Nações unidas não permitem guerras, não discriminam povos, não difere América latina da América latrina.
Nações unidas não podem dar o martelo da justiça nas mãos de um único povo.
Nações unidas podem divergir interesses, mas tem a obrigação de caminhar para um acordo igualitário.
As nações unidas precisam dar a mesma força de voto para cada nação.
O nome pomposo pode até sugerir certa seriedade, mas a propaganda do rótulo esconde o gosto amargo do purgante que os países pobres sentem, quando discordam das decisões americanas.
Os estados unidos se enriquecem com a venda de materiais bélicos, semeiam guerras e depois se veste no manto da ONU, para pedir pelos povos destruídos, tudo para limpar sua sujeira.
Aquele que prega a guerra como dialogo, merece a indiferença como resposta.
Não quero aqui desqualificar qualquer esforço pela paz, nem tenho autoridade para isso.
Não vou fingir que não enxergo a importância da contribuição do conhecimento americano, só não acho justo que eles se achem os justos.
Não faço pouco caso da importância da ONU, apenas dispenso a ela a mesma importância que ela dispensa ao nosso povo.
E quando o ego dos estados unidos não couber mais em suas fronteiras, eles expandirão seus tentáculos como um polvo que se espalha sobre sua presa, como um alcoólatra que se embriagou no vinho do poder, e a força que o mundo lhe deu, só poderá ser retirado à força.
A soberba não tem limites.
E qual será o fim?