Ambiente Alfabetizador

O presente artigo nos traz algumas considerações sobre o ambiente alfabetizador e as maneiras do aluno participar de um conjunto de situações reais do processo de alfabetizar, presenciando diversas oportunidades de leitura e escrita na construção do como se lê e do como se escreve.
Na escola existem várias atividades que podem ser realizadas para o desenvolvimento das habilidades necessárias para que a alfabetização que acontecem desde a escrita de um simples bilhete no caderno do aluno até os pareceres escritos pelo professor como demonstrativo do rendimento do aluno, que se partilhados propiciam a exploração dos diversos usos da leitura e da escrita.
Porém se não houver participação efetiva da criança nestes eventos de prática social da leitura e da escrita com objetivos educacionais claros e significativos pode se perder o sentido deste ambiente alfabetizador que tem a função de oportunizar acesso ao mundo letrado.
O educando para entender, vivenciar e participar de um ambiente alfabetizador não precisa estar com um local poluído de informações, basta ter contato com diversas expressões e modelos de literatura, encontrados na nossa vida cotidiana.
O professor possui vários recursos disponíveis para desenvolver o letramento com seus alunos de acordo com sua faixa etária, alguns deles de fácil entendimento, com cartazes, folhetos, anúncios e tantas outras possibilidades oferecidas pela sociedade.
Por outro lado alguns educadores não utilizam alguns recursos de vital importância para esse ambiente alfabetizador, talvez por comodismo, medo ou simplesmente necessitar de um dispêndio de tempo e algum trabalho extra para desenvolver essas atividades que favorecem um melhor aproveitamento e desempenho das potencialidades e habilidades de linguagem no aluno.
Apesar de muitos profissionais em educação acharem que possuem pouco tempo durante o ano letivo para trabalharem os conteúdos a serem desenvolvidos em cada série, penso que, se os mesmos tivessem uma preocupação maior com o desenvolvimento da criança em seu todo, procurariam outros meios para que o processo e aprendizagem se desse não de forma linear, mas com um maior aproveitamento dos conhecimentos e oportunidades surgidas, se utilizariam de recursos dos mais variados para atingir os fins necessários ao aperfeiçoamento do aluno como principal objeto da educação.
Uma das maneiras de se trabalhar dentro de um contexto educacional seriam os projetos, que partindo das necessidades ou até mesmo das situações surgidas em sala de aula ou ainda a pedido dos próprios alunos, fariam com que os professores deixassem de se prender tanto as atividades habituais a que estão completamente habituados a fazer e que muitas vezes se utilizam delas de forma totalmente mecanizada.
Pena que muitos professores não conhecem o verdadeiro significado da palavra projeto e até mesmo como surge, se elabora e principalmente se finaliza. Alguns deles ou a maioria não se finaliza e sim se continua trabalhando, mas muitas vezes em contextos diferenciados.
A autora passa ainda algumas orientações do que são atividades habituais, seqüência de atividades e as situações independentes que podem ocorrer de forma ocasional e sistematizada.
Este artigo mostra que este ambiente propício a alfabetização deve ser muito rico em que todas as atividades, devem ter intencionalidade, situações reais de aprendizagem, planejamento e principalmente objetivos claros, bem planejados, onde as diversas formas de leitura e escrita sejam trazidas para a sala de aula, favorecendo não só o letramento, mas o desenvolvimento da linguagem em nosso foco principal, o educando.