RESUMO

 As perdas elétricas no sistema de distribuição de energia são compostas por perdas técnicas, inerentes ao transporte da energia na rede e por perdas comerciais, resultado da diferença entre a energia injetada e a faturada, processadas na comercialização devido aos erros de medição, fraudes e furtos. As concessionárias têm como objeto, pela a concessão de um serviço público, a distribuição da energia dentro de padrões de qualidade determinados pela Agência Nacional de Energia Elétrica em função do novo modelo do setor elétrico brasileiro, que exige a eficiência dos processos de planejamento e projetos, que quando desenvolvidos adequadamente reduzem o grau de investimento, melhorando a qualidade do fornecimento. Para atender o mercado crescente com um nível mínimo de qualidade, as concessionárias são obrigadas a investirem nos sistemas elétricos, porém os altos custos de novas linhas de distribuição, associados à capacidade das geradoras, resultam na busca de novas alternativas para atender a demanda com qualidade e confiabilidade. Assim, o sistema elétrico de potência, que compreende a cadeia de produção, transporte e consumo de energia, depende de redes eficientes e de qualidade, adequadas ao novo aparato regulatório fiscalizado pela ANEEL, que exige uma estimativa das perdas o mais próximo da realidade, obrigando as empresas a investirem em métodos eficientes para o cálculo das perdas na distribuição, por meio de ferramentas dedicadas e equipes específicas para o combate às ligações clandestinas. Devido ao alto desenvolvimento cultural, as perdas não técnicas de energia em outros paises não é uma realidade, ao contrário do Brasil, com altos níveis de perdas de energia em função da falta de investimento do governo, porém observa-se que as distribuidoras buscam estratégias para melhorar a utilização das redes de energia, embora algumas tenham limites de investimento para melhorar os seus sistemas. A regulação é algo recente no país, iníciada no segundo ciclo de revisão tarifária em 2007 quando foram apurados valores elevados de perdas totais das distribuidoras, da ordem de 17,5%, sendo que 4,2% foram na transmissão e o restante na distribuição. É comum obter resutados das perdas acima de 10% na distribuição, devido à seção inadequada dos condutores, idade das redes, desbalanceamento das cargas, fator de potência inadequado, entre outros. As técnicas apresentadas neste trabalho como alternativas para a redução das perdas elétricas melhoram o sistema elétrico como um todo, assim a primeira alternativa é a instalação de bancos de capacitores, que promovem nos sistemas de distribuição uma boa redução das perdas e em alguns casos a extinção do excedente de potência reativa, reduzindo a corrente do alimentador, possibilitando o suprimento de cargas adicionais, além de promover a elevação da tensão ao longo do alimentador. A segunda alternativa consiste no recondutoramento da rede principal dos alimentadores de distribuição, substituindo os condutores em condições precárias ou sem capacidade de condução, favorecendo para a melhoria do sistema, confiabilidade, flexibilidade e segurança. Por fim a terceira alternativa consiste na reconfiguração do sistema elétrico, por meio de chaves de manobra automatizadas, possibilitando o equilíbrio da potência capacitiva entre os alimentadores interligados. Este trabalho foi baseado nos cálculos dos fluxos de potência e observação do referencial teórico, por meio de livros, artigos e trabalhos acadêmicos relacionados ao assunto abordado, sendo que para cada Estudo de Caso, foram comparados os aspectos técnico-econômicos, comprovando a viabilidade de cada uma das alternativas, conforme exigência da ANEEL e os critérios financeiros da concessionária.

 

Palavras-chave: Confiabilidade. Qualidade de energia. Redução de perdas