ALICE, POR FAVOR, ESCREVA A SUA CARTA DE AMOR![1]

Antonia de Sousa Brito[2]

Samile Gois Ferreira[3]

Wyldna Florêncio Viana Câmara[4]

 

Diariamente dialogamos com colegas repletos de angústias, reclamando da vida, pedindo ajuda na solução de problemas pessoais, expondo suas vidas particulares, sem o menor cuidado com as palavras. Em um mundo globalizado onde as mudanças e transformações ocorrem de uma forma acelerada, em que as pessoas quase já não têm tempo para compromissos familiares, observa-se um comportamento bastante distinto, certo comodismo paira no ar.Como cuidar dos nossos colegas para que não se acomodem com as reclamações e nem permitir que as angústias de uns influenciem negativamente outros?

Existem aquelas pessoas que sabem gerenciar seu tempo e adequar seu estilo de vida de acordo com suas necessidades e aquelas que ainda não conseguiram acompanhar o ritmo adequado de uma organização social que cresce e se desenvolve de acordo com a disciplina e eficácia de cada profissional. Cada um é importante na construção e condução do ambiente. Tanto no ambiente de trabalho quanto em seus compromissos particulares, somos fator preponderantenas decisões, não somos o único que interessa, mas o mais relevante: o ser pensante. Outros fatores existem: terceiros, situações, tempo, lugares, etc. No entanto se não analisamos com cautela umcontexto, podemos deixar de atender nossas próprias necessidades como ser humano.

Outro dia, uma colega nossa do trabalho, Alice[5] chorou e reclamou absurdamente da sua vida em geral, como se fosse a pior do mundo! A cena era lamentável: aquele ser totalmente sem estrutura emocional para resolver seus conflitos. Muitas amigas se sensibilizaram com o caso, conversas aconteceram, diversas opiniões foram dadas, mas o tempo passava e aquela profissional permanecia cabisbaixa. Até que uma de nós resolveu tentar contribuir e conversou abertamente. Perguntou quais os problemas e o que a colega, já havia feito para amenizá-los ou eliminá-los. O ser humano precisa considerar que em qualquer situação que vivermos, sempre haverá dois lados que merecem ser considerados. Ao ignorar esta atitude impedimosuma produção positiva, frustrando expectativas e seu crescimentono ambiente de trabalho, mas para tal há uma “peça chave”, um protagonista chamado “líder”, é ele quem vai conduzir de forma coerente e abrangente os aspectos de um grupo chamado “equipe”. Através da sabedoria em lidar com os mais diversos pensamentos e ideias.

Ele não só conduzirá seus colaboradores como também estará lado a lado em suas decisões, buscando a organização estrutural para as estratégias sejam repensadas e analisadas com cautela e disciplina, respeitando os limites e habilidades de cada um. Mas para que as suas aspirações sejam concretizadas é necessário motivação, algo que faz toda diferença para o sucesso de uma empresa, um aspecto que deve ser utilizado pelo líder de forma contínua e o que é mais importante: dar exemplo, para que o desempenho e harmonia de sua equipe sejam mantidos e seus resultados sejam alcançados com êxito.

Eis que foi diagnosticado, na primeira conversa o grande problema de Alice: ela mesma!

Alice sequer tentou amenizar seus conflitos, pelo contrário era uma pessoa imatura, pois só pensava em vinganças e derrubar ou criticar seus “adversários”. Não se deve pensar, em hipótese alguma, em retribuir ofensas. Antes de tudo, o ser humano precisa pensar e refletir todas as suas atitudes, pois somente com o olhar reflexivo podemos progredir. Pensamentos pequenos levam à imaturidade, que por sua vez ao sentimento de humilhação e regressão. Nestes momentos, de desorientação, surge o líder para direcionar e recomendar um caminho de solução.

A capacidade que o líder tem de influenciar comportamentos e a integração de uma equipe afim de atingir o mesmo objetivo proporciona a concretização dos objetivos e metas traçados e influencia na autoestima do grupo, tornando-os mais confiantes em suas capacidades intelectuais e executivas, ampliando a visão dos negócios e aprimorando suas habilidades. E Alice estava totalmente sem este direcionamento, o que podia causar uma regressão em toda a equipe que trabalhava. Pois, uma pessoa desmotivada pode contagiar negativamente um grupo com o seu desânimo, seus comentários infelizes podem influenciar na opinião de seus colegas. E era o que Alice estava prestes a cometer, com seu pessimismo.

Diante disso, a liderança é uma mola propulsora dos comportamentos e atitudes de uma equipe, que se apresenta fortalecida quando o gestor apresenta seus elogios e opina positivamente, mas também incentiva seu grupo quanto aos seus posicionamentos, despertando a criatividade e um comportamento ativo diante das decisões, buscando conhecimento e informações para uma vida profissional e pessoal de muita sabedoria.

A liderança é entendida e utilizada como habilidade que atinge diretamente o comportamento de um ou mais grupos, através de conselhos, ações, atitudes, ideias que são construídas a partir do respeito e cooperação existentes entre os membros, que se identificam por suas características semelhantes de personalidades e pensamentos. Porém, interagem e cooperam entre si, graças as suas diferenças.

Portanto, para que uma empresa tenha sucesso é necessário que o líder seja ativo, participativo na tomada de decisões, saiba liderar com respeito, ética e perseverança, sendo flexível em sua atuação utilizando-se de estratégias que permita a participação de toda a equipe desempenhando seus papéis com eficiência, dando exemplo com atitudes, assim garantirá o sucesso da empresa.



[1] Crônica argumentativa entregue como avaliação na disciplina Gestão de Pessoas: trabalho em equipe, sob orientação de Natanael Isackson, no curso de especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional, no Instituto Mineiro de Ensino Superior, em Macapá-AP, 2013.

[2] Pós-graduanda em Psicopedagogia. Graduada em Letras.

[3] Pós-graduanda em Psicopedagogia. Graduada em Artes Visuais.

[4] Pós-graduanda em Psicopedagogia. Especialista em Linguística. Graduada em Pedagogia.

[5] Nome fictício dado à colega de trabalho.