ALGUNS APONTAMENTOS ACERCA DA INFLUENCIA DA TV NA IDENTIDADE CULTURAL DOS JOVENS

ALGUNS APONTAMENTOS ACERCA DA INFLUÊNCIA DA TV NA IDENTIDADE CULTURAL DOS JOVENS

Lucinaira Maria Cristo

Jane Ferreira Senra e Silva

Talvez seja apropriado abordarmos as ideologias que influenciam na forma de pensar e no modo de agir das pessoas, mais intensamente sobre as crianças e adolescente. As formas usadas pela televisão para influenciar nas escolhas das pessoas, e como essas escolhas se estendem para as áreas da vida como educação escolar, familiar, cultural, nas relações sociais em geral.

Hoje a TV representa a maior fonte de lazer para a maioria da população brasileira, as propagandas, telenovelas, programa com apresentadores, reality shows todos de certa forma influenciam no comportamento das pessoas, sendo que alguns promovem a degradação intelectual das pessoas, em fim promovem a desonra humana.

A partir da programação da TV as características das brincadeiras simbólicas vêm se transformando, como podemos perceber na fala do entrevistado quando questionado sobre as brincadeiras de infância.

A modernidade redimensionou o papel das tradições, redefinindo-as pela lógica mercantil, tornando cada vez menos possível ignorar as informações iconográficas modernas exibidas pela mídia.

O mundo se apresenta sob uma dinâmica de mudanças velozes e superficiais que modificam somente a aparência, passando a ideia de transformação, mas a lógica da perversidade do sistema se mantém.

Grando (2007) sinaliza que podemos perceber que atualmente com o crescente processo de globalização, há uma dinâmica no sentido de homogeneizar as diferentes identidades, é preciso compreender como estas mudanças, refletem na constituição Ds identidades dos diferentes sujeitos. Quais as estratégias de resistências das autoridades culturais para manter suas tradições? Quais as influências da cultura de massa nesse processo? Pois como escreveu Guapo [s.d], só teremos futuro se nos conscientizarmos da nossa cultura

Nessa perspectiva, podemos perceber que as culturas em geral são massacradas pelos meios de comunicação, nos levando a pensar que é algo ínfimo.

Na sociedade moderna buscam-se viver intensamente os prazeres, estes costumam estarem atrelados ao consumo excessivo, sexo, drogas, riquezas, são expressões atuais da felicidade de uma geração imediatista, que busca o prazer nas coisas matérias, aumentando a necessidade de consumir mais, num ciclo perigoso que pode desumanizar as pessoas,minando sua força vital.

Na sociedade capitalista o que vemos é a fabricação de necessidades, ou seja, colocam questões equivocadas revestidas de ideologias que prevê conquistar a simpatia das pessoas e aumentar o consumo de bens e serviços.

A mídia trabalha não com as necessidades, mas com os desejos das pessoas de forma a fazê-las se sentirem inferiores por não terem o que a televisão apresenta. Isto é cada vez mais fomentado por características socialmente construídas em consonância com os interesses ideológicos vigentes, construindo cada vez mais intensamente um mundo marcado pelo egoísmo e individualismo que aniquila o ser humano confinando-o e desvalorizando sua identidade individual e coletiva. Sendo assim, a programação televisiva ideologia, possibilitam a interferência nos sentimentos, nas crenças, no individualismo, tornando as relações cada vez mais frágeis e efêmeras, formando cidadãos cada vez menos conscientes de suas riquezas culturais.

Por isso não há como deixar de perguntar, a mídia televisiva serve a quais interesses? Que valores estão vinculados a esse meio? Quem ganha e quem perdem se as pessoas aderem a eles? Porque a cultura de raiz é tão pouco valorizada pela mídia? São questões que não podemos deixar de levantar, pois isso nos possibilita perceber a maneira sutil usada pela programação para influenciar as atitudes e pensamentos das pessoas.

Nesse sentido torna-se necessário um trabalho reflexivo sobre os argumentos usados pela publicidade para levar as pessoas ao consumo excessivo de produtos e beleza expostos pela mídia, tornando infeliz quem não pode adquirir os produtos e ou não se enquadra nos padrões de beleza impostos pelas campanhas publicitárias.