ALGO MAIS SOBRE SEQUENCIADORES MIDI

Olá a todos os leitores. Hoje trago um artigo que achei muito interessante, embora tenha sido escrito já há algum tempo, mas que ao meu ver pode, de uma forma ou de outra,  ajudar os iniciantes no mundo da música digital, no caso, a música através de sequenciadores MIDI.

O termo sequenciador é bem próprio, se considerarmos que uma execução musical é constituida de uma sequência de eventos, ou seja,  as notas musicais se sucedem ao longo do tempo.

De uma forma geral, todos os softwares sequenciadores guardam uma analogia com os antigos gravadores de fita magnética, usando termos como: play (reproduzir),  pause (pausar), stop (parar), fast foreward (avanço rápido),  e rewind (rebobinar), bem como outros, como track (trilha), etc. Isto é bem válido, e smplifica enormemente a compreensão e utilização de tais programas.

Da mesma forma que com um gravador de fita,  podemos apagar trechos gravados nos sequenciadores. Mas, a versatilidade e os recursos desses programas vão bem mais além.

Por exemplo: com um gravador podemos apagar um trecho e gravar outro, totalmente diferente, no intervalo em que a fita foi apagada, em alguns mais sofisticados era até possível gravar-se sobre a informação já existente, misturando-se os conteúdos. Com o sequenciador as possibilidades são muito maiores. Podemos, por exemplo, apagar ou substituir uma única nota, o trecho inteiro de um compasso muscal, alterar o instrumento destinado a uma das trilhas ( o solo de um violino, por exemplo, pode ser substituido por um de flauta), acrescentar notas, acordes, etc. Podemos atrasar ou adiantar em frações de segundos uma nota, o que, em determinadas execuções musicais,  pode significar o ponto crucial para se obter aquele fraseado pretendido.

Um sequenciador, grosso modo, pode também ser comparado a um editor de textos de computador,  onde é possível usar os recursos de copiar, cortar e colar, tão comuns no menu "editar". Os recursos de software permitem que voce insira um trecho, com a ação "colar", exatamente no ponto desejado, sem que se produza uma solução de continuidade.

Através do programa  sequenciador podemos captar as notas (melhor dito: os códigos MIDI gerados por um teclado, por exemplo) em tempo real, respeitando-se o rítmo e o andamento da execução. Essa gravação pode, em seguida,  ser editada, corrigindo-se as passagens, acrescentando-se outras,  incluindo novos instrumentos que tomarão parte do arranjo final,  e assim por diante. E possível, em alguns programas,  usar-se o recurso overlub, que corresponde a registrar-se sobre o conteúdo existente um novo.

Ao contrário de um antigo gravador comum de fita manética (duas trilhas)  em que, com o botão play somente podemos fazer com que ambas as trilhas sejam reproduzidas simultaneamente, com um sequenciador há a possibilidade  de reproduzirmos um única trilha, silenciando as demais. Além disso, os programas sequenciadores podem dispor de várias trilhas, em alguns casos, nos softwares de uso profissonal, chegando-se a uma infinidade. Isto, contudo,  exige mais do  sistema de computador, requerendo uma quandidade maior de memória principal.

Bibliografia:
 Revista Antena vol. 119
Autor: Sérgio Starling