ALFABETIZANDO COM PROJETO DE PLANTAS MEDICINAIS

 Perez, Adriana

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RESUMO

Neste artigo apresento a importância das plantas medicinais para as séries iniciais. O projeto foi desenvolvido pelos alunos de alfabetização da escola Arco-Íris para um momento de mostra para os pais. Ensino por projetos faz com que haja maior motivação no ensino-aprendizagem dos alunos da alfabetização, com o objetivo de analisar a proposta de trabalho com metodologia de projeto, visando alcançar a leitura e escrita. Para que atingi-se o objetivo proposto foi desenvolvido a metodologia relacionando o nome das plantas as letras do alfabeto. Propondo um paradigma construtivista, sociocultural e transcendente, em que o professor neste contexto, é o mediador, articulando as experiências extra e intra classe, em que o aluno reflita sobre suas relações com o mundo e o conhecimento. Nesse sentido, o trabalho consistiu em uma seqüência de atividades orientadoras, iniciadas com o diagnóstico dos conhecimentos prévios, seguidas pelo estudo de textos que ampliavam esses conceitos, assim como o desenvolvimento de atividades práticas. As informações sobre a forma correta de utilização e preparação de chás foram algumas das técnicas utilizadas nesse trabalho, no intuito de transpor para o cotidiano os conteúdos  estudados.

Palavras chaves: Alfabetização através do projeto- leitura – escrita.

ABSTRACT

 

This article presents the importance of medicinal plants for the initial series . The project was developed by students of the school literacy Rainbow for a moment of shows for parents . Teaching by projects means that there is greater motivation in teaching and student learning in literacy , in order to examine the proposal of working with design methodology in order to achieve reading and writing . To achieve that goal if the proposed methodology was developed relating the name of the plant the alphabet . Proposing a constructivist , sociocultural and transcendent paradigm , in which the teacher in this context , is the mediator , linking the extra -and intra -class experiences , in which students reflect on their relationships with the world and knowledge . In this sense , the work consisted of a string of guiding activities , beginning with the diagnosis of prior knowledge , followed by the study of texts that amplified these concepts, and the development of practical activities . The information on the correct way to use and preparation of teas were some of the techniques used in this work, in order to transpose the everyday studied  content .

 

Introdução:

As plantas medicinais são utilizadas pela população desde as antigas

civilizações, e a partir daí, o homem, baseado nas experiências adquiridas em

observar animais que faziam uso das plantas quando doentes, foi aprendendo a conhecer as propriedades medicinais de cada vegetal. Esse conhecimento  transmitido de geração foi de fundamental importância para que o homem pudesse compreender e utilizar as plantas medicinais como recurso terapêutico na cura de doenças que o afligiam como destacam Teske e Trentine (2001).

De acordo com Correia Junior et al.(1994), existem relatos da utilização de

plantas medicinais desde a antiguidade. O conhecimento chinês sobre as plantas medicinais data de 5000 anos. Os egípcios incluíam as plantas na alimentação, no preparo de remédios e também preparavam produtos para serem aplicados como cosméticos, além disso, embalsamavam seus mortos com produtos elaborados à base de plantas medicinais. Os povos indígenas diante de tanta diversidade vegetal faziam uso de algumas plantas tanto para sua alimentação como para tratamento de suas enfermidades desde a época do descobrimento. Desde então, as plantas medicinais vem sendo utilizadas pelo homem como método de cura para restaurar a saúde e manter o equilíbrio orgânico. Segundo Lima (2005), este tipo de evento se apresenta como um convite para abrir todas as janelas da curiosidade e interesse do aluno, da criatividade, da vida e do sentido social da escola, além de ser um método de motivação para aquisição de novos conhecimentos. É importante para todos conhecerem as plantas medicinais e seus respectivos usos, pois nem todas as pessoas sabem que o uso em excesso pode ser prejudicial à saúde. Também é importante saber que existem muitas plantas com mesmo nome, por isso é fundamental conhecer a planta pelo nome científico. Há também um horário ideal para colher a planta, que é no período da tarde, Se a coleta for feita à noite, no período manhã ou em dia de chuva, há menor concentração de princípios ativos, isso porque nesses horários há uma grande quantidade de água.

JUSTIFICATIVA

Como o projeto foi desenvolvido com crianças de 6 anos,busquei  enfatizar alguns pontos na prática de leitura : interesse em ouvir a leitura dos textos que oferecem informação sobre as Plantas Medicinais.,interpretação de textos não verbais (desenhos, fotografias);reconhecimento das ilustrações como apoio para compreender as informações dos textos;acompanhamento da leitura de livros informativos relacionados ao tema abordado;leitura hipotética de palavras,tendo como referencia a imagem de algo que represente; identificação das letras do alfabeto, relacionando -as ou não aos respectivos valores sonoros;observação,manuseio e leitura hipotética de materiais impressos: livros,revistas,panfletos ;participação nas situações em que os adultos leem textos de diferentes gêneros: informativos,cantigas e receitas; desenvolvimento da escuta atenta para saber comunicar o que compreendeu do texto lido pelo professor; identificação de alguns nomes de chás com apoio da memória.

Já na prática de escritas busquei  expressão de ideias por meio de desenhos; prática de escrita de próprio punho utilizando o conhecimento de que dispõe sobre o sistema de escrita; participação em situações cotidianas nas quais se faz necessário o uso da escrita; conhecimento do alfabeto; associação das letras as palavras de igual  inicial, tendo uma imagem de referencia,participação em situações que envolvam o registro , por meio de desenho, das informações contidas em um texto; comunicação de quantidades, utilizando a linguagem oral, a notação numérica ou registro não convencionais; trabalho com a leitura e escrita de números, relação de números e sua respectiva quantidade.

 Nesse contexto Mancuso (2000) considera que os trabalhos destinados ao  conhecimento devem proporcionar momentos de exposição de idéias, debates, discussão dos conhecimentos adquiridos, de pesquisas, da habilidade criadora e do empenho dos alunos que resultará na elaboração do projeto, o qual será socializado na amostra aos pais . Conforme afirma, Miranda Neto et al (2007), atividades como essas visam a socialização dos conhecimentos adquiridos com a comunidade escolar que, poderá beneficiar-se do ensino informal uma maneira alternativa para atualizar conhecimentos .

METODOLOGIA

Começamos com a apresentação da letra P e mostrado a palavra PLANTAR, construindo atividades onde os alunos teriam noção do que é plantar. Como exemplo, tivemos a ideia de fazer a experiência com feijões, porque é um grão que se desenvolve rapidamente e assim os alunos visualizaram o nascimento deste grão passo a passo.

 Pesquisar com a família sobre os tipos de chá que eles consomem com frequencia em casa, portanto os chás mais ingeridos pelos membros da casa.

Erva- cidreira;

Camomila;

Hortelã;

Alecrim;

Erva doce;

Laranja;

Boldo.

Dentro da pesquisa trazida de casa, fiz questão de montar um gráfico para visualização melhor dos alunos,dando a eles noção da importância dela para nosso projeto além de mostrar quais chás que são mais consumidos.O chá mais consumido foi explorado pela professora com os sons  iniciais, a palavra e a escrita. Explanação da leitura da função do chá no organismo humano. Outro passo a ser trabalhado, foram os gêneros textuais no coletivo com a turma e assim criamos e produzimos alguns gêneros textuais: receitas, anúncios, cartazes, rimas dentro de poemas e dramatizações. Não poderia deixar de passar pela experiência dos alunos sentirem o gosto e saborear o chá apresentado e trabalhando a leitura e escrita.

E assim foi a metodologia usada com os outros chás exposto no gráfico.O projeto teve início no mês de fevereiro e findamos em maio, com duração de 4 meses, mas não podemos esquecer que as crianças estão sendo alfabetizadas, no entanto outras atividades também foram feitas além do projeto. Portanto, a escola é um ambiente de aprendizagem. Escolhemos o mês de maio para montarmos uma amostra de chás para os pais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho com projetos por aprendizagem dá a possibilidade de o professor escolher temas e organizar a aula na forma de pesquisa sobre os mesmos, ou então, especialmente em alguns momentos, deixar os alunos escolherem seus temas e elaborarem suas propostas de pesquisa. Assim entendemos que auxiliamos na formação da autonomia dos alunos, atingindo aprendizagens mais prazerosas e significativas.

REFERÊNCIAS

LIMA, M. E. C. Feira de Ciências: a produção escolar veiculada e o desejo de

conhecer no aluno. Recife, 2004. Disponível em:

<http://www.espacociencia.pe.gov.br/artigos?artigo=> Acesso em: 2. set. 2008

MANCUSO, R. Feira de Ciências: produção estudantil, avaliação,

conseqüências. Contexto educativo – Revista Digital de Educacion y Nuevas

Tecnologias. 6:abr/2000. Disponível em:

< http://contexto-educativo.com.ar/2000/4/nota-7.htm>. Acesso em: 5.set.2008

MIRANDA NETO, M. H.; NETO, R. B.; CRISOSTIMO, A. L. Desenvolver projetos e

organizar eventos: uma oportunidade para pesquisar e compartilhar,

conhecimentos, 2007

Disponível em: <http://www..mudi.uem.br/cms/index.php/textos-de-apoio/91-

textos-de-apoio/214-desenvolver-projetos-e-organizar-eventos-na-escola>.

Acesso em: 26 nov. 2008.

officinale Weber (dente-de-leão): uma revisão das propriedades e potencialidades

medicinais. Maringá, Apadec, 2004.