ALFABETIZAÇÃO E FORMAÇÃO DE LEITORES Maria Terezinha Rosa Apendino Eloana Conceição Cucolo Da Matta Emanuelle Evellinn dos Passos Aniceto RESUMO Como um meio de atrair as crianças para a prática e o gosto da leitura, este artigo define como deve ser a leitura na alfabetização, algumas dicas de tipos de leituras e o quanto a prática da leitura nas séries iniciais são fundamentais para iniciação de leitores praticantes. PALAVRAS CHAVES: alfabetização, leitores, a leitura na alfabetização 1. INTRODUÇÃO Aproveitar a imaginação e a criatividade das crianças na fase da alfabetização é um ponto positivo para iniciar a leitura, os grandes clássicos são exemplos de leitura fundamental para começar a desenvolver a leitura e a partir daí desenvolver a visão crítica, a fantasia e principalmente a leitura de mundo. Falarmos de leitura na alfabetização é falarmos de motivação e iniciação da escrita, e para isso é necessário que o professor seja um mediador, aproveitando principalmente o que a criança trás para o espaço escolar e compartilhar esse conhecimento, ampliando suas idéias e ajudando na organização das mesmas. A criança no processo de alfabetização precisa de algo prazeroso para construir seu conhecimento, as histórias nos possibilita alfabetizar e letrar, o processo de aquisição da leitura e da escrita é parte fundamental no processo de alfabetização. Nesse período a criança tem uma enorme facilidade de aprender, pois possui uma grande capacidade de imaginação. Atualmente podemos perceber que, os professores estão preocupados em ensinar o aluno a ler e escrever apenas decodificando os códigos e é nesse caso onde o aluno aprende a ler por ocasião, sem desenvolver a habilidade que buscamos nesse trabalho. 2. ALFABETIZAÇÃO E FORMAÇÃO DE LEITORES Trabalhar com alunos em turma de alfabetização e pós-alfabetização para alem de simplesmente querer aprender a ler e escrever, significa trabalhar para a formação de leitores competentes, que sentem prazer e ler para aprender, para se informar ou para encontrar na leitura uma forma de aproximação com a arte, como no caso das obra literárias. Significa falar de um outro conceito: o letramento, que é mais que alfabetização, pois significa ensinar a ler e escrever em uma situação na qual a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida. [...] Daí que sempre tenha insistido em que as palavras com que organizar o programa de alfabetização deveriam vir do universo vocabular dos grupos populares, expressando a sua real linguagem, os seus anseios, as suas inquietações, as suas reivindicações, os seus sonhos. Deveriam vir carregadas da significação de sua experiência existencial e não da experiência do educador. (FREIRE, 1989, p 13) O trabalho com os alunos de anos iniciais do ensino fundamental deve ser o mais lúdico possível, o processo de alfabetização pode ser uma gostosa atividade lúdica, tanto para os alunos como para os professores. Os haicais (frases-brincadeiras, que se aproxima bastante de parlendas e adivinhas), são formas lúdicas de trabalho em que podem trazer de maneira agradável, um elemento para que as crianças venham a se sentir estimulados ao longo desse processo que muitas vezes se torna massante e cansativo para as crianças nessa fase. Aprender a ler como se a leitura fosse um ato mecânico, separado da compreensão, é um desastre que acontece todos os dias. Estudar palavras soltas, sílabas isoladas, ler textos idiotas e repetir sem fim exercícios de cópia, resulta em desinteresse e rejeição em relação à escrita.” (Carvalho. 2002. p.41). A alfabetização tradicional concentram suas energias nos níveis abstratos e arbitrários da linguagem verbal- fonemas, letras, sílabas, ortografia e sintaxe – com um olhar meramente reconhecedor, classificatório e desprovido de sentido, tornando a linguagem verbal tão enfadonho e motivo de tal incuriosidade que afastam definitivamente o gosto pela leitura. Trabalhar a alfabetização de forma alegre e dinâmica com poemas, músicas e histórias permite ao aluno descobrir que as palavras tem forma, som e sentido. Palavras são sociais porque para serem palavras precisam pertencer a uma língua, uma sociedade, um tempo e um espaço. O sentido se constrói na ação e na reflexão sobre a ação. Somente uma boa leitura faz um bom leitor. Não se aprende a jogar fora do jogo. Somente a leitura e escuta de muitos textos aprimora a percepção textual, qualifica a escolha de novos textos, sensibiliza o leitor ou o ouvinte para o prazer textual. A criança que teve muito poemas bem lidos na primeira infância saberá para sempre o que é um texto com coesão e coerência, terá respeito pelas palavras e saberá o que é prazer em ler. Quanto mais o aprendizado da leitura e da escrita se aproximar do aprendizado da fala, maior será sua pertinência. Quanto mais se afastar, maior será sua eficácia em formar desleitores e inescritores, desestabilizando também a fala. A linguagem verbal falada é diferente da linguagem verbal escrita. São sistemas diferentes, regidos por conjuntos de regras diferentes e se prestam a finalidades diferentes. O aprendizado da linguagem verbal escrita não pode desprezar o aprendizado da linguagem verbal que lhe antecede e mobiliza estruturas muito mais complexas e fundadoras da espécie humana. Aprendemos a falar, falando e isso não pode ser ignorado esquecendo que houve um aprendizado, o primeiro ato de se comunicar, ver, ouvir e ler o mundo e a sociedade, isso deve ser aprimorado, aproveitado e desenvolvido de forma dinâmica enriquecendo e ampliando esse conhecimento já adquirido. 3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS Quando as crianças começam a ir a escola, pensam muitas vezes em atos prazerosos, divertidos e animados, mas muitas vezes essas ações são sufocadas diante de tanta cobrança, leituras sem sentido e palavras sem vidas, deixando os alunos logo no primeiro ano escolar a se desinteressar pela leitura. Para motivar os nossos alunos, primeiramente essa motivação deve partir dos professores, mostrar as leituras com entonação, dando vida aos personagens, aos sons e satisfação para quem ouve a história. A observação, a ilustração e a dramatização são fundamentais para a construção e ampliação do ato da leitura e da escrita. É de grande satisfação para a criança dizer que sabe escrever seu nome, o dos coleguinhas de pessoas da família, isso porque são nomes da realidade dela, então porque não aproveitar essa curiosidade e utilizar nomes de comércios, igrejas , animais, musicas, enfim, coisas do seu dia a dia, que ela pode partir de palavras, e com seu desenvolvimento criando frases, textos e outras atividades, pois assim o processo de alfabetizar esta sendo realizado de forma mais próxima do aluno. O trabalho procurou valorizar o conhecimento que os alunos já possuem, aproveitar a curiosidade com palavras, nomes, livros, histórias e musicas do dia a dia não deixando de ampliar o vocabulário com palavras novas e tendo como intenção estimular o processo de aquisição da língua escrita, para alem do simples querer aprender a ler e escrever, produzir e criar com satisfação e gosto pela leitura e escrita. BIBLIOGRAFIA FREIRE, Paulo, A importância no ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo, Cortez, 1989, 23º edição CARVALHO, Marlene. Guia prático do alfabetizador. São Paulo, SP: Ática, 2002