Palavras chaves: alfabetização, aprendizagem, tecnologia.

Este texto tem como objetivo levantar questões pertinentes sobre o processo de alfabetização, pois a realidade tem revelado as dificuldades instaladas ao longo de décadas de uma prática que tem impregnada pela tendência tradicionalista, onde os livros e a escrita tem o papel importante no ensino/aprendizagem.

Há décadas vem se estudando o melhor método para se ensinar e aprender.

"Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção".

A partir do século XX a educação é marcada pela tecnologia, que vêm transformando rapidamente os usos e costumes dos habitantes de todo globo terrestre.

Ser o professor é um desafio onde o profissional precisa estar preparado e informado sobre tudo que passa a seu redor, porque o educando vem recheado de informações para sala de aula. Hoje a criança que não tem computador em casa vai à lan house, e está próximo a toda e qualquer informação de fora. Sem contar que o contato social tem se abrangido, a telecomunicação tem feito parte das crianças desde novas.

O desafio de hoje então é levar as informações tecnológicas para sala de aula, dando mais significado a elas e fazendo com que o professor se livre do giz e do quadro negro e tome parte desse mundo tecnológico no ensino aprendizagem, ou seja, interagindo com o novo modo dos educando aprenderem.

Também é preciso trabalhar as diferenças culturais, dando ênfase nas diferenças culturais de cada região mas deixando claro que o educando precisa saber usar as normas cultas quando preciso.

A interdisciplinaridade é indispensável porque hoje a empresa não quer seus colaboradores sabendo só falar correto, mas não sabe calcular um juro, ou entende bem os espaços geográficos, mas não sabe colocar suas palavras.

Outro desafio hoje, é trabalhar a emoção, os valores porque de nada adianta saber ler e escrever corretamente, ser um letrado e não se preocupar com o meio ambiente, com o próximo ou com a outra geração que dependerá da ação de hoje onde esta será refletida no futuro.

Por isso a importância do alfabetizar letrando, onde o mais importante é o que as pessoas fazem nas suas vidas com o que aprenderam na escola.

Hoje diariamente vemos na televisão a violência se estendendo em todas as partes do país, às vezes por parte pessoas de uma ótima formação acadêmica, isso revela a falta de valores que vem se perdendo ao longo do tempo, valores tais que a sociedade não está sabendo definir, são tantas definição de valores que até mesmo os professores ficam encabulados em pensar até que ponto é aceito comportamentos que para os tradicionalistas é considerado imoral, inaceitável e são também juntamente com seus valores discriminados, e por outro lado estão os professores modernistas "construtivistas" que são vistos como permissivos,e nesse duelo, o aluno fica sem entender muita coisa, até porque a famíliadelegou muitas de suas responsabilidades para a escola, onde está deixando fugir o valor dos valores morais mais eternos, com desculpas que é preciso mudar, adequar a necessidade da nova geração, e que por outro lado está em ruína, as famílias vem se desestruturando por falta de uma referência.

Não tenho nada contra as pessoas que aceitam tudo e desculpam-se dizendo que não são preconceituosos aceitando tudo e a todos, sim devemos aceitar o próximo como eles são, mas tenho meu próprio princípio e tento multiplica-lo, de que uma família apesar de ser aquela que mora debaixo de um mesmo teto independente de laços sanguíneo, mas é preciso rever que, é preciso aceitar o próximo, mas não é preciso deixar os meus princípios para aceitar a dela.

Hoje o conceito família vem se desvalorizando, o casal já casam pensando na separação, não pensam que ao construir uma família, estes vão depender deseus atos,que os filhos terá o pai e a mãe como referência, aí os pais separam, a mãe vai trabalhar os e sem maiores condições deixam seus filhos nas mãos de vizinhos, irmão menores, e até mesmo nas ruas sem os cuidados e proteção necessária, e estes já ficam expostosdesde cedo a marginalidade. Outros crescem revoltados com a vida, quando vão a escola tentam depositar todo essa revolta á escola, aos colegas e professores.

Por outro lado tem a pergunta que não se cala aonde vai parar nossa sociedade se todos nós não buscarmos resgatar os valores, o respeito que está a desejar? Hoje quando andamos de ônibus vemos essa falta de valor estampado nos jovens, onde os idosos, grávidas e mães com filhos de colo, andam com dificuldades à mercê do respeito dos outros, vendo seus direitos que nem deveria ser direitos e sim deviam ser vistos como pessoas que como qualquer um de nós merececarinho, respeito e atenção sem ser imposto e lembrados que é um dever de cidadão.

Precisamos refletir sobre nossos atos, pensar mais no próximo sabendo que nós seremos os próximos hoje ou amanhã, pensando na vida, no ser humano na beleza de se ter uma sociedade harmoniosa, não dependo de drogas para sermos felizes.

Professora Cleudy Natalina da Silva Campos, professora da Educação infantil na Creche Nª Senhora da Guia.