Fazendo uma analogia com um precioso perfume, podemos dizer que a alegria é o frasco, felicidade é a essência nele contida. Pessoas que vivem de aparências, experimentam muitas alegrias, contentamentos que vem e vão ao sabor das circunstâncias. Tais criaturas, são como um belo e sofisticado frasco vazio, conservam apenas um resíduo de felicidade.


Um criminoso sente alegria no êxito do seu delito, um alcoólatra exulta em beber, um viciado em outras drogas ilude-se em saciar o vício, o violento compraz-se em ferir, um consumidor compulsivo busca contentamento em comprar, o egocêntrico... o egoísta... o tirano... Essas alegrias representam felicidade? Tais indivíduos são como vidros ocos e prestes a estilhaçar.


A felicidade independe de fatores externos e muitas vezes apesar deles, ela contrapõe a acidez dos acontecimentos. Pessoas felizes, são como frascos transbordantes de um invulgar perfume que exala, minimizando odores adversos. Pessoas meramente alegres, não passam de repositórios de uma fragrância altamente volátil que facilmente dissipa-se, cedendo aos cheiros comuns das dificuldades.


A alegria muda com os humores, a felicidade guarda uma persistente constância. A primeira, costuma sucumbir às menores contrariedades, a segunda, combate as mais agudas provações. As alegrias são companheiras de momentos, a felicidade é parceira de todas as horas. Gente feliz passa por tristezas, as outras, vivem-nas constantemente; quem é feliz, persegue soluções, os demais, cultivam lamentações.


Aproveite as alegrias, mas busque a felicidade.