Na obra de Leo Huberman, que procura esclarecer o desenvolvimento da economia ao longo da história, o capitulo “Aí vem o rei” conta como o papel da monarquia foi importante para o desenvolvimento econômico, bem como a economia fortaleceu o poder dos monarcas.
Em um sistema social oriundo da Idade Média onde o feudalismo ditava as regras, que eram opressoras para a populaça, que em grande maioria não fazia parte da privilegiada nobreza. Porém, com o crescimento do comercio, surgiram os primeiros burgos, e a ascensão de uma classe denominada “média”, que tanto lutara, e por fim conseguira se libertar do opressor domínio dos senhores feudais.
Estes eram quase que independentes do rei, pois só prestavam auxilio ao mesmo em troca de suas terras, e seu sustento baseava-se, como já é do conhecimento de todos, em oferecer proteção em troca do trabalho dos campônios, uma parte desses campônios, fortalecidos pela economia e o comercio, deixavam os feudos e iam para os burgos, para as cidades, o que enfraquecia o sistema feudal, que tentava se manter a duras penas. A milícia feudal, sendo mal remunerada pelos seus senhores saqueavam os viajantes da estrada, os comerciantes, e as próprias cidades, e também seus senhores lucravam com isso.

Com o sistema feudal tentando se equilibrar no avanço dos tempos, e as novas classes precisando de proteção, a monarquia, antes enfraquecida, viram uma oportunidade de fixar e aumentar seu poderio oferecendo proteção às cidades e mercadores e em troca recebiam empréstimos destas, o que ajudava a custear, dentre outras coisas, um exercito bem treinado e bem remunerado que estava a disposição do rei sempre que o mesmo precisar, o que conseqüentemente auxiliava, e muito, a segurança das cidades, além disso o rei criara leis contra saques e furtos, a que os senhores feudais eram obrigados a se submeter.

Outro ponto favorável a relação comercio – monarquia, é o sentimento de nacionalidade que se criara, já que as cidades dependiam diretamente de um monarca em comum, o monarca de seu país, o que as uniu, e acentuou o conceito de nação, os cidadãos não se denominavam mais de Londres, ou de York, ou de Madri, eram da Inglaterra, ou Espanha, etc.

Nesse ínterim, a crescente economia fortalecia a monarquia, que por sua vez fortalecia o comercio, que fortalecia a economia, formando um ciclo forte, que persiste até os dias de hoje, mesmo com o advento da republica.