Ah! Quem me Dera Plantar à Poesia Do Outro Lado Do Mundo!
Os meninos sempre em fileiras, aí naquela paragem de Hoji ?Ya ?Henda, vendendo as águas frescas na embalagem. Cada grito erguendo a cabeça, e, de igual modo, correndo no meio da estrada entre os carros, aí onde a vida perde-se e o dinheiro ganha valor entre os olhos fluidos na aurora da eternidade. Os passos molham - se em cada corrida, essa muidagem não «conhece» a vida, não conhece o outro lado do mundo (...), sujos, encardidos, com roupas marrotadas, mas com almas genuínas. Os sonhos foram roubados nas madrugadas das bungavilhas (...), onde as suas vozes choram no ventre eterno daquela mamã (...) que ontem e hoje carrega lenha na cabeça e o meu irmão nas costas chorando um futuro mutilado (...)
Oh!
Aqui, onde o suor torna-se cada gotas de marés esperançosos,morrendo nos campos verdes e nas horas dos esquemas retardadas(...)

Comendo nessas panelas o passado queimado e rotando o presente encadido nas terras do leste
Onde não conhecerdes essas nações...
Essa criançada, violada no seu esqueleto,encaminhada nas florestas escuras e nas Ilhas Canibais do norte

As vozes daqueles(...)rompem ?lhes o silêncio múido que abriga ?se por detrás das lavras das nuvens,
aí sem esperar as águias transparentes voarem e regressarem nas madrugadas...

Ao relento, dormem nos areias, nas calçadas daquelas cidades e o inverno concebendo - os às almas e os corpos tornam - se os lençóis dos sonhos atropelados pela luxuria da penumbra... Aqui, ninguém conhece - os aqui vivem os lobos e as ovelhas (...), quem?. É constante essa utopia melindrosa, ao nascer e ao pôr do sol, lá onde as saudades abrigam - se entre as lágrimas esperando um dia florido...
Dias das incertezas (...)
Daquele bordel, onde os risos abrirar ?se ?ão como as pétalas(...)




Autor: Destro Zola