O maior ato terrorista possível seria entupir todas as privadas de uma grande metrópole. World Trade Center, finalmente, seria esquecido.

Nós perdemos a noção de sustentabilidade depois da barreira criada na interface dos homens com a agua. Parece que nossa sensibilidade foi junto para o ralo, enquanto comemora-se conforto e melhores índices de saneamento.

A madeira, antes muito usada em embarcações de transporte virou papel higiênico e a água em veículo de transporte do estrume humano tão indesejável que se manda para bem longe sem saber, sequer para onde e para quem cuidar.

A água, o principal solvente para mantermos saudáveis e a mais essencial das matérias primas para o consumo e para produção ser usada tão irresponsavelmente como veiculo é no mínimo uma afronta à água, esta entidade gerada por partenogênese de Gaia. Pode água se levantar por fúria por não mais tolerar tratamento tão injusto?

Água, a mesma lustral dos axés que, às vezes, damos o status de água benta e com temor batiza, benza e exorciza. São as mesmas de março fechando o verão. Mas, enquanto são “água passadas” não nos interessa mais? Não podemos correr o risco de sua fúria ; podemo-nos “afogar na pouca água” por falta de atitude sustentável. Construções ecológicas, prédios verdes são como passar pó de arroz para encobrir a água cinza e negra nas tubulações. Ou damos o primeiro passo para fazer um novo recomeço ou iremos “carregar água em peneira”, ou ficar com “água na boca” por falta dela à nossa vista apesar de “existir como água” tantas outras coisas. “Corre água por onde correr” faça alguma coisa urgente, vai “dar água pela barba”, mas não pode deixar de fazer se “der água de barrela” pelo menos eu tentei mostrar diferentes formas para o saneamento. Se você leu até aqui é de “fazer agua na boca”. Será de “primeira água” a moradia sem água cinza e negra. Só não aceito você “entre duas águas”, exige que te tome partido, a causa é grave e de todos. Ou você prefere “enfiar agua no espeto”, “quero estar nas aguas” eliminar o stress, dê-me um bom vinho tinto, não aguado, por favor. Vai “fazer agua” na arca de Noé, nem ela pode nos salvar. Se pelo menos pude “fazer agua na boca” de alguém valeu a pena trabalhar década no projeto da casa espiral suspensa autossustentável que não libera água cinza e nem negra. Se todos envolvessem vai ser “fácil como água no pote”. Mas se você ainda pensa que a empreitada é “ferver em pouca agua” vai “ficar em aguas de bacalhau” nos seus outros projetos ou sonhos. Embarcar nesta causa é “ir por agua abaixo” sem esforço, mesmo que você esteja “na agua e no couro” você pode fazer alguma coisa ou pelo menos faça como o gato faça um buraco, faz o número um e o dois e, na esqueça de tampar, pois o gato nunca esquece. Seus reciclados serão esterco e como adubo seus restos contribuirá ao invés de contaminar as águas ao puxar a cordinha da privada na favela e nas povoações ribeirinhas que, quase sempre não tem o básico do saneamento. Locais onde puxar a cordinha da privada pode até garantir status entre os despossuídos de plantão a esperar por administração pública eficaz. Alguém pode pensar que o ensejo deste cronista é apenas para “pescar em águas turvas” e eu não nego, todos querem ser reconhecido até por uma merda que se escreve num momento de indignação. Desculpe estou começando a me alterar é melhor colocar “agua na fervura”. “Sem dizer agua vai” fui para “ser aquela agua”, ser um deus-nos-acuda, continuar “sendo aquela agua de balaio” “Não suja a agua que bebe” meu camarada. Não considere “ter bebido agua de chocalho”. Falo por este teclado para o mundo virtual, não me fale que falo pelo cotovelo. Meu amigo o que faço “é como tirar água de pedra”, não sou atoa como pensas a me ver sem ser mandado. Com licença vou “tirar agua do joelho”, mas antes tenho que tomar um drink. Vamos “tomar agua”, pois não pode faltar agua na embarcação, mesmo encima de tanta agua salobra pode você morrer de sede. Não é “trazer agua no bico” ou é? Tudo é mesmo um grande fingimento, só não posso parar de respirar, pois desejo continuar no ritmo de Gaia, não me interessa mundo paralelo algum. Foi dito que somos os reis de todas as criaturas vivas, não o rei da terra ou da água e, então: “bota água no feijão” que a nossa festa não pode parar.

ps - todos os entre aspas são exemplos, abonações e locuções tiradas do Novo Aurélio para o nome água.