Creumir Guerra AGRADECIMENTOS AOS PARENTES QUE MORAM EM BOSTON Eu agradeço aos meus amiguinhos pelos comentários de incentivo para eu continuar escrevendo. Também fiquei feliz por querer me mandar para a globo. Esclareço, entretanto, que não aceito convite para o BBB por que a minha silhueta não esta ajudando muito. Agradeço aos meus parentes que sempre me acolheram com carinho nas viagens que fiz a Boston e adjacências, em especial ao Eneir, que não o chamo de tio por que quando fomos trabalhar juntos ele assim pediu, eis que, segundo ele eu estava queimando o seu filme lhe pedindo a benção e o chamando de tio na frente das meninas. Não posso deixar de ser grato ao Kullim, que da última vez até cozinhou um prato especial para mim. De igual modo a sua esposa Geny, que sempre me apoiou quando fui deixado do lado de fora pelo meu tio. Geny, me desculpa a franqueza, mas da ultima vez eu vi uma folhinha na sua cozinha com um X no dia exato de eu ir embora, bem como no dia que eu cheguei e nos seguintes, de forma crescente. Será que isso tinha algum significado? Eu tenho vontade de voltar a Boston, mas ando meio preocupado. As estatísticas mostraram que o índice de teor alcóolico do meu tio aumenta bastante quando estou em sua companhia. O próprio já me confessou que quando eu fico na casa dele eu fico relembrando coisas do passado, que nem ele lembra mais, o que o deixa triste. Tempos que não voltam mais. O ser humano é nostálgico por natureza. Todos nós sempre temos tendência a achar que o passado foi melhor que o presente. Não fique assim meu tio, recordar é viver. Agora, se sua vida no passado foi uma titica de galinha o problema não é meu. A mim, seu amigo confidente, resta ouvir as suas experiências e relembrar outras tantas já vividas. Você me autorizou a publicar o seu nome nas minhas histórias. Pense bem. Posso contar a do trote do telefone em Belo Horizonte e aquele do escritório de contabilidade? A da mula barranqueira eu não vou escrever nem se você pagar. Relembrei agora aquele dia quando você morava na 21,St. Samner, e estava consertando o esgoto da pia que vasava, com a cara enfiada debaixo da pia, quando veio a Aretuza e deixou a porta de cima do armário aberta. O senhor levantou de uma vez e meteu a cachola na porta, ficando um tempão vendo estrelinhas. Até hoje eu não sei por que você não bateu na sua filha primogênita. Eu acho que a Aretuza me deve essa. Foi a minha presenta que te inibiu de dar o devido troco. Eu sei que você falou que pagava qualquer preço mais não consertava aquela @#$%&!* de pia. Saiu bufando e me chamou para ir até o deposito para comprar umas Saporo, cerveja japonesa. Você riu do meu nariz quebrado, mas até hoje eu rio daquela cabeçada na porta do armário da cozinha.