ÁFRICA ATUAL: O CONTINENTE SUBDESENVOLVIDO

 

Aurora Barboza

Beatriz de Paula

João Victor Mothé

Julia Moura

Laila Cardoso

Rachel Boechat

Introdução

            África. O primeiro continente. Localizada no centro do mapa-múndi, transpassada pelo Meridiano de Greenwich e a Linha do Equador. Local de origem de toda espécie humana. Hoje a África sofre com muitos problemas que são reflexos de vários aspectos, por exemplo, o tipo de colonização. O continente, de maneira geral, sofre preconceito, todos têm uma visão genérica da África, onde todas as suas particularidades são ignoradas, sua diversidade cultural praticamente desconhecida, apresentando simplesmente a África negra, pobre e faminta. Neste texto apresentaremos uma visão sobre a África atual, suas riquezas e os problemas enfrentados pela mesma.

Economia

A economia africana é basicamente agrícola, os africanos são em sua maioria pastores e agricultores. O PIB total de todo continente africano corresponde a apenas 1% do PIB mundial e participa de apenas 2% das transações mundiais. A produção africana é voltada em sua quase totalidade para exportação, o plantation, caracterizado pela monocultura, uso de tecnologia e onde os melhores solos são destinados à produção para exportação, enquanto os piores para a produção destinada à população, que em sua maioria passa fome. Porém há aqueles que vivem da agricultura de subsistência, onde não se obtêm lucro.

Em virtude de a África ser o continente mais pobre do mundo quando se diz respeito à economia, algumas partes do continente conquistaram seu espaço no mercado com a economia voltada para o comércio, indústrias e recursos do povo africano. Não é um ganho muito significativo para quem vê de longe, mas de muito valor para os internos. Imaginemos como seria ser um dos países mais ricos da África, mas mesmo assim continuar na pouca renda, se comparado com os outros países. É o caso da África do Sul, que sozinha contribui com um quinto do PIB africano.

O principal bloco econômico é o SADC, Southern Africa Development Community, no inglês, traduzida como Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, composta pela Angola, Botswana, Congo, Lesoto, Madagáscar, Melawi, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e finalmente Zimbawe, com sede em Gaborone, na Botswana. Exemplificando o título, o bloco tem como meta aumentar o índice de desenvolvimento da África Austral. Devido ao atraso econômico e a ausência de um mercado que possa consumir, a África se prontifica em segundo plano em todo o mundo. A África não cresce economicamente, e quando isso ocorre logo se retarda o crescimento, que, em pouco tempo, se torna nulo. Por esse motivo, o continente tem uma relação complicada com o mercado exterior. Essa pobreza se estabilizou de forma lenta, vinda desde a colonização africana, e seus reflexos hoje se marcam na violência, pouca esperança de vida e muita instabilidade. A miséria extrema também se remete na área da saúde, uma vez que, na África, residem quase que dois terços dos portadores de HIV, em dados globais; não há tratamento específico em alguns países. 

Mesmo com as veementes tentativas de improvar o crescimento econômico africano, alguns dados relatam que, nessa mesma área, algumas partes da África tem crescido rapidamente. Em 2007, Mauritânia ocupava o posto de país africano que teve mais êxito e estabilidade no crescimento, com a porcentagem de 19.8%, seguida pela Angola, Sudão e Moçambique.

Caracterizada pelo subdesenvolvimento, a esperança de que, um dia, a África pode se tornar uma nação desenvolvida é ausente por ali. A situação se agrava por conta da elevação nos índices de pobreza, seguidos pela taxa de natalidade que só se torna pior.

Fome, a África generalizada

A desnutrição é uma das principais causas de morte na África Subsaariana, só no ano de 2010 morreram oito mil crianças. A desnutrição é uma doença muito associada a pobreza, e uma das causas da fome na África é o auto valor dos suprimentos. Dos trinta países mais pobres do mundo vinte estão situados na África.

  A desnutrição é uma doença causada pela falta de nutrientes essenciais para uma criança em seu desenvolvimento, essa doença pode começar enquanto a criança ainda é um feto, pois a mãe não consegue se nutrir e nutrir o seu filho. Muitas crianças africanas também não recebem o leite materno, outro alimento essencial para um recém nascido. A consequência dessa doença é que a criança pode vir a ter deformidades e ter uma baixa expectativa de vida.

  Essa realidade se aglomera nos países: Etiópia, Moçambique, Angola, Somália, Sudão e Libéria. O número de crianças subnutridas subirá 18% em 2020 de acordo com o relatório do Instituto Internacional em Pesquisa e Política de Alimentação. Diversos países tentam ajudar financeiramente, porém o problema é de uma extenção que ajuda não é o bastante.

Copa do Mundo FIFA

A copa do mundo de futebol que ocorreu na África foi a décima nona edição do campeonato entre os países. O evento foi sediado na África do Sul contendo partidas realizadas nas cidades de Bloemfontein, Cidade do Cabo, Durban, Nelspruit, Polokwane, Porto Elizabeth, Pretória, Rustemburgo e Johanesburgo. Trinta e duas seleções nacionais foram qualificadas para participar desta edição do campeonato, sendo 13 delas europeias.

A Copa na África do Sul, por ser a primeira Copa do Mundo FIFA em continente africano, causou um grande impacto sócio-econômico no continente e principalmente no país sede, o governo gastou cerca de 17 bilhões de rands (R$ 4,3 bilhões) para modernizar o setor. A Companhia de Aeroportos da África do Sul (ACSA), órgão que administra os onze principais terminais do país desde 23 de julho de 1993, destinou as maiores quantias a três aeroportos internacionais do país.

AIDS na África, uma doença economica

A AIDS tem impedido o desenvolvimento do continente nas últimas décadas, dois terço dos portadores da doença residem na África, atingindo as classes sociais sem restrições, a AIDS afeta o país pela mortalidade, portanto pela diminuição da população economicamente ativa (PEA), afeta o IDH, Índice de Desenvolvimento Humano. As pessoas doentes não encontram um tratamento adequado, pela falta de estrutura, entre outros fatores. A doença assola principalmente a África Subsaariana, o que não significa que a África islâmica esteja imune. No Quênia de 30 milhões de habitantes, três milhões são soropositivo, em Botsuana, cerca de 39% da população entre 49 e 15 anos é afetado pela doença. Um terço da população vive com menos de um dólar por dia, ou seja, abaixo da linha da pobreza, como definido pelo Banco Mundial. A pobreza e a fome são, com certeza, um dos maiores problemas enfrentados pelo continente africano. 

 

Subsídios destinados à África

"Apesar dos bilhões que foram despejados na África, o continente continua pobre.” (SHIKWATI, James).

Em alguns casos, a ajuda internacional vinda de outros países, tem um papel importante, porém, na maioria das vezes, o dinheiro vindo de fora produz mais efeitos negativos que positivos.

A principal causadora das complicações provenientes da ajuda internacional é a corrupção. De acordo com pesquisas, dos 525 bilhões de dólares que o Banco Mundial emprestou para países em desenvolvimento desde 1946, pelo menos 25% se perderam na ilegalidade, um exemplo disso é o governo ugandense, onde são estimados desvios de cerca de 80% das doações destinadas a melhorias para a educação.

No ocidente, existem muitos cidadãos compassivos que querem ajudar a África, todo ano eles doam dinheiro e enviam roupas usadas. Então, inundam o mercado africano com essas doações, que normalmente causam dependência e desestímulo ao empreendimento, exemplo disso, são as toneladas de roupas doadas. O baixo custo das peças de segunda mão importadas para a África, faz com que fechem as portas, dezenas de indústrias têxteis, incapazes de competir com o preço.

Nesse caso, é caracterizado, um efeito dominó, as empresas fecham, ocorre uma quebra de mercado, logo, se tem um enorme número de pessoas desempregadas, e esse desemprego, gera a pobreza.

Outro ponto negativo são as chamadas, ajudas vinculadas, que funcionam da seguinte forma: O país L doa uma quantia para o país K, mas exige que uma parte da doação seja gastada em seu próprio território. É claro que dessa forma quem recebe a doação (país K), fica preso à compra dos produtos do país L, independente do preço que os fornecedores pedirem, tornando a operação cara, e extremamente ineficiente.

De qualquer modo, em um futuro idealista, a África não deveria sobreviver de doações, mesmo que por enquanto isso obtenha alguns, poucos, resultados positivos é provável que o continente só tenha um futuro sem pobreza e desigualdade social quando aprender a se mover diante dos países que a exploram.

Conclusão

Concluimos que o maior problema da África é a fome junto da situação precária de saúde.

A grande maioria dos portadores de AIDS residem na África, e a falta de dinheiro, de tecnologia, de recursos, torna o tratamento mais difícil. Os soropositivos acabam não tendo o tratamento necessário, acabam tendo baixíssima imunidade às doenças, não se alimentam, e por não se alimentarem não só os portadores da doença e sim muitos outros, morrem por dia de desnutrição e outras enfermidades comuns nesse país.
            A África recebe muita ajuda humanitária de outros países, tornando-a muito dependente desses países. Porém, muito dessa ajuda que a África recebe, acaba sendo desviada. Porém, não é apenas da ajuda vinda de outros países que a África sobrevive, ela tem seus próprios meios de sobrevivência, que são, porém, precários, como por exemplo, a agricultura que é a principal atividade econômica do continente.
            Apesar ser um continente paupérrimo, de PIB muito baixo, os países considerados “ricos” têm muito orgulho desse “título”, pois, em um país que não se tem praticamente nada, representar um quinto da sua economia, é algo muito bom comparado aos outros.
            Esse continente, sofre desde sua colonização, e sua exploração, pois, foi esse o primeiro passo pra todo o subdesenvolvimento do país. Outro problema desse continente é a falta de tecnologia, que impossibilita o avanço da agricultura e o desenvolvimento.
            África é um continente muito explorado, porém nada o beneficia. É aquele que todos exploram e depois descartam. É um continente, que se explorado corretamente, para o bem de sua população e da própria África, teria grande potencial.

            Bibliografia:

http://hipocrisiaoff.blogspot.com.br/2012/02/nao-ajudem-africa.html

http://www.sogeografia.com.br

http://mostraafricahoje.blogspot.com.br/

http://www.brasilescola.com/geografia/a-aids-na-africa.htm

http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/a-aids-na-africa.htm

http://planetaterra2012.wordpress.com/2012/06/09/economia-africana/