A Formação Rio Claro, constitui um dos mais importanes registros sedimentares cenozóicos da Depressão Periférica Paulista, exibindo litologias com espessuras máximas aflorantes ao redor de 30m. É constituída por sedimentos predominantemente arenosos, com intercalações argilosas, que ocorrem na região do município de Rio Claro-SP, cuja idade tem sido posicionada entre o Mioceno e o Pleistoceno. Embora a formação seja conhecida e tenha sido objeto de diversos estudos litoestratigráficos, o seu conteúdo paleobotânico foi apenas mencionado ou registrado fotograficamente, mas sem muitos detalhes descritivos de sua composição floristica, salvo na área de Jaguariúna (SP). As ocorrências fossilíferas registradas na literatura desde a década de 60, referem-se a afloramentos com restos vegetais de afinidades botânicas não muito bem estabelecidas com Nymphaeaceae e Potomogetonaceae, cápsulas de Musci, oogônios de carófitas, pteridófitas e folhas de angiospermas não-identificadas e assim, carecem de um estudo mais detalhado e aprofundado no sentido de melhor identificação de todos os organismos que viviam na região no período Neógeno. Os afloramentos da Formação Rio Claro, estão espalhados pela cidade homônima como também por municípios vizinhos. Recentemente, um novo afloramento fitofossilíferos, referente à fácies argilosa de planície de inundação foi identificado no bairro Serra d'Água, próximo a estrada que liga Rio Claro a Ajapí (22graus, 21' 13,74" de latitude S e 47graus, 35' 46,15" de longitude) onde foram encontrado vestígios que indicam a presença de uma nova ocorrência de fósseis vegetais. O surgimento e identificação de um novo afloramento, permite uma análise mais profunda da formação e auxilia na compreensão dos fatores que estiveram presentes em seu processo de sedimentação.


Palavras-chave: Paleobotânica, Formação Rio Claro, Bairro Serra d'Água, Neógeno.