Afetividade e Evasão
Publicado em 05 de dezembro de 2010 por Jose Angelo Justo Alvarez
Evasão por falta de Afetividade
Sozinho diante de um computador, várias atividades para elaborar, prazos apertados, dúvidas sobre o que realmente está sendo solicitado para a realização da tarefa, estes são apenas alguns dos problemas que ocorrem com grande frequência nos cursos a distância, e geram por consequência a evasão.
Então o que professores e tutores podem fazer para pelo menos minimizar os efeitos desses problemas comuns a muitos alunos nos cursos Ead? Várias pesquisas apontam para afetividade como uma ferramenta eficaz e um reforço positivo, para manter o aluno motivado a perseverar na construção de saberes e, por conseguinte, concluir o curso.
É comum aos cursos virtuais o uso de ferramentas que permitem uma interação de alunos: fóruns e chats. Porém, o uso destas apenas como um meio de realizar atividades, sem planejamento ou principalmente uma participação efetiva dos tutores, não contém a afetividade, gerando ao discente um sentimento de abandono.
Para entender como a efetividade é importante para um curso EaD, e uma poderosa ferramenta contra a evasão, precisamos conceituá-la como encontrada no dicionário Aurélio (2004):
"Conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza".
A Escola Técnica Federal do Rio Grande do Sul divulgou uma pesquisa sobre os motivos que levam a evasão na educação à distância, e concluiu que é fator critico para o sucesso do curso, o diálogo entre todos os participantes. Este trabalho demonstrou que, a solidão e a falta de interação entre os educando e os educadores e entre os próprios alunos pode levar a um abandono ainda mais acentuado dos estudos, na ordem de 30%. (FAVERO, 2006, p.2).
Em um curso a distância é fundamental a troca de informações entre tutores e alunos, não de uma forma coletiva, mas uma individualização do dialogo, o aluno perceba que é respeitado e os elementos que fazem parte do processo demonstram interesse e atenção para com ele, isto com certeza ira motivá-lo e principalmente o fará sentir que ele é parte integrante da construção da relação educativa. Paulo Freire em sua sabedoria impar nos mostra o valor do diálogo:
Não há comunicação sem dialogicidade e a comunicação está no núcleo do fenômeno vital. Nesse sentido, a comunicação é vida e fator de mais-vida. Mas, se a comunicação e a informação ocorrem ao nível da vida sobre o suporte, imaginemos sua importância e, portanto, a da dialogicidade, na existência humana no mundo. Nesse nível, a comunicação e a informação se servem de sofisticadas linguagens e de instrumentos tecnológicos que "encurtam" o espaço e o tempo. A produção social da linguagem e de instrumentos com que os seres humanos melhor interferem no mundo anuncia o que será a tecnologia (FREIRE apud FAVEIRO, 2004, p. 3).
A afetividade em qualquer modalidade de ensino é preponderante para a construção da relação de afeto e principalmente de confiança entre os atores da construção de saberes, no ambiente virtual então é fundamental, pois o aluno de um curso a distância já se sente sozinho e abandonado, e precisa ser cativado a continuar e perseverar na continuidade de seus estudos.
Concluindo este breve estudo, podemos ter a certeza que a afetividade é o fator principal para manter o aluno motivado e disposto a desenvolver continuamente suas atividades e tarefas propostas, evitando-se assim a falta de motivação e conseqüente evasão do curso. Para tanto, todo curso, antes de se preocupar com o conteúdo, ferramentas e atividades a serem desenvolvidas, deve-se preocupar com a responsabilidade do tutor/professor em cativar seus alunos, desenvolvendo um diálogo aberto e individual, construindo assim uma relação afetiva e duradoura, não só até o término do curso.
José Angelo Justo Alvarez
Referências Bibliográficas
MENDES, Carlos O. S., SÁ, Cristiane F., A Influencia da Afetividade como Fator de Contribuição para Redução da Evasão, Itajubá: UNIFEI, 2008.
ALMEIDA, Rute, Docência e Afetividade, Porto Alegre: UFRGS,2009
DICIONÁRIO AURÉLIO, Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Editora Nova Fronteira. 1 cd-rom, 1994
Sozinho diante de um computador, várias atividades para elaborar, prazos apertados, dúvidas sobre o que realmente está sendo solicitado para a realização da tarefa, estes são apenas alguns dos problemas que ocorrem com grande frequência nos cursos a distância, e geram por consequência a evasão.
Então o que professores e tutores podem fazer para pelo menos minimizar os efeitos desses problemas comuns a muitos alunos nos cursos Ead? Várias pesquisas apontam para afetividade como uma ferramenta eficaz e um reforço positivo, para manter o aluno motivado a perseverar na construção de saberes e, por conseguinte, concluir o curso.
É comum aos cursos virtuais o uso de ferramentas que permitem uma interação de alunos: fóruns e chats. Porém, o uso destas apenas como um meio de realizar atividades, sem planejamento ou principalmente uma participação efetiva dos tutores, não contém a afetividade, gerando ao discente um sentimento de abandono.
Para entender como a efetividade é importante para um curso EaD, e uma poderosa ferramenta contra a evasão, precisamos conceituá-la como encontrada no dicionário Aurélio (2004):
"Conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza".
A Escola Técnica Federal do Rio Grande do Sul divulgou uma pesquisa sobre os motivos que levam a evasão na educação à distância, e concluiu que é fator critico para o sucesso do curso, o diálogo entre todos os participantes. Este trabalho demonstrou que, a solidão e a falta de interação entre os educando e os educadores e entre os próprios alunos pode levar a um abandono ainda mais acentuado dos estudos, na ordem de 30%. (FAVERO, 2006, p.2).
Em um curso a distância é fundamental a troca de informações entre tutores e alunos, não de uma forma coletiva, mas uma individualização do dialogo, o aluno perceba que é respeitado e os elementos que fazem parte do processo demonstram interesse e atenção para com ele, isto com certeza ira motivá-lo e principalmente o fará sentir que ele é parte integrante da construção da relação educativa. Paulo Freire em sua sabedoria impar nos mostra o valor do diálogo:
Não há comunicação sem dialogicidade e a comunicação está no núcleo do fenômeno vital. Nesse sentido, a comunicação é vida e fator de mais-vida. Mas, se a comunicação e a informação ocorrem ao nível da vida sobre o suporte, imaginemos sua importância e, portanto, a da dialogicidade, na existência humana no mundo. Nesse nível, a comunicação e a informação se servem de sofisticadas linguagens e de instrumentos tecnológicos que "encurtam" o espaço e o tempo. A produção social da linguagem e de instrumentos com que os seres humanos melhor interferem no mundo anuncia o que será a tecnologia (FREIRE apud FAVEIRO, 2004, p. 3).
A afetividade em qualquer modalidade de ensino é preponderante para a construção da relação de afeto e principalmente de confiança entre os atores da construção de saberes, no ambiente virtual então é fundamental, pois o aluno de um curso a distância já se sente sozinho e abandonado, e precisa ser cativado a continuar e perseverar na continuidade de seus estudos.
Concluindo este breve estudo, podemos ter a certeza que a afetividade é o fator principal para manter o aluno motivado e disposto a desenvolver continuamente suas atividades e tarefas propostas, evitando-se assim a falta de motivação e conseqüente evasão do curso. Para tanto, todo curso, antes de se preocupar com o conteúdo, ferramentas e atividades a serem desenvolvidas, deve-se preocupar com a responsabilidade do tutor/professor em cativar seus alunos, desenvolvendo um diálogo aberto e individual, construindo assim uma relação afetiva e duradoura, não só até o término do curso.
José Angelo Justo Alvarez
Referências Bibliográficas
MENDES, Carlos O. S., SÁ, Cristiane F., A Influencia da Afetividade como Fator de Contribuição para Redução da Evasão, Itajubá: UNIFEI, 2008.
ALMEIDA, Rute, Docência e Afetividade, Porto Alegre: UFRGS,2009
DICIONÁRIO AURÉLIO, Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Editora Nova Fronteira. 1 cd-rom, 1994