Sidnei Aparecido Pacheco[1]

Para que se aumente a produção é necessário que o solo tenha uma alto teor de fertilidade, sendo assim é necessário que se use fertilizantes de acordo com a necessidade do solo, para que melhore a sua estrutura , com isso trazendo cada vez mais inúmeras vantagens ao solo. (FRONCHETI; ZAMBERLAM, 2002 p.116).

A adubação orgânica é importante para a produtividade de muitos solos, tão grande e tão variadas são os seus papeis. A matéria orgânica decompõe-se nos solos tropicais ou subtropicais e climas úmidos com grande rapidez. A redução excessiva do teor da matéria orgânica do solo prejudica-o física, química e biologicamente, redundando em diminuição na produção. (MALAVOLTA, GOMES E ALCARDE, 2000, p. 29)

Segundo Malavolta, Gomes e Alcarde (2000 p.29), os adubos orgânicos, alem de conterem vários nutrientes, proporcionando inúmeros benefícios ao solo, a matéria orgânica que encontra-se nos adubos orgânicos servem como fonte de energia, assim reestruturando melhor a qualidade do solo. Serve ainda como regulador de solo pois armazena umidade. Com isso demora mais para a fixação do fósforo, cálcio, magnésio e outros nutrientes, com isso disponibilizando com mais tempo esses nutrientes para as raízes.

Para Souza e Vieira Neto (2003) o adubo orgânico é:

[...] a melhor forma de fornecer N na fase do plantio, principalmente, quando se utiliza mudas convencionais, pois as perdas são mínimas; além disso, estimula o desenvolvimento das raízes. Assim, devem ser usados 10 a 15 litros de esterco bovino de curral por cova ou 3 a 5 litros de esterco de galinha ou 2 a 3 litros de torta de mamona ou similar. Vale lembrar que o esterco deve estar bem curtido para ser utilizado.

 

 


[1] Aluno do 6º ciclo do curso de Tecnólogo em Agronegócio

Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo – FATEC Ourinhos

Malavolta, Gomes e Alcarde (2000 p.30) definem que tanto a qualidade e a quantidade da matéria orgânica são de suma importância para as atividades determinadas dos microorganismos, tendo assim a sua influencia em relação a umidade, arejamento, ph e temperatura. Dependendo do tipo de solo a sua quantidade varia muito de um solo para o outro, em solos arenosos costuma ser de 1 a 2 %, já nos solos com textura turfosos pode chegar a 50% ou mais.

 

 

Segundo Froncheti e Zamberlam, (2002, p.117) os restos culturais e palhas da plantação anterior é a fonte de alimentação mais comum nesse meio. Sendo assim as palhas que ficam no solo traz um ótimo beneficio a ele. Esses alimentos proporcionam uma diferença conforme o tipo de planta e seu ciclo de desenvolvimento. Nessa caso da para se ter uma idéia de que quando a planta é mais jovem e menos fibras ela possuir, ela terá mais nitrogênio e menos carbono ela possuirá.

.

Adubação verde é uma das fontes principais para aumentar a microvida e fertilidade do solo. Para isso é preciso considerar o tipo de planta a ser utilizada para a adubação verde (gramínea ou leguminosa) e o clima da região. Por exemplo, num clima quente a adubação verde de leguminosa, feita para alimentar a cultura que a substituirá, ocasionará um ciclo natural mais rápido, obtendo-se, assim, um aumento da produção, o que não significa um aumento da fertilidade do solo a longo prazo. (FRONCHETI; ZAMBERLAM, 2002, p. 118).

Froncheti e Zamberlam, (2002, p.118), ressalva que “As leguminosas fixam nitrogênio do ar, disponibilizando-o para as culturas seguintes. Elas decompõem-se bem mais rápido, fornecendo nitrogênio para a nova planta a ser cultivada”.

Ainda Froncheti e Zamberlam (2002, p. 118), “O manejo da adubação verde deverá ser feito de acordo com o objetivo que se quer atingir, respeitando o ciclo natural da planta e eliminando o uso de produtos que interrompa o ciclo da cultura”.

A maneira mais rápida para a recuperação do solo degradado, é o uso do esterco que vem de origem animal. Portanto deve-se tomar muito cuidado para que o período de decomposição não tenha passado, pois se ele não estiver incorporado ela acaba apodrecendo sem a presença do ar, assim formando substancias tóxicas no solo. Quando o esterco cru for incorporado ao solo, ele deve ser superficial. É necessário que se espere uma media de 20 dias após a aplicação do esterco para começar a fazer o plantio, esse tempo de espera e necessário para que se inicie a 1º fase de decomposição, variando conforme a temperatura. (FRONCHETI; ZAMBERLAM, 2002, p.124).

Blanco reforça que:

Se o agricultor possuir animais que fiquem confinados à noite (em torno de 10 animais para cada hectare de horta), providenciar uma cama de palha e, diariamente, cobrir novamente de palha os locais estercados pelos animais, formando um colchão de palha, esterco e urina. Colocar também, uma vez por semana, camadas de cinzas, farinha de ossos, pó de rocha, fosfato de rocha e outros materiais disponíveis a fim de enriquecer o composto. Após 15 dias, retirar este material, amontoar em uma pilha e deixar até transformar-se em composto.

            Neves e Ricci (2006) concluem que para a manutenção físicas, químicas e biológicas do solo, a matéria orgânica é indispensável, pois ela causa mudanças na características do solo, aumenta a retenção de água, permitindo melhor distribuição das raízes, alem de reestruturar o solo, isso no ponto de vista físico, já no ponto de vista químico, a matéria orgânica possui uma quantidade de macro e microorganismos ideais para as plantas, ajudando a segurar por mais tempo a retenção dos nutrientes, evitando perdas, biologicamente a matéria orgânica eleva a atividade dos microorganismos do solo, por ser uma rica fonte de energia e nutrientes.

 

REFERÊNCIAS

ALCARDE, José Carlos; GOMES Frederico Pimentel;  MALAVOLTA, Eurípides. Adubos & Adubações. Edição revista e atualizada do grande clássico da agricultura nacional. Nobel, 2002

 

BLANCO, Maria Claudia da silva. Compostagem. Disponível em <http://www.cati.sp.gov.br/Cati/_tecnologias/manejo_conservacao_solo/compostagem.php>.  Acesso em 26/04/2011

FRONCHETI, Alceu;  ZAMBERLAM, Jurandir.  Agricultura Ecologica. Preservação do pequeno agricultor e do meio ambiente. Petropolis, 2002

NEVES, Maria Cristina Prata; RICCI, Marta dos Santos Freire. Cultivo do Café Orgânico.  Disponível em    <http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Cafe/CafeOrganico_2ed/adubacao.htm> 2006.    Acesso em 26/04/2011

 

SOUZA,Luciano da silva; VIEIRA NETO, Raul Dantas. Cultivo da banana para o Ecossistema dos Tabuleiros  Costeiros. Disponível em <http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Banana/BananaTabCosteiros/adubacao.htm> 2003. Acesso em 26/04/2011