Adolescência

Naiana Jeske

Falar sobre a adolescência parece ser complicado, pois é um momento em que o adolescente está sofrendo com as transformações psíquicas, físicas e sociais, no entanto essas transformações não afetam somente o adolescente, afetam sua família e muitas vezes as famílias não sabem o que pensar ou fazer. Também será na adolescência que surgirão os questionamentos a cerca da escolha profissional, essa que será uma questão com a qual o adolescente e a família precisarão saber lidar.

Então para pensarmos a adolescência inicialmente é preciso fazer uma revisão bibliográfica a cerca da infância que é o período queprecede a adolescência, dando assim estruturação para a adolescência.

De acordo com Emanuelle Oliveira (2010) na antiguidade os gregos utilizavam palavras ambíguas para classificar qualquer pessoa que estivesse num estagio entre a infância e a velhice, não havia também um conceito sobre infância e nem mesmo uma diferenciação nas etapas do seu desenvolvimento. Era uma época que não existiam restrições morais, e, a pratica do infanticídio[1] estava presente. No período da Idade Média o comportamento se caracterizava pela infantilidade em todas as idades, aqui a infância durava até os sete anos de idade, a partir desse momento a criança deveria compreender o que os adultos diziam. Portanto, na Idade Medieval as crianças são adultos em miniatura, entretanto o desenvolvimento das crianças ocorria através das relações estabelecidas com os mais velhos. Nesse contexto as atitudes dos adultos se refletiam nas atitudes das crianças. Somente na Idade Moderna as crianças passam a ser vistas como um ser social, assumindo um papel central nas relações familiares e na sociedade, sendo dignas de respeito, tendo suas características e necessidades próprias.

Segundo Oliveira, Brancher e Nascimento, citando Ariès (1973) dizem que a falta de uma historia da infância e seu registro historiográfico tardio são um indicio da incapacidade por parte do adulto de ver a criança em sua perspectiva histórica. Os mesmos autores citam Narodowski que diz que a infância é um fenômeno histórico e não meramente natural, e as características podem ser delineadas da heteronomia, da dependência e da obediência ao adulto em troca de proteção.

Todas as idades tinham uma vida semelhante, e não havia estágios que demarcassem ou os que existiam não eram claros. No entanto as crianças ficavam mais expostas à violência dos mais velhos, não possuíam poder sobre seus corpos e os escravos pareciam permanecer sempre na condição de criança, pois não podiam responder por si próprios. Portanto assim que o estrito período de dependência física da mãe fosse ultrapassado a criança era incorporada ao mundo adulto.

Somente a partir do século XVII o adulto começou a preocupar-se com a criança como um ser dependente e fraco. A partir de então o termo infância passou a designar a primeira idade da vida: idade da necessidade de proteção, que temos até os dias atuais. Assim as crianças deixaram de ser vistas apenas como seres biológicos, pois necessitavam de grandes cuidados e de uma rígida disciplina para se tornarem adultos socialmente aceitos.

No século XVIII com a invenção social da infância percebeu-se a necessidade de fundar um estatuto para essa faixa etária, juntamente com a invenção do conceito de adolescência que se deu no final do século XIX.

De acordo com Ariès (1981) a criança inicialmente tinha uma passagem insignificante pela família, não havia um equilíbrio na relação entre pais e filhos, não havia trocas afetivas. Assim que surge a escola a educação da criança passa a ser de sua responsabilidade e a criança deixa de ser “misturada” aos adultos. A família passou a ser um local de afeição por causa da educação que as crianças recebiam na escola, os pais acabam por se interessar pelos estudos dos filhos. A família passou a se organizar em torno da criança, a qual recebia assim uma importância que a fez sair do anonimato, o que fez com que muitas famílias limitassem o número de filhos para poder dar uma maior atenção para a criança.

 Porém a sociedade ainda confundia as crianças e jovens com os adultos. A criança passou a ser mais respeitada, ou seja, fazia-se o possível para evitar o contato da criança com livros ou conversas sobre assuntos sexuais para que assim seu caráter fosse bem construído. Assim a infância ficou vista por dois lados, onde um lado buscava preservá-la e outro a tornava mais velha do que realmente era.

No entanto a partir do momento que a escola ficou responsável pela educação da criança a família tornou-se mais afetiva, o jovem ganhou a oportunidade de conviver com outros jovens não precisando ficar mais somente no meio de adultos, ou seja, aos poucos o adolescente começou a ganhar seu espaço, o que permite atualmente ele se expressar e conseguir conviver com as transformações que ocorrem nessa fase.

Atualmente o que se percebe é que a concepção de infância e adolescência produzida pelo senso comum está presente no dia a dia. Para o senso comum a infância é o momento em que a criança vive em um mundo de sonhos e fantasias, que é o melhor momento da vida. A adolescência por sua vez é vista pelo senso comum como um momento em que o individuo torna-se chato, difícil de lidar, que vive criando confusão e vivendo crises. Essa concepção leva a pensar na idéia de que a infância é o melhor momento e a adolescência é uma fase difícil para o adolescente e para quem convive com o adolescente.

No entanto a infância e a adolescência nem sempre são assim como diz o senso comum, pois basta sair na rua que encontraremos crianças passando fome, se prostituindo, é nesse cenário que algumas crianças estão inseridas, o que pode contradizer o senso comum, assim como existem adolescentes tranqüilos, que não criam confusões, e mais uma vez o senso comum se contradiz.

Sobre essa realidade das crianças Scliar (1995, p. 4) dirá o seguinte:

“Nem todas as crianças, contudo, podem viver no país da infância. Existem aquelas que, nascidas e criadas nos cinturões de miséria que hoje rodeiam as grandes cidades, descobrem muito cedo que seu chão é o asfalto hostil, onde são caçadas pelos automóveis e onde se iniciam na rotina da criminalidade. Para estas crianças, a infância é um lugar mítico, que podem apenas imaginar, quando olham as vitrinas das lojas de brinquedos, quando vêem TV ou quando olham passar, nos carros dos pais, garotos da classe media. Quando pedem num tom súplice- tem um trocadinho aí, tio?- não é só dinheiro que querem; é uma oportunidade para visitar, por momentos que seja, o país que sonham”.

Já para Calligaris (2000, p. 9) a realidade do adolescente é da seguinte forma:

“Nossos adolescentes amam, estudam, brigam, trabalham. Batalham com seus corpos, que se esticam e se transformam. Lidam com as dificuldades de crescer no quadro complicado da família moderna. Como se diz hoje, eles se procuram e eventualmente se acham, Mas, além disso, eles precisam lutar com a adolescência, que é uma criatura um pouco monstruosa, sustentada pela imaginação de todos, adolescentes e pais. Um mito, inventado no começo do século 20, que vingou, sobretudo depois da Segunda Guerra Mundial”.

A partir disso passamos a falar da adolescência que atualmente vem sendo estudada pela sociologia, antropologia, psicologia, etc, recebendo um maior enfoque.

A adolescência é a fase de desenvolvimento entre a infância e a fase adulta, ocorrem alterações físicas, mentais e sociais. Ocorre um distanciamento de certas formas de comportamento e privilégios que o individuo possuía na infância, assim o individuo terá que assumir deveres e papéis sociais como adulto. Como nos é apresentado no Estatuto da Criança e do Adolescente a adolescência é um período que se inicia aos 12 anos e termina aos 18 anos.

Segundo Eloisa Grossman o termo adolescência tem origem na antiguidade, mas somente no fim do século XIX quando os jovens foram aos poucos retirados do mercado de trabalho para freqüentar a escola e outras instituições educacionais é que esses indivíduos receberam maior valor. No Império Romano que se deu de I à 476 d. C era necessário que o pai aceitasse o filho para que em seguida ele fosse entregue a uma pessoa que ficaria responsável por sua educação, sendo que essa preparação acontecia de forma rígida para a melhor formação do caráter da criança que seria devolvida ao pai somente no período da puberdade. Aos 12 anos os meninos e meninas abandonavam o ensino elementar para estudar autores clássicos e mitologia para adornar o espírito. Somente aos 14 anos o jovem poderia fazer o que quisesse, o que gostasse, aos 17 anos poderia ir para o exercito ou seguir carreira pública. Era o pai que dizia quando a criança se tornaria adolescente, não havia uma idade ou período que definia a adolescência. Já iniciava sua vida sexual, comprando os prazeres de uma serva ou indo a um bairro devasso ou ainda era escolhido por uma dama da alta sociedade que o tornasse menos inocente. As meninas deveriam casar-se entre 12 e 14 anos e assim eram consideradas adultas.

No século II os médicos higienistas indicavam ginástica e estudos para os jovens e não mais o sexo, pois esse era considerado um prazer e assim como o álcool era tido como perigoso, a masturbação deveria ser evitada, pois proporcionava um amadurecimento precoce e imperfeito. O menino deveria ficar sob a autoridade do pai até a morte desse, para somente após a morte do pai se tornar um “pai de família”.

 De acordo com Grossman na Idade Média o termo adolescência era pouco conhecido, a criança passava diretamente para a fase adulta assim que os pêlos começassem a crescer e o menino já pudesse fazer a barba, era considerado adulto, o homem a partir de então deveria ser agressivo para ser um bom guerreiro. Até essa época a adolescência era confundida com a infância. Mas sob influência de Aristóteles surge o conceito “idades da vida” que correspondem a períodos de sete anos, sendo a primeira idade, a infância, que se dá do nascimento até os sete anos, a segunda idade, se dá dos sete aos catorze anos a “pueritia”[2], a terceira idade, em que a pessoa era grande o suficiente para procriar, era o período que se chamou adolescência, em seguida surge a juventude que é a idade em que a pessoa estaria na plenitude de suas forças, durando esse período até os cinqüenta anos e por último se chegaria a velhice onde os sentidos já não estariam tão bons.

Portanto, para a sociedade medieval a infância não existia, não havia distinção entre criança e adulto, a pessoa se tornava adulta a partir do momento que conscientemente não dependia mais da mãe ou da ama, o crescimento era um fenômeno quantitativo e não qualitativo, assim que a criança superava o alto risco de mortalidade era logo misturada aos adultos. A infância era um período logo ultrapassado e a lembrança também era logo perdida.

Conforme Grossman as crianças gregas cresciam ouvindo canções, fabulas e histórias mitológicas, assim que o menino completasse sete anos quem assumia a educação era a cidade, os meninos eram educados de forma rígida, uma espécie de adestramento, com finalidade cívica e militar, aos 16 anos o menino já poderia falar em publico, aos 20 anos era submetido a várias provas, sendo que a mais difícil era a que o menino era obrigado a passar um tempo de forma clandestina e a noite deveria matar um escravo da região. Esses eram rituais que segundo os gregos unia o jovem ao adulto, pois o jovem durante esse período de provas era guiado por um adulto.

 Em algumas regiões gregas a forma de educar as crianças era um pouco diferente, sendo que as crianças permaneciam em casa, aprendiam atividades domésticas e alguma coisa sobre educação com as mulheres da casa. Os meninos a partir dos sete anos freqüentavam a escola e em casa havia uma pessoa responsável pela educação dessa criança, quase sempre era um escravo escolhido pela família, a criança deveria afastar-se do mal e adquirir sabedoria, certo tempo depois eram enviados a um professor para que a inteligência estivesse a serviço de um corpo são e para que não fossem forçados a recuar dos deveres de guerra por causa da fraqueza física. A maioridade civil era atingida aos 18 anos e durante dois anos deveriam prestar serviço militar que os preparava religiosa e moralmente. As meninas para adquirirem saúde e vigor para serem mães de família faziam exercícios físicos e casavam entre 15 e 16 anos. (Grossman 1998, p. 68)

No século XVIII acontecem as primeiras tentativas de definição da adolescência, mas somente no século XX essa definição do conceito da adolescência se dá. O século XX ficou conhecido como o “século da adolescência”, os adolescentes eram tidos como heróis. A partir de então o adolescente passou a ser mais valorizado e a sociedade preocupou-se como o adolescente pensa, faz e sente, a puberdade se define claramente, juntamente com as mudanças psíquicas.

Já na contemporaneidade a adolescência é um período de transformações, que são as transformações corporais, ou seja, a puberdade, em que o crescimento acontece de forma rápida, surgimento dos pêlos pubianos, crescimento do pênis, passando a ter ereção e ejaculação, mudança na voz dos meninos, aumento dos seios nas meninas, por causa dos hormônios ocorre a explosão da sexualidade. Assim como acontecem transformações comportamentais, como rebeldia, isolamento, apego exagerado ao grupo, adoção de novas formas de vestir-se, falar e relacionarem-se, períodos depressivos, tristes, eufóricos, surgem as idéias de que podem mudar o mundo, perdem a referência.

Segundo o psicanalista Erik Erikson (1972) a adolescência é um período em que acontece a “crise de identidade” que acarreta angústia, passividade, revolta, dificuldade de relacionamento, conflito de valores, etc. É nesse momento que o ego desenvolve a identidade, assim é preciso adaptar o sentido do eu às mudanças físicas da puberdade, desenvolver uma identidade sexual madura, buscar novos valores e fazer uma escolha ocupacional. Ainda segundo o autor a identidade não é estática e imutável, mas está em constante desenvolvimento.

O individuo na fase da adolescência começará a fazer questionamentos sobre sua identidade, sendo que nesse período o individuo encontrará muitos significados. O individuo buscará conhecer mais de si mesmo, construirá sua personalidade. Nessa fase os indivíduos buscam participar de grupos que tenham os mesmos interesses, gostos e desejos para assim evitar conflitos e fazer amizades. Costumam se afastar da família, pois ela não apresenta os mesmos interesses que o adolescente. 

A adolescência vista pela psicanálise diz de uma operação psíquica estruturante sendo um fenômeno típico da contemporaneidade, pois as mudanças corporais do púbere acontecem cada vez mais cedo. Segundo Ruffino (1995) a adolescência é uma necessidade constitutiva da subjetividade moderna, já para Calligaris (2000) é uma das formações culturais mais poderosas de nossa época. Calligaris dirá que o adolescente é alguém que teve tempo de assimilar os valores mais banais e melhor compartilhados na comunidade, é alguém que cujo corpo chegou a maturação necessária para que ele possa, efetiva e eficazmente se consagrar às tarefas que lhes são apontadas por esses valores, competindo de igual para igual com todo mundo, é alguém para quem, nesse exato momento, a comunidade impõe uma moratória, é alguém cujos sentimentos e comportamentos são obviamente reativos, de rebeldia a uma moratória injusta, é alguém que tem o inexplicável dever de ser feliz, pois vive uma época da vida idealizada por todos, é alguém que não sabe quando e como vai poder sair de sua adolescência.

Segundo Calligaris a adolescência nada mais é do que:

... um mito, inventado no começo do século XX, que vingou sobre tudo depois da Segunda Guerra Mundial. A adolescência é o prisma pelo qual os adultos olham os adolescentes e pelo qual os próprios adolescentes se contemplam. Ela é uma das formas culturais mais poderosas de nossa época. Objeto de inveja e de medo, ela dá forma aos sonhos de liberdade ou de evasão dos adultos e, ao mesmo tempo, a seus pesadelos de violência e desordem. (2000 , p. 9)

Segundo Freud a saída da infância impõe ao sujeito um trabalho intensivo de elaboração do laço social a partir das referências simbólicas transmitidas pela cultura e representadas pelos ideais, o que faz com que o adolescente seja afetado por essa transmissão. 

Para a psicologia a adolescência é o inicio do amadurecimento sexual, ou seja, a puberdade, e seu fim se dão pelo amadurecimento social do individuo. Não se pode confundir adolescência e puberdade, Pois a adolescência se configura em um processo muito mais abrangente, que diz de transformações comportamentais que transcendem a questão orgânica.

 A adolescência é um período em que ocorre um aumento das operações mentais, melhora da qualidade no processamento de informações e modificações dos processos que originam a consciência. Permite ao individuo pensar em possibilidades, o pensamento não se limita a realidade, podendo pensar em hipóteses irreais, possibilita gerar novas possibilidades de ação. Adquirem-se o pensamento abstrato, compreendendo conceitos abstratos, estruturas complexas. O individuo consegue refletir sobre seu próprio pensamento, consegue direcionar conscientemente a atenção, a reflexão e a avaliação de pensamentos passados. É possível fazer auto-reflexão e introspecção.Adquire capacidade para argumentar sob diferentes pontos de vista. Também consegue compreender outros pontos de vista.

Assim pensar sobre a adolescência é ter em mente que é um período de mudanças, sendo que o adolescente não é um mero espectador, poderá atuar sobre si mesmo, controlando suas explosões, aceitando os pais como eles são, abandonando certos vícios e reforçando certos hábitos importantes para a superação de muitos problemas e realização de muitas tarefas como estudar, refletir antes de agir, de respeitar as pessoas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Referencias

Conceito de infância – Oliveira Emanuelle – InfoEscola Disponível em http://www.infoescola.com/sociologia/conceito-de-infancia/ Acessado em 12.10.12 às 14:10

A construção social do conceito de infância: Algumas interlocuções históricas e sociológicas – Oliveira de Fortes Valeska, Brancher Roberto Vantoir, Nascimento do Terra Claudia – Revista Olhar do Professor Disponível em http://www.ufsm.br/gepeis/wp-content/uploads/2011/08/infancias.pdf Acessado em 12.10.12 às 14:58

Diferentes concepções da infância e adolescência: a importância da historicidade para sua construção – Frota Coelho Monte Maria Ana UFC Disponível em http://www.revispsi.uerj.br/v7n1/artigos/pdf/v7n1a13.pdf Acessado em 13.10.12às 23:51

Livro: A historia social da infância – Ariès Philippe – Segunda Edição (1981)

Adolescência e Construção da Identidade – Lepre Melissa Rita Disponível em  http://www.psicologia.org.br/internacional/pscl36.htm Acessado em 13.10.12 às 00:00

Adolescência através dos tempos – Grossman Eloisa Disponível em http://ral-adolec.bvs.br/pdf/ral/v1n2/p03v01n2.pdf Acessado 14.10.12 às 09:00

Construção histórica da noção de adolescência e sua redefinição na clínica psicanalítica – Nunes Tiellet Lucia Maria, Jover Rivero Eliane Disponível em http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S1413-666X2005000200002&script=sci_arttext Acessado em 14.10.12 às 10:00

A adolescência na contemporaneidade: ideal cultural ou sintoma social – Coutinho Gageiro Luciana Disponível em http://www.editoraescuta.com.br/pulsional/181_02.pdf Acessado 14.10.12 às 10:15

 

 

 

 



[1] É um crime contra vida, o termo tem origem no do latim “infanticidium” que significa morte de uma criança, principalmente recém-nascido. Em relação ao homicídio tem a pena diminuída, desde que seja praticado pela mãe sob influência do estado puerperal (situação em que a mãe pode estar abalada emocionalmente). Por outro lado, não se encontrando a mãe neste estado anímico, caracteriza-se o homicídio. (Artigo: Infanticídio: Homicídio Privilegiado no Código Penal Brasileiro- Souza de Fernandes Kenedys – Disponível em www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3894)

[2] Período da vida entre infância e adolescência. (Disponível em http://www.verbetes.com.br/def:105234)