Às vezes observo o mundo ao meu redor, encho-me de questionamentos e nenhuma resposta.
Não é curioso como, no Brasil, é possível realizar uma segurança extrema ao presidente dos EUA, Barack Obama, e não conseguimos, em hipótese alguma, salvar nossos jovens da mira dos traficantes? Sempre servimos caviar ao visitante, e na intimidade comemos ovo e arroz.
Noto as celebridades do futebol como Ronaldo: o que mais, além do futebol, existe para eternizá-lo? Morrerá muito breve. Ronaldo não teve a mesma sorte que Pelé, pois este foi rei em tempos que só havia um rei. As monarquias sucumbiram. Difícil ser o "inovador".
A propagação da era digital coloca em xeque, não só o novo celular, visto que haja dezenas de novos modelos quando o indivíduo crê que adquiriu algum novinho, de ponta; mas deixa acuados os valores ético e moral, projetados na mídia e corroborados no cotidiano.
Intriga-me saber que o político que outrora estivesse plenamente envolvido em escândalos, mesmo que não consiga dar nenhuma explicação plausível, aparece tão eloquente no próximo discurso eleitoreiro e ainda recebe congratulações. A lei da ficha limpa vale para os outros e só no próximo ano. Precisamos adiar a honestidade. É lei.
Repugnante é saber que aquele que eu contrato (político) nem sequer me ouve. Tudo bem, me ouvir seria muito, pois só represento um dos seus milhões de patrões. Mas indigna-me é ter a certeza de que quem mais tem chefe, menos obedece, e pior, ele inverte o papel: passa mandar. Isso ocorre tranquilamente até a próxima eleição. Asqueroso! E olhe que há quem teme a um chefe só. Quanta ingenuidade!
Tortura-me o funcionário público pagar por um plano de saúde e ter que se humilhar, consciente de que seu plano não o atende, para conseguir um atendimento. Paga-se caro, no contracheque e no uso. Se o "usuário" paga e o órgão destinatário não recebe, que caminho é esse tão tortuoso e longo? Por que ninguém reclama?
É incrível, como há o mentiroso criticando a mentira alheia e falta coragem para desmascará-lo. Uma mentira dita várias vezes torna-se verdade? Pelo menos, muitos torcem por isso.
Irônico ver seres que gastam seu precioso tempo a julgar os outros, enquanto suas causas mofam o cenário de sua própria conduta. Pior. Ele nem percebe a que grupo pertence (muitas vezes pertence ao mesmo grupo que acabara de condenar). Ofusca sua visão para seu eu, só identifica falhas alheias e enquanto suas principais aberrações se apresentam tão cristalinas, sem, porém, serem vistas. Ver exige talento, exige exercício!
Pensemos na Copa 2014...