Quem de nós não esteve um dia diante  de  uma pessoa que detinha o poder? De uma forma ou de outra sempre estamos diante que alguém que detém o poder.

Nossos pais, nossos professores , um chefe, um juiz, um policial, enfim há uma série de situações , onde, baseado na atividade e responsabilidade,  alguém detém autoridade e poder.

Quem estudou história deve se lembrar da teoria do absolutismo.

Absolutismo é uma teoria política que defende que uma pessoa , normalmente  um monarca , deve deter todo o poder .Uma teoria baseada no direito divino dos reis,do poder emanado de Deus.

Esse sistema de governo típico dos séculos XVI a XVIII deixa um rastro em algumas de nossas empresas.

Não é  incomum encontrarmos e também presenciarmos situações onde chefes , proprietários de empresas a despeito do prejuízo que determinadas orientações  possam causar exigem o cumprimento da ordem emanada .

As frases são as mais corriqueiras como : Eu sou o chefe, estou mandando, ou quem manda aqui sou eu, ou ainda manda quem pode , obedece quem tem juízo.

Essas situações expressam na verdade “Eu sou o estado “  e “O Estado sou eu “.

Normalmente essas empresas detém alto turno-over , expressão muito usada  para demonstrar o alto giro da contratação e demissão dos funcionários.

Podemos afirmar que em função da instabilidade funcional as empresas com esse estilo de administração estão   fadadas ao fracasso?

Não necessariamente . Há pessoas que administram com forte comando , alto nível de intransigência , mas  também  com bom nível de assertividade, contudo essa não é a regra no mercado.

As pessoas de modo geral buscam no seu trabalho uma forma de realização , mesmo que temporária.Quando encontram ambiente propício para opinar , para desenvolver suas aptidões dedicam-se e oferecem um resultado de melhor qualidade, quando não encontram  a omissão se faz presente.

A omissão é uma das formas mais nefastas e que mais prejuízos traz  às empresas , uma vez que perpetua o desperdício.

A gestão de uma empresa com alto grau de desperdício pode colocá-la rapidamente em situação falimentar.

Nos dias de hoje  a alta  competitividade rapidamente retira do mercado as empresas que não  atendem  os seus requisitos  , razão pela qual vemos empresas nascerem e desaparecerem e outras centenárias irem a bancarrota.  

O poder usado de forma desmedida e irresponsável pode levar gestores a praticarem atos que causarão grandes danos aos resultados da empresa , impedindo sua continuidade, como investimentos sem a devida cautela, descontinuidade de produtos lucrativos  e  lançamento de produtos sem aceitação  , parcerias danosas, troca de matérias-primas gerando prejuízos , mudanças mal feitas em produtos estratégicos , etc.

Não é incomum também encontrarmos gestores que foram exaustivamente alertados dos riscos , mas detentores do poder negligenciaram as informações que receberam.

Correr riscos faz parte dos negócios , dentro de limites que não causem danos definitivos a organização , caso contrário o ato se torna temerário.

Em situações de gestão temerária é muito comum se observar a desatenção ou negligencia à indicação de riscos, por uma pessoa  mas também por grupos.

Tenho visto ao longo da carreira de consultor que  profissionais experientes   carregam consigo conhecimentos inestimáveis  , mas muitos carregam também muita teimosia, acreditando que o sucesso se repetirá sempre com as mesmas atitudes e não se dão conta da mudança dos ventos  , praticando com o poder que detém muitas vezes gestões bastante danosas a sua organização .

 

 

 

Ivan Postigo

Economista,  Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP

Autor do livro: Por que não? Técnicas para  estruturação de carreira na área de vendas

Postigo Consultoria de Gestão Empresarial

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