Acolhimento em unidade de estratégia de saúde da família: um olhar sobre a prática profissional.

O objetivo principal deste artigo é analisar as ações praticadas pelos profissionais de saúde pública, especificamente na Estratégia de Saúde da Família, em relação ao acolhimento. Inicialmente foi feito uma revisão bibliográfica sobre o tema proposto, para descrever conceitos e conhecer métodos para aplicabilidade em saúde, trazendo a tona a sua eficácia. A leitura foi realizada de modo sistemático, em sites de artigos científicos e documentos do Ministério da Saúde, ressaltando pontos pertinentes ao assunto abordado pela autora. Após a leitura, foi realizada uma pesquisa, de campo, exploratória, tendo como instrumento para coleta de dados um roteiro para observação direta e não participativa do pesquisador. Descrever as ações realizadas pelo trabalhador no atendimento integral ao usuário, assim como o ambiente físico e social do atendimento, capturando práticas e saberes utilizados, é o ponto crucial da pesquisa. O acolhimento é fator primeiro para a humanização em saúde. A união usuário-profissional é o catalisador, para aprimorar as relações, que são as principais definidoras de atendimento digno e respeitoso, sustentando o vínculo que emerge do encontro da parte que busca ajuda, e a parte que oferece apoio. Neste contexto o meio-ambiente, onde estas relações acontecem, torna-se um agente de inclusão, proporcionando maior satisfação, conforto, bem-estar físico e emocional a todos que dele usufruem. A atuação do trabalhador em saúde deve ter como base conhecimentos sobre humanização atualizados, proporcionando assim um atendimento tecnológico de escuta avançado, para uma demanda, que se encontra entre a fronteira dos “problemas da vida” e a “doença física” objetivamente definida. Entende-se que problemas referentes à qualidade no atendimento baseiam-se na imposição de certos valores morais e comportamentais, supervalorizando a pratica médica, onde o usuário depara com uma forma de tratamento diagnóstico-terapêutico, pouco eficaz, sendo que as necessidades emocionais e culturais da coletividade, geralmente não são reconhecidas.