CAPÍTULO I

AÇÕES NA EDUCAÇÃO DOS JOVENS E ADULTOS

Primeiramente temos que conhecer a história que possibilitou com que o EJA surgisse e a sua evolução ao passar dos anos buscando a excelência na educação deste público especifico.
Os docentes necessitam de instrumentos que possa auxiliam na produção teórica e prática do conhecimento, no entanto não se podem esquecer-se dos limites que são impostos. O aprendizado pode ocorrer de forma independente ou com o auxilio do tutor, o qual auxilia na produção do conhecimento seja no âmbito escola seja fora deste (ASSUNÇÃO, 2010).
O EJA é um importante segmento que permite as pessoas a ter acesso a um nível de escolaridade em idade dentro dos padrões mínimos admissível para o ingresso no ensino regular. Em outros tempos este ensino visava completar a deficiência existente na época, Ensino Supletivo. Mas para que este projeto caminhe e necessário que os profissionais se envolvam deste os gestores até os discentes. O EJA merece uma dedicação exclusiva, pois necessita de uma adequação do cronograma, planejamento, metodologia e na utilização dos recursos tecnológico (CALIARE, 2009).
Para que o docente da especialização de jovens e adultos venha a trabalhar com este publico, ele deve estar apto e ter a competência para desenvolver esta atividade.
O profissional deve constantemente estar atualizado o seu conhecimento seja com cursos, estudo e ou pratica profissional. O importante e que a busca pelo conhecimento nunca cesse e sim aumente a cada dia que se passe.
O fluxograma permite demonstrar a interação da educação de jovens e adultos de forma a demonstrar toda a dinâmica do processo de ensino. Mostra os sub-tópicos e as necessidades dos jovens e adultos na educação.

1.1 Breve Histórico do EJA

Para uma melhor compressão sobre o EJA (Educação de Jovens e Adultos), faz-se imprescindível expor o inicio da história que origem este projeto dentro do sistema educacional do brasileiro.
Segundo Hamze [2005], a Educação de Jovens e Adultos surgiu no cenário da sociedade civil, das "brechas" do Sistema Educacional Brasileiro. As fundamentais características das ações governamentais em Educação de Jovens e Adultos saíram das políticas assistencialistas, populistas e compensatórias.
De acordo com Sacramento [2005], nos períodos de Colônia e Império, os jesuítas dominaram a educação, com a finalidade de disseminar o catolicismo e dar educação à classe alta dos colonizadores, a quem se proporcionava uma educação humanística. Esse domínio pactuava com os interesses do regime político que tinha em vista à manutenção da ordem. Na Europa, com o crescente movimento da Reforma, paralelo às idéias modernas movidas no Iluminismo, a Companhia de Jesus tratou de afastar as atividades fundadoras presentes naquele continente e, comunicava, através dos seus ensinamentos, os severos dogmas católicos, o que permitiu com que ocorresse a destruição das culturas inteiras.
Já para Hamze [2005], no histórico da Educação de Jovens Adultos no Brasil estão os jesuítas, que no Brasil colônia, excita a catequização das nações indígenas. Já no Brasil Império (1876), a primeira aparição do ensino no período noturno para Adultos foram apelidados de educação ou instrução popular. Com a Lei Saraiva (1882), teve a proibição do voto do analfabeto. A escolarização, na ocasião, é acoplada à ascensão social e ao analfabetismo à incapacidade e inabilidade social. Os ânimos pela educação e otimismo pedagógico provocaram dois movimentos ideológicos da elite brasileira. A educação passou a ter presença como um dos meios para soluções dos problemas da Nação. Este apareceu nos anos de transição do Império - República (1887-1897). Também ocorreu a expansão da rede escolar, e as "ligas contra o analfabetismo" anos 1910, que tinha como objetivo o imediato desaparecimento do analfabetismo, por interesse no voto que na época era proibido aos analfabetos.
Conforme Sacramento [2005], o otimismo pedagógico surgiu nos anos 1920, e culminou a partir de 1930, com o Movimento Escola Nova. O caráter qualitativo e otimização do ensino tiveram como arena a melhoria da qualidade didáticas e pedagógicas da rede escolar. Nos anos 20, foram iniciadas mobilizações em torno da educação como dever do Estado, sendo um momento de intensos debates culturais, políticos e da questão da identidade nacional e definição de nação.
Paschoal Leme fez a primeira tentativa oficial de organizar o ensino Supletivo nas décadas de 30 e 40, ao mesmo tempo em que apareceram conhecimentos extra-oficiais na alfabetização de adultos, como o uso da Literatura de Cordel e a carta de ABC.
Para Hamze [2005], a primeira Lei Orgânica do Ensino Primário (1946) trata da edificação do material pedagógico correspondente, ao guia de leitura e alfabetização. O convite para o engajamento voluntário e a falta de acúmulo de experiências que dessem suporte às ações governamentais, colaboraram para que a campanha não alcançasse êxito. De 1958 até 1961, houve a Campanha Nacional do Analfabetismo (CNEA), e em 1958, adveio o II Congresso Nacional de Educação de Adultos, onde Paulo Freire foi à maior expressão do cenário progressista da educação neste acontecimento. De 1961 a 1963, foi trajado o período de fervor político e cultural pelo ambiente de reformas de base aconselhado pelo governo, pela organização e mobilização popular na história política nacional. No ano de 1966, o governo criou o Plano Complementar ao Plano Nacional de Educação e a Comissão Nacional de Alfabetização e Educação Assistemática (CNAED), com finalidade de centrá-la e auxiliar a financeiramente as ações na Educação de Jovens e Adultos e de fazer o controle ideológico. No ano 1967, houve a criação do MOBRAL (movimento brasileiro de alfabetização), arquitetado como norma de controle da população. Nos anos 70, a Educação de Jovens e Adultos é diferenciada como suplência da educação formal, tendo por objetivo a oportunidade de acesso de jovens e adultos ao sistema formal de educação.
Em 1980 foi marcado pelos movimentos sociais e pelo início da abertura política. Os projetos de alfabetização se abriram em turmas de pós-alfabetização. No ano de 1985 desacreditado, com o MOBRAL, este foi extinto e no seu lugar foi na década de 90. Com a extinção da Fundação Educar, apareceu um vazio na Educação de Jovens e Adultos, assim alguns estados e municípios assumiram a responsabilidade de oferecer programas de Educação de Jovens e Adultos, o que mostrou que necessitava de ocorrer uma reformulações pedagógicas (LOPES; SOUSA, [2005]).
Conforme Sacramento [2005], com a LDB 9394/96, a nomenclatura Ensino Supletivo passa para EJA. Com o Parecer CEB/CNE 11/2000 que baseou a Resolução do CNE de Diretrizes Curriculares para a EJA, são destacadas as alterações da nomenclatura de ensino supletivo para EJA, o direito público subjetivo dos cidadãos à educação, as funções: reparadora, equalizadora e qualificadora, assim como aponta a EJA da aceleração de estudos, arquiteta a necessidade de contextualização dentro do currículo e dos procedimentos pedagógicos os quais são indica para a formação específica dos educadores.
Em 1997 realizou-se na Alemanha/Hamburgo, a V Conferência Internacional de Educação de Jovens, promovida pela UNESCO (Organização das Nações Unidas). Essa conferência representou um importante marco, à medida que estabeleceu a vinculação da educação de adultos ao desenvolvimento sustentável e eqüitativo da humanidade.
No ano de 1998 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação ? LDB 9394/96, dedica dois artigos (art?s. 37 e 38), no Capítulo da Educação Básica, Seção V, para reafirmar a obrigatoriedade e a gratuidade da oferta da educação para todos que não tiveram acesso na idade própria.
Já em 2000 a coordenação do Conselheiro Carlos Roberto Jamil Cury, é aprova o Parecer nº 11/2000 ? CEB/CNE, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Também foi homologada a Resolução nº 01/00 ? CNE (LOPES; SOUSA, [2005]).
A conferência de 1997 permitiu com que estabelecesse medidas para o desenvolvimento do processo de ensino aprendizado. Posteriormente evoluiu o processo até ser criada uma diretriz.


1.2 Importância do EJA

Este estudo irá também demonstrar o quanto é importante a educação dos jovens e adultos (EJA). Este público alvo na sua grande maioria esta no mercado econômico de forma ativa desempenhado papel importante, e por este motivo as instituições de ensino devem ter cuidado na elaboração de seu planejamento educacional tentando atender as prioridades da formação escolar do cidadão.
À medida que a sociedade vai se ampliando, aparece a necessidade da escolarização e é bom que isso ocorra, pois a educação dos adultos patrocina a educação das crianças e dos adolescentes, pois quanto mais os pais estudam mais conscientes ficam sobre o valor da educação e acaba contribuindo para que os seus filhos permaneçam na escola (LOPES; SOUSA, [2005]).
Com o passar dos anos mais adultos se interessam pelo aperfeiçoamento e pelo recomeço da sua educação escolar, cria-se até mesmo turmas especifica para atender de maneira diferenciada este publico alvo.
Relato da importância do EJA no cotidiano publicado pelo Publicado no Jornal Gazeta do Povo (PR):
No dia 8 de setembro comemora-se o Dia Internacional da Alfabetização, um bom motivo para lembrar que o direito à educação de jovens e adultos ainda não é plenamente garantido. Do ponto de vista formal, o direito à educação para pessoas jovens e adultas está resolvido porque a Constituição de 88, por intensa pressão da sociedade civil, determina a que o Estado deve oferecer "Ensino Fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria".
No entanto, concretamente, permanece a exclusão a este direito, como demonstram os altos índices de analfabetismo. Em todo o País, em 2000, entre as pessoas consideradas analfabetas funcionais ? que têm entre 1 e 3 anos de estudo ? e aquelas consideradas analfabetas absolutas, são 42.844.220 pessoas acima de 10 anos que não podem fazer uso da leitura e escrita em seu cotidiano, o que representa 31,4% da população desta faixa etária (IBGE, 2000). Em 2005, os dados do 5º Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (INAF), demonstram que apenas 26% da população brasileira na faixa de 15 a 64 anos de idade são plenamente alfabetizados. Neste universo, 70% são jovens de até 34 anos. Mas o que mais impressiona é que dos 68 milhões de pessoas acima de 15 anos que não completaram o ensino fundamental de 8 anos, apenas 7, 6 milhões, pouco mais de 10%, freqüentavam uma escola em 2003 (IBGE).
Quando se toma a educação de jovens e adultos do ponto de vista de seus potenciais educando, verifica-se que estes são justamente aquelas pessoas que as estatísticas alocam entre os pobres e indigentes; são as pessoas negras, os moradores das regiões mais pobres, ou, nas metrópoles, os que têm mais dificuldades de conquistar empregos. E os trabalhadores rurais, grande parte ainda sem terra; são as mulheres mais idosas, vítimas da subcontratação no mercado de trabalho ou exploração nos serviços domésticos, sequer considerados trabalho.
A importância de se investir na educação de jovens e adultos no Brasil reside, primeiramente, no reconhecimento dessas pessoas como sujeitos de um direito universal que, em virtude de situações de desigualdades, lhe foi negado no passado e lhe é dificultado no presente.
Propomos que as políticas públicas, tomadas como instrumento para a concretização de direitos, sejam, na área da educação, propositadamente dirigidas a estas pessoas. Isto implica em admitir que um direito universal só se realiza universalmente quando são reconhecidas e acolhidas as especificidades daqueles que não são atingidos pelas ações gerais na formulação da ação do Estado.
As ações de caráter afirmativo, ou discriminações positivas são muitas vezes denominadas "focalização", e criticadas porque esta noção se contrapõe à de universalidade, característica inerente às políticas públicas. Sem desconsiderar o debate em torno deste tema, sobretudo em relação ao seu significado para o estabelecimento de critérios para a alocação de verbas públicas, acreditamos que reivindicar o caráter de ação afirmativa para a educação de jovens e adultos, ao contrário, é uma etapa decisiva no processo de universalização da educação no Brasil.
Não há, neste caso, a tensão colocada entre universalidade e focalização nas ações públicas como a que decorreu, sobretudo a partir do evento do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), que centrou suas ações de financiamento apenas em crianças de 7 a 14 anos, excluindo pessoas jovens e adultas do ensino fundamental, sem falar das crianças pequenas da educação infantil, e os jovens e adultos do ensino médio.
O que se propõe, então, é a garantia, a grupos específicos, de acesso diferenciado a serviços e ações públicas destinadas à realização de direitos, ampliando as possibilidades de desenvolvimento, pessoal e coletivo. A importância de se investir na educação de jovens e adultos reside no fato de ser uma ação afirmativa para superação das desigualdades. Isto implica no reconhecimento da sua particularidade no contexto da universalidade do direito humano à educação e da condição de exclusão deste grupo, baseado na ausência da oferta dos serviços escolares (HADDAD, 2006).
Hoje em nosso país existem muitos casos de analfabetos funcionais o que é isto é que constantemente as pessoas iniciam sua jornada escolar e com o passar dos anos está pessoas abandonam o estudo. A principal fase de abandono na escola é na fase da adolescência, seja por comodismo seja por necessidade de realização pessoal e ou financeira.


1.3 Política de Ensino do EJA

"O dever do Estado com a educação será efetivado mediante garantia de: ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria" (Art.208, Constituição Federal de 1988).
O estado deve possibilitar recursos que permita e que garanta o direito da inclusão dos jovens e adultos na educação regular, mesmo que para isto seja criadas políticas que ira permitir e possibilitar a educação.
Pensar sobre as Políticas Educacionais no Brasil, mais precisamente, nas políticas de educação de jovens e adultos, constitui em reconstituir a memória de todas as ações já realizadas em volta da educação popular, dos programas, projetos e campanhas de massa ou de impactos achados e confeccionados no território brasileiro. Subentendido a estas ações acompanham de modo óbvio, as intencionalidades das políticas, ideológicas e econômicas as quais foram motivadas e configurando no decorrer de décadas, o pensar e o fazer educação de jovens e adultos, decidindo e construindo referências teórico-filosóficas, conceituais e metodológicas as quais saíram a partir das fundamentações e das mais diversas práticas político-pedagógicas. É neste artifício de configuração das práticas político-pedagógicas que aproximamos a necessidade dos estudos em ambos os conceito: o de integração nacional e o de diversidade cultural (AMARAL, [1999]).
A Educação de Jovens e Adultos não deve ser tratada isoladamente das outras políticas públicas.
Mesmo reconhecendo a disposição do governo em estabelecer uma política ampla para EJA, especialista apontam a desarticulação entre as ações de alfabetização e de EJA, questionando o tempo destinado à alfabetização e à questão da formação do educador. A prioridade concedida ao programa recoloca a educação de jovens e adultos no debate da agenda das políticas públicas, reafirmando, portanto, o direito constitucional ao ensino fundamental, independente da idade. Todavia, o direito à educação não se reduz à alfabetização. A experiência acumulada pela história da EJA nos permite reafirmar que intervenções breves e pontuais não garantem um domínio suficiente da leitura e da escrita. Além da necessária continuidade no ensino básico, é preciso articular as políticas de EJA a outras políticas. Afinal, o mito de que a alfabetização por si só promove o desenvolvimento social e pessoal há muito foi desfeito. Isolado, o processo de alfabetização não gera emprego, renda e saúde. (LOPES; SOUSA, [2005] apud VIEIRA, 2004, p. 85-86).
O EJA não ira erradicar o desemprego, a falta de qualidade na saúde da população dentre outros. O EJA ira proporcionar recursos que ampliará os horizontes educacionais destes jovens e adultos permitindo que eles atendam os requisitos mínimos para ir à procura de um emprego melhor, para que tenham mais qualidade de vida e lazer.
Para isto é necessário que seja pensado de maneira conjunta de forma a garantir a noção de toda a contextualização que lhe são próprios, observando a importância de situá-los no espaço das políticas de educação de jovens e adultos, principalmente no que se refere às diferentes concepções e posições sobre o desenvolvimento brasileiro (AMARAL, [1999]).
"Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames" (Art.37. LDB 9394/96).
Este gráfico demonstra que o interesse dos jovens e adultos em retomar os estudos é muito grande maior que a do ensino regular. Nota-se ainda que a procura é mais acentuado nas regiões mais desenvolvidas no país.
O EJA veio a surgir após a extinção do MOBRAL (movimento brasileiro de alfabetização), curso este ministrado para os adultos que não tiveram oportunidade ou não estudaram na sua infância. O EJA surgiu em um momento em que apareceram as políticas assistencialistas a qual se preocupava com a educação dos jovens e doa adultos que não havia terminado ou ingressado.
Reformular o modelo de educação de jovens e adultos, tendo como pensamento fundamental atender o cidadão de maneira individualizada suprimento toda ou pelo menos parte das dificuldades individuais de cada um.
Garantindo com que o direito fundamental do ser humano seja cumprido o direito a educação. Por este motivo e interessante que mantenha está política voltada para educação de jovens e adultos e, que sempre tenha a visão expandir a cada dia, ampliando e ofertando maior numero de vagas nesta modalidade de ensino.



CAPÍTULO II

EM BUSCA DA EXCELÊNCIA EDUCACIONAL

Avaliando o ensino no Brasil, principalmente a educação dos jovens e adultos (EJA), percebe-se que ocorreram diversas mudanças na educação, deste do processo ensino aprendizado até os recursos tecnológicos ofertados. Nota-se que mesmo após toda esta inovação educacional e tecnológica ainda faz-se necessário com que ocorram outras mudanças frente ao docente, discente, sociedade e processo educacional, para melhor atender toda a comunidade.
A qualidade do ensino depende muito da relação professor-aluno. A capacitação do educador se faz por duas vias: a via externa, representada por cursos de capacitação, aperfeiçoamento, seminários etc, e a via interior, que é a autocrítica que cada professor deve fazer sobre seu papel na sociedade, utilizando-se do debate coletivo e da crítica recíproca com os colegas (LOPES; SOUSA, [2005]).
O ensino de qualidade envolve muitas variáveis:
? Organização inovadora, aberta, dinâmica. Projeto pedagógico participativo.
? Docentes bem preparados intelectual, emocional, comunicacional e eticamente, bem remunerados, motivados e com boas condições profissionais.
? Relação efetiva entre professores e alunos que permita conhecê-los, acompanhá-los, orientá-los.
? Infra-estrutura adequada, atualizada, confortável. Tecnologias acessíveis, rápidas e renovadas.
? Alunos motivados, preparados intelectual e emocionalmente, com capacidade de gerenciamento pessoal e grupal. (MORAN,????).
As condições de aprendizagem ofertada aos docentes e aos discentes proporcionam diretamente na qualidade do ensino. Ou seja, quanto maior o recurso organizacional melhor será o desempenho do aluno.
A qualidade do ensino está abertamente unida ao preparo do docente, a educação de jovens e adultos tal capacitação deve ser reconhecida e valorizada, uma vez que esta modalidade de ensino acolhe jovens e adultos que não tiveram chance de estudar no período correto e a busca do reconhecimento da importância da EJA é acima de tudo compreender que deve ser erradicado o analfabetismo e não o analfabeto (LOPES; SOUSA, [2005]).
O ensino de qualidade é muito oneroso, pois somente pode ser pago pela minoria. A grande maioria delongará décadas para evoluir até um padrão aceitável de excelência. No geral, o ensino é muito mais problemático do que é divulgado. As melhores universidades são bastante desiguais nos seus cursos, metodologias, forma de examinar, projetos pedagógicos, infra-estrutura (MORAN,????).
Através do exposto apresentado, fica evidenciado que existe a necessidade das entidades educacionais de buscarem por meio de novos planejamentos, metodologias educacionais, inovações tecnológicas e adequação curricular recursos que venha a melhorar o processo do ensino aprendizagem na educação de jovens e adultos.


2.1 O Relacionamento Interpessoal

O relacionamento interpessoal envolve o conhecimento de aspectos internos do próprio "eu", como o conhecimento dos próprios sentimentos, a gama de respostas emocionais, o processo de pensamento, a auto-reflexão e um "senso de" ou intuição relativa às realidades espirituais, ou seja, sair de dentro de si e olhar-se como um observador distante. Favorece a formação de um modelo acurado e verdadeiro de si mesmo, revelando elevado autoconhecimento, ao agir de forma eficaz diante de situações na vida. Da mesma forma, envolve a capacidade, de experimentar, discernir padrões de nossa conexão com a ordem maior das coisas, de perceber maiores estados da consciência, de experimentar a atração do futuro e de sonhar e realizar potenciais não percebidos ainda. Essa aptidão é bastante valorizada atualmente, pois as pessoas com essa capacidade conseguem estabelecer relacionamentos interpessoais mais produtivos. Saber trabalhar em equipe origina-se na aptidão intrapessoal: "se me conheço, consigo estabelecer relacionamentos saudáveis e reconhecer o outro." (CUSTODIO, 2008).
O professor deve buscar com que os alunos sonhem com o seu futuro alavancando o estudo deles. Mostrando que através do esforço e estudo e possível ultrapassem as barreiras proporcionando uma melhor qualidade de vida.
A maior dificuldade das escolas é o relacionamento interpessoal, que as impedem de formar verdadeiras equipes para melhoria do ensino. Em muitas escolas o grupo de professores é conduzido por pessoas que agem de maneira militarizada. É necessário acreditar na capacidade do ser humano em transformar-se para melhor, em progredir e aperfeiçoar-se. O professor deve criar condições para que este cresça e se realize. Deve ser compreensivo, flexível, conciliador e harmonizador. Ele tem que ser sensível às transformações de condição de seu grupo, criando um clima emocional na escola capaz de manter o grupo unido. Em outras palavras, para liderar é necessário servir. O segredo da liderança é o relacionamento (SOUZA, 2009).
O gestor, têm o papel de articulador os conflitos. Desempenhando atitudes e ou atividades que promovem a integração entre as pessoas em dimensões políticas, pedagógicas e administrativas.
Política ? Quando define com os professores objetivos e metas que fundamentam as ações de reflexão, orientação, coordenação, acompanhamento e articulação entre a comunidade escolar.
Pedagógica ? Quando define com professores objetivos e metas para promover a qualidade do processo de ensino e aprendizagem.
Administrativa ? Quando definem objetivos e metas para a melhoria do funcionamento da escola integrando os profissionais, alunos e famílias (MARCELOS, 2009).
Existem fatores que podem facilitar como dificultar o relacionamento interpessoal, por isso é importante que o docente conheça todos os fatores que possa favorecer a qualidade do relacionamento interpessoal.
Os principais dificultadores estão relacionados às pessoas que não consegue lidar com pessoas adversas e com opiniões diferentes da sua, deixando ser levado por uma impressão negativa sem ao menos procurar compreendê-las. Outro dificultador seria com relação aos membros de uma equipe que está constantemente de mau humor estes fatores acaba impedindo que seus colegas se aproximem para pedir algum tipo de ajuda, ou até mesmo para ter um dialogo (SILVA, 2008).
Para acabar com estes dificultadores é necessário educar as pessoas para a cidadania denota educar pessoas capazes de conviver, comunicar e dialogar no mundo, dentro da perspectiva onde as pessoas perfilham a interdependência dos processos individuais e coletivos. O grande articulador da escola deve esforçar-se criando recursos adequados de comunicação e interação garantindo a concretização dos objetivos da escola, mantendo um bom clima entre as pessoas que fazem parte da comunidade escolar e local (MARCELOS, 2009).
O trabalho coletivo permite com que seja alcançado o resultado de maneira mais fácil e produtiva. Onde varias pessoas irá ter uma parcela na realização da atividade atingindo a mesma proposta de resultado.
O docente deve sempre que possível estimular o relacionamento interpessoal utilizando de instrumentos, ferramentas comportamentais influenciado diretamente na qualidade do relacionamento. As ferramentas comportamentais que favorecem o relacionamento são:
? Empreendedor ? para conseguir resultados;
? Flexível ? para mudar comportamentos e pontos de vista;
? Atualizado ? para acompanhar os avanços da sociedade;
? Adaptável ? para enfrentar novas situações;
? Decidido ? para enfrentar desafios e riscos;
? Técnico ? para promover o "como fazer";
? Dinâmico ? para assimilar e aplicar novas técnicas e abordagens;
? Criativo ? para desenvolver alternativas de problemas;
? Interação ? união de idéias e ações buscando o respeito mútuo;
? Democracia ? Todos têm a mesma oportunidade de participação;
? Liberdade responsável ? Liberdade para pensar e ser, ser e fazer, e compreensão da liberdade do outro;
? Cooperação: pratica do dia a dia de forma compartilhada visando os resultados satisfatórios da equipe (MARCELOS, 2009).


2.2 Processos do Ensino

É essencial que o processo de ensino e aprendizagem seja distinto do ensino regular. Deve-se sempre levar em consideração a comunidade, o público-alvo, suas características e as necessidades. Ao analisarem essas condições, a escola e os professores, com certeza terão maiores oportunidade de ofertar um ensino mais voltado para a realidade dos alunos e maior chance de obter resultados no que se refere à inclusão desses alunos na vida escolar e no mundo social (SOUZA, 2010).
O processo de educação no indivíduo tem três dimensões sendo estes: a individual, a profissional e a social. A primeira considera a pessoa como um ser incompleto, que tem a capacidade de buscar seu potencial pleno e se desenvolver, aprendendo sobre si mesmo e sobre o mundo. Na profissional, está incluída a necessidade de todas as pessoas se atualizarem em sua profissão, todos precisam se atualizar. No social (sendo este, a capacidade de viver em grupo), um cidadão, para ser ativo e participativo, necessita ter acesso a informações e saber avaliar criticamente o que acontece. (SILVA, 2009 apud IRELAND, 2009, p. 36).
Existem processos que permite o individuo mostrar o seu pleno desenvolvimento incluindo as necessidades individuais de cada um. Para isto e importante a busca constante de informações e de uma auto-avaliação constantemente.
O processo de ensino-aprendizagem é mesclado por muitas variáveis. Tal como: metodologia e recursos, instrucionais, as diferenças individuais do aprendiz (classe social, aptidão, idade, estilo cognitivo, etc.), o contexto da aprendizagem, características do professor, etc. São aspectos que necessita ser analisados justamente para a acepção dos objetivos pedagógicos, do conhecimento do aluno, etc., para assim atingir o planejamento que será posto em prática (DIAS, 2006).
A partir desse conjunto, as aulas devem ser de forma dinâmica, buscando sempre no processo de ensino aprendizagem interagir com os alunos, ao mesmo tempo, incentivando a consciência crítica dos mesmos. (NOGUEIRA, 2000).
O homem não constrói sozinha a sua aprendizagem, sendo imprescindível a influência do mundo exterior para que o ser humano possa interiorizar suas informações e daí exteriorizá-las de forma a se comunicar com o seu grupo, ocorrendo assim o processo de ensinar e aprender (NOGUEIRA, 2008).
Entretanto, dentro de uma concepção mais moderna, a avaliação não se reduz apenas a atribuir notas. Segundo Haydt (1997,p.14),"atualmente, a avaliação assume novas funções, pois é um meio de diagnosticar e de verificar em que medida os objetivos propostos para o processo ensino-aprendizagem estão sendo atingidos". Neste contexto, a avaliação assume uma dimensão orientadora e norteadora, pois permite que o aluno tome consciência de seus avanços e dificuldades, para continuar avançando na construção do conhecimento. Para Luckesi (2005),"avaliação da aprendizagem é o ato de diagnosticar o desempenho do estudante, tendo em vista auxiliá-lo a chegar ao nível mínimo necessário de aprendizagem." (DIAS, 2006).
A construção do conhecimento deve sempre ser norteado para que isto o aluno tome conhecimento do que esta ocorrendo na sua vida particular e também na sua vida escolar.
O professor tem a função de dirigir o aprendizado a fim de acelerar o desenvolvimento potencial do aprendiz. O ensino passa do grupo para o individuo. O ambiente influencia a assimilação das atividades cognitivas no aprendizado, de forma que o aprendizado origine o desenvolvimento (DIAS, 2006).
O professor deve perceber o que os alunos aspira com os estudos e com base nessa informação, ele deve construir uma prática para atender às diferentes necessidades de aprendizagem. Deixar que cada aluno contribuísse com suas lembranças e experiências é fundamental para que todos se sintam inseridos neste processo. Deve-se priorizar o que é importante de fato para a turma, ao mesmo tempo pensar as formas de mediação dos conteúdos e de avaliação da EJA. O jovem e o adulto trazem uma história de conhecimentos e saberes acumulados, e ainda reflexões sobre o mundo. O professor pode capitalizar isso por meio de atividades que remetam ao cotidiano deles e exemplos que unam informação teórica com experiência de vida. Se nós educadores valorizar a sabedoria dos alunos e estabelecendo analogias e ligações com a realidade deles, vai facilitar em muito o processo de aprendizagem (NOGUEIRA, 2008).


2.3 Planejamento e Metodologia Educacional

O docente deve confeccionar um plano de ensino que atenderá as necessidades dos alunos de maneira integral. Por isso este plano educacional deve ser elaborado cuidadosamente por cada professor nas suas respectivas disciplinas.
Paulo Freire fundamentava-se nas ciências da educação, principalmente a psicologia e a sociologia; teve importância capital a metodologia das ciências sociais. A sua teoria da codificação e da descodificação das palavras e temas geradores (interdisciplinaridade), caminhou passo a passo com o desenvolvimento da chamada pesquisa participante (GADOTTI, 2003).
O maior ícone sobre o assunto metodologia educacional e Paulo Freire baseiam-se na realidade do educando, levando-se em conta suas experiências, suas opiniões e sua história de vida. Esses dados devem ser organizados pelo educador, desde o conteúdo preparado para as aulas, a metodologia e o material utilizados sejam compatíveis e adequados às realidades presentes. O educador e educando devem caminhar juntos, interligando a todo o momento no processo de alfabetização (LOPES; SOUSA, [2005]).
De maneira esquemática, podemos dizer que o "Método Paulo Freire" consiste de três momentos dialética e interdisciplinarmente entrelaçados:
a) A investigação temática, pela qual aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive as palavras e temas centrais de sua biografia. Esta é a etapa da descoberta do universo vocabular, em que são levantados palavras e temas geradores relacionados com a vida cotidiana dos alfabetizandos e do grupo social a que eles pertencem. Essas palavras geradoras são selecionadas em função da riqueza silábica, do valor fonético e principalmente em função do significado social para o grupo. A descoberta desse universo vocabular pode ser efetuada através de encontros informais com os moradores do lugar em que se vai trabalhar, convivendo com eles, sentido suas preocupações e captando elementos de sua cultura.
b) A tematização, pela qual professor e aluno codificam e decodificam esses temas; ambos buscam o seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido. Descobrem-se assim novos temas geradores, relacionados com os que foram inicialmente levantados. É nesta fase que são elaboradas as fichas para a decomposição das famílias fonéticas, dando subsídios para a leitura e a escrita.
c) A problematização, na qual eles buscam superar uma primeira visão mágica por uma visão crítica, partindo para a transformação do contexto vivido. Nesta ida e vinda do concreto para o abstrato e do abstrato para o concreto, volta-se ao concreto problematizando-o. Descobrem-se assim limites e possibilidades existenciais concretas captadas na primeira etapa. Evidencia-se a necessidade de uma ação concreta, cultural, política, social, visando à superação de situações-limite, isto é, de obstáculos ao processo de hominização. A realidade opressiva é experimentada como um processo passível de superação. A educação para a libertação deve desembocar na práxis transformadora (GADOTTI, 2003).
A educação de jovens e adultos requer do educador sabedoria e conhecimentos específicos a respeito do conteúdo, metodologia, avaliação e no atendimento, para trabalhar com esse publico heterogênea e tão diversificada culturalmente (LOPES; SOUSA, [2005] apud Arbache, 2001, p. 19).


2.4 Ética, Moral, Valores e Cidadania

O docente deve basear suas ações dentro da ética, moral, valores e cidadania.
Ética: Parte da Filosofia que estuda os fundamentos da moral. Conjunto de regras de conduta.
Moral: Relativo aos costumes, que procede com justiça e o conjunto dos princípios e valores morais de conduta do homem.
Valor: O que vale uma pessoa ou coisa.
Cidadania: Qualidade de cidadão (DICIONÁRIO PRIBERAM)
A ética e estética caminham juntas, porque ética é vida. Ser ético é lutar por uma vida melhor, com relações sociais devem ser leais com o outro e aos princípios de construção do viver. Um educador não pode fingir que não vê a miséria ao seu lado, precisa eliminar seus preconceitos, precisa aceitar o diferente, não querendo que ele se fique igual, precisa conscientizar para educar. "Decência e boniteza de mãos dadas" (JOSGRILBERT, 2001 apud Freire, 1997:36).
O maior estudioso no ramo da educação de jovens e adultos certamente foi o professor e estudioso Paulo Freire.
O professor Paulo Freire é o ícone maior da educação de jovens e adultos. Este é um dos maiores responsável relacionado a buscar pela excelência na qualidade do processo educacional e da práxis (processo do aprendizado teoria e pratica).
O docente deve trabalhar de forma coesa e coerente buscando adequar os seus planos metodológicos dentro do caráter ético e lega, buscando o bem comum, transformando o ambiente educacional dos jovens e adultos, sempre respeitado a dificuldade e desigualdade do individuo.
O EJA está constantemente buscando a excelência na educação mais para que isto ocorra e necessário que o docente sempre busque o conhecimento adequando ao processo ensino aprendizado com os novos recursos tecnológicos.
É importante sempre que possível o docente estimule o relacionamento interpessoal entre o grupo o qual está à frente mantendo um bom clima entre as pessoas que fazem parte influenciada diretamente na qualidade do relacionamento. Criando métodos educacionais que atendam as expectativas. Sempre sendo ético nas atitudes adotado.