ABUSO DE AUTORIDADE POLICIAL

Infelizmente o Estado do Paraná freqüentou as manchetes de todos os noticiários nacionais, em razão de um fato típico de exacerbado e inadmissível Abuso de Autoridade Policial.

Foram flagrados dois policiais militares, uma policial e um policial. Simplesmente abordaram cinco jovens que estavam conversando em um logradouro público, no município de São José dos Pinhais. As ações que se sucederam, foram de uma maneira tão atípicas ao que se ensina na Academia Militar do Guatupê, organismo da Policia Militar do Estado do Paraná, encarregado da formação de oficiais e soldados, que nos remete as ações das policias fascistas e nazistas. Quando não as policias dos estados totalitários, típicos de Cuba, China, Venezuela, Equador e outros mais.

E então surge a pergunta inevitável. Por que este tipo de procedimento?
E a resposta também é inevitável.
Falta de domínio de comando da tropa. O atual comandante da Polícia Militar não tem o domínio de comando da Tropa, que por sua vez o Comandante do Policiamento da Capital também não o tem e por conseqüência o Comandante do Décimo Sétimo Batalhão da Polícia Militar, em São José dos Pinhais.

O ato de agressão gratuita espelha de forma direta e inquestionável, o Comando da Polícia Militar do Estado do Paraná.
Não tem como negar que aqueles policiais são representantes legítimos dos Comandantes aos quais estão subordinados: Comandante Geral, Comandante do Policiamento da Capital e Comandante do Décimo Sétimo Batalhão de São José dos Pinhais, Estado do Paraná.

Não vai adiantar recolher os dois policiais para ações administrativas.
A vergonha, a humilhação a que foram submetidos àqueles jovens serviu para que?
Primeiro para nutrir um ódio enorme para com a Polícia Militar do Estado do Paraná.
Segundo para temer a presença da Polícia Militar do Estado do Paraná.
Terceiro para não acreditar na Polícia Militar do Estado do Paraná.
Quarto para difamar a Polícia Militar do Estado do Paraná, nivelando-a as milícias dos morros do Rio de Janeiro.
Quinto para deixar um exemplo negativo, que veio a macular a gestão do Governador Orlando Pessuti, pessoa justa e perfeita que durante o seu mandato sempre pautou pelo bem estar da população paranaense, mas que nos últimos dias do seu governo se vê, como que traído por ação descontrolada de dois policiais militares que levam nas suas fardas o emblema do Estado do Paraná.

Infelizmente este ato não é o primeiro que ocorre.(*)
Porque a Polícia Militar do Estado do Paraná, não faz suas batidas na Avenida Batel e no inicio da Avenida Bispo Dom José, no bairro das baladas e casas noturnas? Por que a Policia Militar do Estado do Paraná, não age com a mesma presteza (violência) nestes locais?
Resposta. Não tem coragem e teme as conseqüências políticas que poderão advir ao abordar o filho ou a filha de pessoas de proeminência social e política, quando não financeira.


Porque a Policia Militar do Estado do Paraná, através do seu Modulo Policial, situado na esquina da Rua Guabirotuba com a Rua Imaculada Conceição, não faz uma barreira policial entre a Rua Guabirotuba, Imaculada Conceição e Comendador Roseira, para aferir o consumo de álcool dos alunos da PUC, tanto no período diurno como noturno, em todos os bares localizados em frente á PUC, que dirigem seus carrões?
Pelo simples fato, que sofrerá uma pressão incrível dos proprietários dos bares ali existentes.

Ou ainda. Na mesma linha de raciocínio, em todas as imediações da I.E.S. localizadas em Curitiba?

Na realidade o ato de Abuso de Autoridade Policial em nada irá resultar, em termos de punição. Quando muito uma simples advertência.

E permanece a pergunta.
E se houvesse uma ação inversa? Cinco jovens resolvessem abordar os dois policiais e os submetessem a esta situação vexatória?
No mínimo estariam mortos.

O governador Orlando Pessuti, por certo não merece este tipo de exemplo.
Homem de elevado cunho moral e que dá guarida aos Direitos Humanos, vê nos últimos momentos do seu exemplar governo, maculado por uns aloprados fardados e armados.
Quanto aos comandantes, o certo seria pedir desculpas à população paranaense e entregar os cargos de comando.

(*) Eu já fui vítima deste tipo de violência e, diga-se de passagem, fui professor da Academia Policial Militar do Guatupê.