O princípio é o mais importante dos pensamentos, porque dele derivam os demais. Quando pensamos não pensamos do nada, partimos de fundamentos ou  condicionamentos pré estabelecidos, que nos guiam para determinadas direções sem que percebamos. Sendo assim precisamos nos desvincular ao máximo de nossas tendências pessoais, buscando uma imparcialidade civilizada e norteada ao bem comum, portanto tentando enxergar todos os aspectos do problema. Afinal o ponto a ser visado deve ser sempre a ponta do funil,  porque por lá passa a evolução. Qual o melhor caminho? Onde está a convergência do assunto? Como agradar a gregos e troianos? A primeira pergunta é: O que é aborto? É a remoção ou expulsão prematura de um embrião ou feto do útero. A segunda pergunta: Quais são as peças chaves do problema? São Pai, Mãe ou talvez agressor, vitima e o resultado do problema, a criança. Certamente a peça mais importante do problema é a Mãe, afinal ela carrega em seu corpo o problema. Dessas peças que foram descritas quem pode realmente abortar? Teoricamente a Mãe. Logicamente uma Mãe sozinha não faria verão, então a solução passa a ser um grupo de interesse das Mães que querem abortar. Mas e agora como justificar? Em qual fundamento ou lógica elas irão se apegar para convencer a sociedade das suas necessidade e direitos.  Uma pergunta fica: O que é mais importante a vontade individual de um ou de um grupo ou o que a maioria seja a favor? Estendendo ainda mais, a vontade individual de um grupo ou o que seja mais civilizado, educativo e evolutivo? Existe dois tipos de justificativa ou fundamento para se abortar: um é assumir o papel  de vitima de alguém que foi  brutalmente agredida por um agressor parente próximo dos dinossauros. O outro é simplesmente por nenhum motivo em especial , mais apenas pelo capricho pessoal de abortar ou de ter um direito de fazer o que bem quiser com seu corpo. No primeiro caso a fundamentação ficaria pelo fato da brutalidade e do estado de vitima em que a Mãe se encontra. No segundo caso estaria fundamentado no fato do embrião ainda não ser considerado ainda um indivíduo ou nas liberdades individuais, onde cada indivíduo deveria ser livre para fazer sua própria escolha e aceitar as responsabilidades individuais  pelas consequências de suas ações. De fato nunca eu serei uma Mãe , então como poderei  participar dessa problemática se não estou sentindo na  pele o que se passa? Mesmo assim vou tentar me esforçar por ser um ser civilizado e ser o máximo imparcial , mais acho que só poderei  ser entre aspas.  Uma pergunta: Alguém pensou na nova vida ou criança ao menos por um segundo? Acho que ela precisa de um excelente  advogado urgente para não ser espezinhada ou trucidada por um rolo compressor. Vamos lá, o que é ser imparcial? Que não toma parte entre forças contrárias, ficando neutro. Vou alem disso, alem de ser imparcial é preciso analisar sobre a ótica de um ser civilizado, avesso a violência, destinado ao bem comum e fundamentado na educação evolutiva. Você não pode analisar apenas como um juiz, por que um juiz que seja imparcial pode perfeitamente avalizar algo injusto apenas pelo fato de as partes terem chegado a um acordo. Quero aqui invocar um outro princípio: A educação é a multiplicação dos exemplos. Se aceitássemos  o fundamento do aborto da  primeira hipótese da Mãe como vítima de um troglodita então teríamos duas consequências: A primeira seria que  através de uma ação individual estaríamos contrariando o princípio da vida como sentido máximo de nossa existência e a criança causa principal do problema seria excluída mesmo  não tendo culpa alguma. A pergunta é: o que estaríamos multiplicando como exemplos se apoiássemos esse fundamento. A pergunta é: O que é vítima? alguém, Vencido, dominado, fragilizado, etc. Naturalmente alguém que esteja fragilizado e psicologicamente abalado , poderia então a partir disso ter autorização para justificar uma coisa inicialmente monstruosa de abortar uma vida, pisando por cima de princípios ligado a vida e direito a excluir alguém que não deseja independente de ter culpa ou não. Novamente pergunto: com isto nós não estaríamos ensinando um indivíduo a saber que a qualquer momento de dificuldade ela saberia que poderia assumir um papel de coitadinho que conseguiria  muita coisa a seu favor e criaríamos através da multiplicação dos exemplos, seres fracos , que não enfrentam os problemas que se apresentam e preferem se livrar do problema para conseguir com mais facilidades aquilo que almejam, e o que é pior a custo de coisas absurdas mesmo contrairando princípios importantes da convivência e da vida. Um ser evoluído e civilizado não confunde carroça com bicicleta. Imaginemos o contrário se ao vez de tomar esta atitude ela surpreendesse e passasse a criar essa criança da melhor maneira possível , com amor, com afeto com dedicação, isso mostraria uma pessoa forte, vigorosa e qual seria a consequência disso? uma multiplicação de exemplos positivos de uma pessoa forte que não fica mendigando justificativas , injustificadas para construir uma vida de vencedores , pois nesse caso estaria se tornando uma pessoa mais civilizada e contribuindo de modo saudável  a uma relação , mais humana , construtiva e positiva. No segundo caso temos o abortar por abortar a tal da liberdade individual, o fato de a Mãe ser a dona do corpo. Isso me remete a um princípio sórdido do quem  pode mais chora menos , o que teríamos como multiplicação dos exemplos: Dar o direito a uma pessoa de ser dona de outra e poder fazer o que quiser com isso. uma ideia altamente negativa pois nos levaria a outra pergunta: Até quando ou que idade você não estaria cometendo um assassinato? o que levaria como multiplicação dos exemplos? um individualismo cada vez mais exacerbado de quem fatalmente se tornará uma pessoa cada vez mais pretensiosa e dominadora e lutadora de seus direitos, independente das consequências e dos resultados. alem do mais o velho princípio do se livra de algo incômodo , que vai dar muito trabalho, e vai ensinar a procurar o caminho mais fácil e cômodo de quem simplesmente age de forma egocêntrica. Enfim o aborto de fato e  qualquer aborto que seja fora das especificações médicas não geram atitudes positivas ,  para nenhuma das partes, não geram exemplos educativos que favoreçam o fortalecimento das peças envolvidas e que portanto não serve com exemplo evolutivo de seres civilizados. Mesmo assim vivo num país democrático e compreendo perfeitamente que se for entendido  que o aborto nesses casos sejam aprovados irei respeitar. Mas ficarei aqui assistindo de camarote triste as consequências óbvias  que aqui descrevi.