ABORTO
EM DEFESA DO INOCENTE
Artigo cientifico como exigência da disciplina TCC do curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela Universidade Nilton Lins (Manaus ? AM)
(2011)

Rosineide Lopes Barros da Silva*


"Os teus olhos me viram a substancia ainda informe; e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda." (Salmo: 139:16)


RESUMO
O aborto ou interrupção da gravidez é a remoção ou expulsão prematura de um embrião ou feto do útero, tendo como resultado a morte. Este pode ser espontâneo ou provocado. O aborto é praticado clandestinamente por mulheres de todas as classes sociais, níveis de escolaridade, etnias e religiões, sendo esse legalizado em alguns países e visto como crime em outros. Diversas são as clinicas clandestinas que cometem esse crime por quantias elevadas, sem contar o risco que essas mulheres correm podendo ter seqüelas grandes como perder parte do útero, adquirir câncer, infertilidade, às vezes chegando até a morte. O objetivo desse projeto é esclarecer de forma a sensibilizar as mulheres os problemas e sofrimentos ocasionados pelo aborto. Demonstrar o sofrimento do feto no ato do aborto e informar as mulheres sobre problemas físicos e psicológicos que poderão surgir em função dessa prática ilegal. Além de confeccionar os materiais utilizados disponibilizando-os para gestores escola, para que possam dar continuidade ao projeto nos anos subsequentes. O projeto foi desenvolvido na Escola Estadual Maria Arminda Guimarães Andrade, situado na Rua Pedro Teixeira n° 500 Coroado III Manaus-AM com a turma do 9º ano do ensino fundamental, onde foi projetado o filme "o grito silencioso" documentário explicativo acerca do aborto e suas conseqüências, ministrado pelo próprio médico abortista, Dr. Bernard E. Nathanson.

PALAVRAS CHAVES
Aborto - feto - mulheres - sofrimento.


ABSTRACT
Abortion or termination of pregnancy is the early removal or expulsion of an embryo or fetus from the uterus, resulting in death. This can be spontaneous or provoked. Abortion is clandestinely practiced by women of all social classes, educational levels, ethnicities and religions, this being legalized in some countries and seen as a crime in others. There are several clandestine clinics who commit this crime by large amounts, not to mention the risk that these women are at large and may have consequences like losing part of the uterus, developing cancer, infertility, sometimes reaching to death. The project goal is to clarify in order to sensitize women the problems and suffering caused by abortion. Demonstrate the suffering of the fetus in the act of abortion and inform women about physical and psychological problems that may arise due to this illegal practice. Apart from manufacturing the materials used for making it available to school managers so that they can continue the project in subsequent years. The project was developed in the State School Maria Arminda Guimarães Andrade, located at Street Pedro Teixeira No. 500 Crown III Manaus-AM with the class of 9 years of elementary school, where he designed the film "The Silent Scream" documentary explaining about abortion and its consequences, given by the physician abortionist, Dr. Bernard E. Nathanson.

KEYWORDS
Abortion - fetus - women - suffering.




1 INTRODUÇÃO
O aborto ou interrupção da gravidez é a remoção ou expulsão prematura de um embrião ou feto do útero, tendo como resultado a morte. Este pode ser espontâneo ou provocado. O que iremos tratar neste artigo é justamente o aborto provocado, classificados pelo Código Penal como um crime contra a vida. Estima-se que seja realizado anualmente no mundo mais de 40 milhões de abortos, a maioria em condições precárias, com sérios riscos para a saúde da mulher. No primeiro caso, isto pode ocorrer por problemas apresentados pelo próprio feto, ou, ainda, por problemas de saúde com a gestante. Há muitas mulheres que descobrem que são portadoras de determinadas doenças somente na gravidez, pois, nesta fase, muitas doenças se manifestam pondo em risco a continuidade da gestação.
No caso do aborto induzido, este ocorre por opção ao encerramento da gravidez. Este procedimento oferece risco cada vez maior à medida que o tempo de gravidez vai aumentando. Infelizmente, muitas mulheres morrem por complicações em abortos realizados em clínicas clandestinas e também por utilizarem meios alternativos que comprometem sua saúde.
As informações acima nos mostram a seriedade deste assunto, principalmente quanto sua causa é a induzida de forma clandestina. Sabe-se que inúmeros fatores podem levar ao aborto, mas, sabe-se também que, abortos realizados clandestinamente trazem sérias complicações, podendo, inclusive, levar a gestante ao óbito.
O aborto acontece continuamente e os facilitadores desse crime passam despercebidos dos tribunais das leis humanas, sem se darem conta de que não se escapa das leis divinas, bem gravadas nos tribunais da consciência.
A vida de uma pessoa começa no parto, com a chegada ao mundo, ou começa antes no útero da mãe? O feto é um ser humano ou não?
O Zigoto é uma célula que resulta da fertilização de um oócito por um espermatozóide e é o início de um ser humano. A formação, maturação e encontro de uma célula sexual feminina com uma masculina, são tudo preliminares da sua união numa única célula chamada zigoto e que definitivamente marca o início de um novo indivíduo Desde a concepção a criança é um organismo complexo, dinâmico e em rápido crescimento. Na sequência de um processo natural e contínuo o zigoto irá, em aproximadamente nove meses, desenvolver-se até aos trilhões de células do bebê recém-nascido. O fim natural do espermatozóide e do óvulo é a morte, a menos que a fertilização ocorra. No momento da fertilização um novo e único ser é criado, o qual, embora recebendo metade dos seus cromossomas de cada um dos progenitores, é completamente diferente deles. A gravidez se inicia duas semanas antes do início do atraso menstrual. Isto significa que, quando a gestante percebe que sua menstruação atrasou, ela já estará com quinze dias de gravidez. Quando ela perceber que está com quinze dias de atraso, sua gravidez já terá completado um mês. O coração do bebê começa a bater no vigésimo dia da gestação, isto é, aos cinco dias do atraso menstrual. No segundo mês da gravidez, quando se decidem a maioria dos abortos, a natureza já teve muito tempo para formar completamente o bebê.
O aborto é praticado clandestinamente por mulheres de todas as classes sociais, níveis de escolaridade, etnias e religiões, sendo esse legalizado em alguns países e visto como crime em outros. Tirar uma vida que não tem como se defender é uma grande crueldade, ainda, mas sabendo que seus grandes assassinos são suas próprias mães. É uma obrigação social divulgá-lo, porque todos (sobretudo as mães) têm o direito de saber o que realmente sucede em um aborto.
Diversas são as clínicas clandestinas que cometem esse crime por quantias elevadas, sem contar o risco que essas mulheres correm podendo ter seqüelas grandes como perder parte do útero, adquirir câncer, infertilidade, às vezes chegando até a morte. Quando o feto é retirado, são jogados em baldes, lixos ou guardado em potes para ficarem expostos em clinicas, escolas laboratórios e muitos são vendidos as indústrias para fabricação de cosméticos. Contudo, a mulher que fez um aborto, qualquer que seja o motivo, precisa saber que Deus ainda a ama e está pronto para perdoá-la, visto que Ele quer não o martírio do sentimento de culpa que em nada resolve, mas o arrependimento tornando-nos uma nova criatura e ajudando as pessoas a reconhecerem a Sua Glória.
Este artigo diz respeito a uma revisão de literatura expositiva sobre o aborto espontâneo e provocado. A escolha do objeto de estudo se justifica pela falta de conhecimento por parte das mães ao praticarem um aborto, e as consequências que resultam deste ato.
A pesquisa foi de caráter bibliográfico, através de livros, artigos científicos, revistas e internet.
O projeto foi desenvolvido na Escola Estadual Maria Arminda Guimarães Andrade, situado na Rua Pedro Teixeira n° 500 Coroado III Manaus-AM com as turmas do 9º anos do ensino fundamental, onde foi projetado o filme "o grito silencioso" documentário explicativo acerca do aborto e suas conseqüências, ministrado pelo próprio médico abortista, Dr. Bernard E. Nathanson. Ao final da apresentação do projeto foram distribuídos pílulas anticoncepcionais e o documentário ao gestor (a) para dar seguimento da campanha contra o aborto.
O objetivo principal deste artigo é Esclarecer de forma a sensibilizar as mulheres os problemas e sofrimentos ocasionados pelo aborto.
2 ABORTO UM TEMA POLÊMICO
O aborto em nossa sociedade é frequentemente relacionado ao crime e ao pecado. Sua penalização pode ser interpretada como reflexo, às vezes inconsciente, de não se conceder à mulher o livre exercício de sua sexualidade. Para aqueles que assim pensam o exercício da sexualidade que implicar em gravidez, exigirá o nascimento de seu fruto, independentemente da vontade de sua mãe. O filho seria então uma pena a ser expiada. Nesta perspectiva possivelmente tenha surgido à legislação relativa ao aborto, datada de 1940. Ela não é apenas anacrônica como é ineficaz; é causa de morbi-mortalidade materna. Estima-se que mais de 1.000.000 de abortos clandestinos sejam realizados anualmente no Brasil. Dados do Ministério da Saúde mostram que 238 mil internações por abortamento/ano, a um custo médio unitário de R$ 125,00, totalizando R$ 30 milhões ? ou seja, U$ 10 milhões de dólares - são despendidos neste quesito por ano pelo SUS. Este valor é subestimado, pois não estão computados os custos com internações que ultrapassam o período de 24 horas: as que necessitam de cuidados em Unidade de Tratamento Intensivo e as internações prolongadas para tratar infecções, que são frequentes. Estão excluídos também os recursos adicionais necessários para atender às sequelas ? impossíveis de estimar a partir das atuais bases de dados sobre o tema. (www.sbpcnet.org.br/livro)
Ao observar a juventude, é preocupante, a falta de conhecimento a respeito da sexualidade e as consequências oriundas de comportamentos baseados apenas nas informações do senso comum. A adolescência não tem formação nenhuma e padece com informações distorcidas, na maior parte das vezes originadas de orientações religiosas que reprimem a partir de dogmas e não leva em conta a triste realidade social.

2.1 CAUSAS QUE LEVAM AO ABORTO:
a) MEDO
Medo por incapacidade econômica para alimentar o filho. Este temor se deve à falta de confiança em Deus, já que o mais belo e o mais querido para uma mãe é o seu próprio filho. Infelizmente esta sociedade de consumo e de falsos valores em que vivemos tem desvalorizado à criança que deve vir a este mundo, e com o seu racionalismo há gerado um falso temor. Vejamos um grande exemplo: Kay James, diretora de relações públicas para o MOVIMENTO PROVIDA nos Estados Unidos fala de uma mulher de cor, terrivelmente pobre, abandonada pelo seu marido alcoólico, e que deu à luz o seu quarto bebê sobre uma mesa. "Esse bebê era eu", disse a Sra. James graduada na Universidade e mãe de 3 filhos.
Medo ao que vão dizer os seus pais ou as demais pessoas.
(Quando a jovem fica grávida durante o noivado). Na verdade os conceitos e os raciocínios humanos, de pais ou terceiras pessoas, perante as leis de Deus, não devem impedir que venha uma criatura a este mundo. A vida é dada por Deus e Deus está acima de qualquer conceito.
Medo aos 9 meses de gravidez e às dores do parto.
Realmente a missão mais grande de toda mulher é ser mãe e trazer filhos ao mundo. Se os animais que são irracionais não se negam a esse direito, por que há de ser que a mulher tem medo? Pois é uma função natural que corresponde à sua natureza feminina.

b) PROBLEMAS DE SAÚDE
Devemos recordar que Beethoven, o grande musico que assombrou com a sua música divina, e que ainda é ouvida pelos que querem dar alimento e alento à sua alma; sua mãe era tísica e o seu pai alcoólico.

c) VIOLAÇÃO
A violação é um abuso horrível com efeitos traumáticos para muitas das suas vítimas. Para uma mulher que leva nas suas entranhas uma criatura fruto de uma violação não é nenhum consolo saber que a gravidez raramente ocorre nestes casos. No entanto, ainda assim nesta situação estamos falando de um ser humano. Uma mulher violada que escreveu anonimamente para uma revista referiu que tinha marcado consulta para fazer um aborto, e que a cancelou:
"Sabia que o que levava nas minhas entranhas era o meu bebê. Agora tenho uma filha, uma preciosa rapariga e dou graças a Deus diariamente por não ter abortado". .(WWW.aborto.com.br)
d) CONTRACEPTIVOS HORMONAIS
A mulher que os utiliza, quer seja em pílulas, injeções ou implantes, já decidiu psicologicamente o propósito de não ter filhos e se fica grávida fica frustrada nos seus propósitos e muitas vezes recorrem ao aborto. Estes contraceptivos são uma das principais causas do aborto atualmente. (WWW.aborto.com.br)

2.2 O ABORTO, UM DÉBITO PARA TODOS AQUELES QUE, DE ALGUMA FORMA, SE ENVOLVERAM COM O CRIME.
Muitos pensam que não assumem débitos com a Lei Divina, ao estarem ajudando, incentivando, custeando, dando apoio, forçando, decidindo pela mãe, dando endereços de clínicas, levando, ensinando métodos diversos, dando remédios ou ervas abortivas, fazendo a operação, etc. Estes estão muito enganados, são cúmplices do crime, e responderão, segundo o grau de participação que tiveram no assassinado de um filho de Deus.
A palavra "feto" faz com que pensemos que no ventre da mulher não exista um bebê, mas somente uma "massa disforme", uma coisa qualquer... Mas no momento da "concepção" (união do óvulo com o espermatozóide), já existe uma vida totalmente distinta do corpo da mãe. Já existe uma alma, um ser humano que está crescendo... Já vimos e ouvimos demais nas diversas reportagens de rádio e TV, e qualquer psicólogo sabe, que durante toda a gravidez, tudo o que a mãe "faz" ou "sente" tem influência sobre a criança... O bebê percebe tudo, e com alguns meses de gestação, até já reconhece a voz da mãe e do pai. Em qualquer hipótese o "aborto provocado" é um ASSASSINATO!

2.3 FILMES: "O GRITO SILENCIOSO"
"O Grito Silencioso", apresentado pelo doutor E. Nathanson, famoso médico ex-abortista norte-americano, mostra mediante uma ecografia realizada na mãe no momento de abortar, o que sucede com esse Ser que, apenas agora se sabe com certeza científica, já tem todas as características próprias da vida humana: capacidade sensitiva à dor, ao medo e apego à vida. É uma obrigação social divulgá-lo, porque todos (sobretudo as mães) têm o direito de saber o que realmente sucede em um aborto. Em instantes prévios à operação abortiva, se vê o feto (neste caso verídico, de 12 semanas) com movimentos calmos, colocando o polegar na boca de vez em quando, totalmente tranqüilo neste ambiente de paz, como é o claustro materno. Ao introduzir, o abortista, no útero o primeiro elemento metálico procurando a bolsa amniótica para o seu rompimento, o novo Ser perde seu estado de tranqüilidade. Seu coração se acelera enquanto tenta movimentos nervosos de mudança de lugar. A bolsa é rota e se introduz o instrumento de aspiração. É notório que nenhum dos elementos metálicos tocou ainda no feto e, no entanto, ele pressente algo anormal e terrível próximo a lhe suceder, porque agora muda de lugar em um ritmo enlouquecido para os lados e para cima, em um desesperado intento de escapar. Seu ritmo cardíaco se eleva mais ainda. Quando o metal já está quase a tocá-lo, encolhe todo o seu corpinho até o limite superior do útero e sua boca se abre desmesuradamente. Aqui é alcançado pelo aspirador, que desde suas extremidades inferiores o vai succionando e destroçando, até ficar somente a cabeça, que não passa pelo conduto de aspiração. Esta é triturada, então com uma espécie de tenaz que vai retirando os pedaços do que foi um Ser humano aterrorizado, que ainda desde tamanha desigualdade de condições, fez o impossível para não morrer e, no instante final, abrindo sua boca ao máximo, como um último intento de expressão humana, ainda desconhecida e prematura, porém, sem dúvidas, com o instinto de sua natureza de pedir auxilio... A quem?
"Realizávamos 120 abortos diários, incluindo domingos e feriados e somente no dia de Natal não trabalhávamos. Quando assumi a clínica estava tudo sujo e nas piores condições sanitárias. Os médicos não lavavam as mãos entre um aborto e outro e alguns eram feitos por enfermeiras ou simples auxiliares. Consegui modificar tudo aquilo e transformá-la em uma clínica modelo em seu gênero, e como Chefe de Departamento, tenho que confessar que 60.000 abortos foram praticados sob minhas ordens e uns 5.000 foi feitos pessoalmente por mim."
"Como cientista, não é que eu acredite, mas é que sei que a vida começa no momento da concepção e deve ser inviolável." (Este texto é de uma conferência proferida pelo Dr. Bernard N. Nathanson no "Colegio Médico de Madrid", publicada pela revista FUERZA NUEVA)

Na maioria das vezes, as pessoas que vão abortar pensam que esse ato é rápido e sem dor para o feto. A realidade é outra. É muito doloroso para o abortado e os meios usados pelos "médicos" aborteiros são desumanos. Talvez se a pessoa tivesse essa informação antes, pensaria duas vezes ou mais antes de cometer esse crime.
2.4 ABORTOS PROVOCADOS INCONSCIENTE PELA MÃE:
Mães que fumam se embriagam com o álcool, que se droga, que, mesmo grávidas praticam o sexo irresponsável, que pulam e dançam sem cuidado, que se contaminam irresponsavelmente com doenças que possam prejudicar a gravidez, estão cometendo o crime do ABORTO, caso suas atitudes venham a provocar a morte do bebê.
As ações mentais da gestante têm profunda repercussão sobre as ligações energéticas do espírito com o seu embrião. Há mães que odeiam o fato de estarem grávidas. Seja pelas circunstâncias dolorosas que motivaram a gravidez, seja pela dificuldade de relacionamento com o esposo ou ainda pela situação de penúria sócio-econômica e, antevendo agravamento da situação considerando o estado em que se encontram, seja qual for o motivo, desde os mais complexos até a mais simples vaidade, o fato é que a situação existe com relativa freqüência. O forte desejo de eliminar o problema da gestação não desejada faz com que a mãe irradie nocivas energias mentais, provocando o rompimento das ligações energéticas entre o espírito e as moléculas do embrião, provocando o aborto.

2.5 CONSEQUÊNCIAS PARA O RESTO DA VIDA DE MÃES QUE ABORTARAM:
As mulheres que abortaram tinham um agrupamento de sintomas psicológicos que ocorrem com muito mais frequência do que entre as mulheres que não abortam. Esses sintomas incluem perturbações mentais ou flashback (63%), tentativas de suicídio (28%), crises histéricas (51%), perda de autoconfiança e de auto-estima (82%), irregularidades nos hábitos de comer, tais como anorexia ou bulimia (39%), uso ilegal de drogas (41%) e perda do prazer durante a relação sexual (59%). Muitas sentem a sensação de um vazio interior, mesclado de sentimento de culpa consciente e inconsciente.
"Efeitos psicológicos são também muito reais. As mulheres sofrem de PAS (Síndrome Pós-Aborto). Elas experimentam o "luto incluso"; ou seja, uma dor que contamina o seu interior como um pus porque elas e outros negam que uma morte real ocorreu. Por causa desta negação, o luto não pode propriamente existir, mesmo assim a dor da perda ainda está lá. Muitas têm flashbacks da experiência do aborto, pesadelos sobre o bebê, e até mesmo sofrimento no aniversário da morte. Uma mulher testemunhou que ela ainda sofre pelo aborto feito a 50 anos atrás! Ninguém preocupado com a mulheres pode responsavelmente ignorar estes fatos." (Fr. Frank A. Pavone - Priests for Life)
Muitas mães perdem a vida durante a operação ou depois, devido a intensas hemorragias e infecções (nem sempre as clínicas e os equipamentos são esterilizados e limpos). Algumas ficam estéreis, outras são vítimas de câncer. Existem aquelas que perdem o útero, não podendo engravidar mais.
As mortes por abortamento, em sua maioria, são de solteiras ou separadas judicialmente; a Razão de Mortalidade Materna (RMM) por abortamento, para as negras (pardas e pretas), é de 11,28/100 mil nascidos vivos, duas vezes a RMM para as brancas. São dados claros mostrando que as seqüelas são muito maiores para a população de baixa renda/escolaridade. Fica evidente também que o Estado brasileiro gasta, com a legislação vigente, um considerável montante de dinheiro. Não há, portanto razões para afirmar-se que uma eventual modificação da legislação punitiva exigirá um investimento grande. Ele já é realizado atualmente.

2.6 O COMÉRCIO DOS CORPOS (OU O QUE SOBROU DELES) DOS BEBÊS ABORTADOS?
Há dois métodos comuns para se desfazer dos corpos dos bebês abortados durante o primeiro trimestre da gravidez: jogar fora pela lixeira ou pelo "insinkerator" (um triturador que se instala debaixo de pias) ou se desfazer deles como resíduos biológicos num saco de plástico especial. Bebês abortados de tamanho maior são vendidos com frequência para fins de pesquisas ou para as indústrias de cosméticos.

3 RESULTADOS
Para coleta de dados foi feito um levantamento de artigos sobre tal assunto e realizadas buscas bibliográficas utilizando-se o banco de dados das bibliotecas virtuais do Scielo e Google, que se referem ao aborto espontâneo e provocado.
O presente artigo toma como referência a analise documental da produção bibliográfica sobre a temática "aborto". Segundo Mirnda (1997), este modelo de revisão de literatura expõe o tema em questão através da análise e síntese de pesquisas. No que diz respeito a sua classificação, foi escolhido à classificação de abrangência. Desta forma, estipula-se um período de tempo especifico para a cobertura do tema, considerando o progresso da pesquisa atual. Sendo assim, torna-se claro o problema, além de ser possível uma melhor definição e esclarecimento do mesmo (MIRANDA, 1997)
O projeto sobre o aborto despertou nos alunos a sensibilidade em buscar mais informações e esclarecimento do assunto e também a defender esta causa. Professor e alunos ficaram perplexos com tal brutalidade ao assistirem o documentário "o grito silencioso". A tristeza nos olhos dos alunos durante a apresentação era evidente e suas avaliações pessoais sobre o projeto, que por muitos foi considerado a melhor aula que tiveram. O professor avaliou cada aluno, pedindo um relatório do projeto dentre eles destacou-se o relato de uma jovem que por ter praticado dois abortos, sofria sérias consequências como infecção no útero e problemas emocionais que as interrupções das gestações deixaram: "... hoje não sou uma pessoa feliz, tenho problemas de saúde, sofro bastante, hoje penso bem antes de agir por impulsos".

3.1 REFLEXÕES DOS ALUNOS

"Se a informação fosse maior e se todos tivessem a oportunidade de discutir; como nós tivemos as mulheres não morreriam em virtude do aborto". Marli de Oliveira Gomes (aluna do 9º ano)

"As mulheres católicas que defendem o direito da mulher de escolher estão agindo com a alma de mulher; mas acima de tudo de ser humano". Deyse Kethelles (aluna do 9º ano)

Apesar de eu ser contra o aborto, concordo que, antes de recriminar a mulher que deseja abortar; devemos escutar; saber qual (ou quais) o(s) motivo(s) que a levou (levaram) a tomar tal decisão. Valéria R. Ferreira (aluna do 9º ano)

"Hoje em dia o aborto está cada vez mais presente na sociedade e em nossas vidas, isso é uma realidade muito triste, pois existem tantas maneiras de se proteger contra uma gravidez não desejada". Caitana Vasconselho (aluna do 9º ano)

"Acho muito legal essa idéia de discutir o aborto e até outros temas em sala de aula, pois muitas vezes há falta de informações, principalmente nas camadas mais pobres, sobre essa questão. Assim posso pensar duas vezes antes de praticar uma relação sexual, já pensando nas conseqüências". Rafaela Andrade (aluna do 9º ano)

"A partir do momento em que o assunto aborto for esclarecido de maneira aberta e democrática, os problemas serão menores, fazendo com que as pessoas possam tomar a sua decisão sem medo de que a sociedade a magoe". Claudionor Silva (aluno do 9º ano)

"deveríamos fazer campanhas, ir as escolas informar para os adolescentes, fazer palestras, pois uma adolescente sozinha só faz besteira e ela tendo uma informação correta, talvez o índice de aborto diminua, e essa crueldade um dia acabe e que nenhuma criança sofra mais". Nágila Praia Galvão (aluna do 9º ano)

4 CONCLUSÃO

Pretendeu-se com esse artigo esclarecer de forma a sensibilizar as mulheres dos problemas e sofrimentos ocasionados pelo aborto. Informar as mulheres sobre problemas físicos e psicológicos que poderão surgir em função da prática do aborto e esclarecer a respeito do sofrimento do feto, que também é um ser humano.
Através da participação e questionamentos no decorrer das aulas, muitas dúvidas e curiosidades foram sanadas. Observou-se uma mudança comportamental significativa após ter sido desenvolvido este tema nas aulas de Ciências, no sentido de ter diminuído a forma desconhecida em que os alunos se referiam ao aborto e passaram a uma visão mais científica do conteúdo. Porém, percebeu-se que este trabalho deve ter continuidade, pois as escolas, juntamente com a família, devem ofertar condições para que o adolescente amadureça analisando e buscando mudanças comportamentais e de valores, não esquecendo que ele é parte integrante de uma sociedade. Por sofrer influências dos diversos meios de comunicação e de companhias nem sempre confiáveis, é que escola (principalmente nas aulas de Ciências e de Biologia) e família não podem deixar de cumprir seu papel, pois as conseqüências que a vivência da sexualidade precoce, sem os cuidados necessários e o preparo psicológico adequado trazem, pode ser para o resto de suas vidas.
Assim, o documentário do Dr. Bernard E. Nathanson, "O grito silencioso" não é restrito apenas à disciplina de Ciências no Ensino Fundamental, podendo ser utilizado na disciplina de Biologia, no Ensino Médio. E, por ter caráter interdisciplinar, pode ser utilizado por professores de outras disciplinas também.
Espera-se que com as atividades e discussões a respeito do aborto provocado, que foram desenvolvidas nas aulas de Ciências junto a esses alunos do 9º ano, possam auxiliar na obtenção de informações e na redução nos casos de gravidez não desejada, evitando assim o aborto.
Faz-se necessário um agradecimento especial ao professor de Ciências, José Maria que prontamente aceitou o desenvolvimento do projeto nas aulas de Ciências, sem medir esforços, colaborando com os recursos de multimídia.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considera-se extremamente positivo o trabalho, pois os alunos tiveram a oportunidade de saber tudo que queriam, através da palestra e do documentário assistido. Deram ênfase à sua curiosidade. Perceberam como a sociedade é desinformada e como é forte a postura segundo a qual, sem mesmo conhecer o assunto, a princípio se posiciona a favor do aborto. A ausência, omissão ou a presença dos meios de comunicação têm peso neste debate. Fica clara a necessidade de se tratar do assunto na escola. O reconhecimento, pela própria vivência pessoal, de que o sexo é tratado como tabu, e de que o que se sabe é insuficiente, já significa um grande ganho.
Tendo certeza de que todos ganharam ao tratar de um assunto tão polêmico e tão importante quanto o aborto.









6 REFERÊNCIAS
Aborto: Uma escolha contra a mulher - Fr. Frank A. Pavone - Priests for Life - Tradução: Sandra Katzman ? artigo científico
BERQUÓES, CUNHA EMGP (orgs.). Morbimortalidade feminina no Brasil(1979-1995). Editora da UNICAMP, Campinas, 2000.

COSTA, S.H.; MARTINS, I.R.; PINTO, C.S.; FREITAS, R.S. "A Prática de Planejamento Familiar em Comunidades de Baixa Renda". Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, vol. 4, abr. jun., 1989.

COSTA, Cícero Ferreira Fernandes; Costa, Hélio de Lima Ferreira Fernandes et al. Aspectos Epidemiológicos Comparativos entre Abortamento Provocado e Espontâneo. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 18, n. 2, p. 179-184, 1996.

Dr. Bernard N. Nathanson no "Colegio Médico de Madrid", publicada pela revista FUERZA NUEVA (texto retirado de uma conferencia proferido pelo Dr. Nathanson)

FONSECA, Walter; Misago, Chizuru et al. Determinantes do Aborto Provocado entre Mulheres Admitidas em Hospitais em Localidade da Região Nordeste do Brasil. Revista de Saúde Pública, v. 30, n. 1, p. 13-18, 1996.
MIRANDA 1997: Disponível Em. http://www.sbpcnet.org.br/livro/57ra/programas/CONF_SIMP/textos/thomazgollop.htm
Mara Célia Alves Matos, O ABORTO- artigo científico
NAKAMURA, M. et al. São Paulo State Contraceptive Prevalence; Survey Final Report. Campinas, Universidade Católica, 1979.
VALLADARES, D.P.; ZELASCHI, S.S.; GIFFIN, K.; LOVISOLO, H.; Mulheres Participação e Saúde: uma experiência, Rio de Janeiro: Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, Programa Brasil, 1987.
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www.scielo.br/scielo. php?Pid=S0102.